quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Capítulo 185

Dedicado a Nana (que se não fosse ela me pressionar pra vocês eu não teria lembrado nunca de postar) e a Isabella (que ficou me enchendo o saco) e a vocês por não desistirem de mim. 

Narrado por Luan.

Tinha saído em direção a entrada da boate pra atender Bea. Era a segunda vez que ela ligava e fiquei preocupado. 
- O que houve filha? - Perguntei meio aflito.
- Oh pai, eu estou sentindo tanto a falta de vocês. - Ela chorava desesperada. 
Respirei fundo encostando na parede. 
- Eu sei que é difícil minha querida, nos primeiros dias a gente sabia que seria assim. Mas você não pode desistir agora, e você tem o Arthur ai. 
- Arthur não serve pra nada. - Ela disse com raiva. 
- Brigaram? - Perguntei estranhando. 
- Só estou com saudade. - Ela suspirou.
- Quer que eu te traga de volta? 
- Como? - Ela perguntou assustada. 
- Te mando uma passagem agora, coloco a casa a venda. Você não precisa disso. 
- Mas é meu sonho. - Ela disse seria. - Eu vou ficar. 
- Então vai ter que se acostumar filha. Seja lá o que houve com o namorado, conversem, não seja orgulhosa. Responsabilidade acima de tudo agora. 
Conversei alguns minutos com ela, dei alguns conselhos e depois desliguei, declarando meu amor, quando ela ja estava mais calma e voltei pra dentro da festa.

Narrado por Natália. 

No dia seguinte Luan estava com Rique no lago de pesca de um pesqueiro bem conhecido de SP. Eles não saiam de lá por nada e eu já estava cansada. Num converseiro que só, se eu chamasse, nem me ouviriam sentada no banco abandonada. 
Eles tinham uma cumplicidade linda, e apesar de amar olhar eles, eu já estava sem paciência. 
- Vamos embora? - Pedi me aproximando.
- Mais um pouco amor. - Luan pediu. 
Eu até tentei ter paciência, mas o "pouco" do Luan não parecia passar nunca. 
Quando estava quase escurecendo, consegui convencer os dois e fomos pra casa. Pedi uma pizza e coloquei os dois porquinhos pra tomar banho e logo em seguida fiz o mesmo. Quando sai, Luan estava sentado na sala, cheio de cobertas por conta do frio repentino que chegou com a noite, juntos com Rique. Os dois conversavam sem parar, e quando eu apareci, entrei no meio dos dois. 
- O que você esta fazendo? - Luan riu. 
- Entrando nas cobertas com vocês. - Me aninhei nos braços dele e comecei a ver que eles procuravam um filme. 
- Parece uma gata se aninhando. - Luan riu mostrando pro Rique.
- Fala pra ele que eu sou uma gatinha filho... 
- Meu Deus do céu, o que eu fiz pra merecer isso? - Ele perguntou e eu e meu amor rimos e começando a zoar ele. 
Eles acabaram por escolher um filme e depois de assistimos, comemos a pizza que já tinha chego. 
- É, agora é só a gente né? - Perguntei sorrindo fraco. - Você também vai abandonar a gente filho? - Fiz bico. 
- Nossa que mãe coruja que você arrumou filho. - Luan me provocou bagunçando meu cabelo. - Deixa seu filho conquistar o mundo! 
- E as meninas não podem né?
- Podem né? Vou fazer o que? - Ele me bico. 
- Papai ciumento! - Rique acusou rindo. 
- Agradeça que é menino, por que se não ou eu enlouquecia, ou sei pai. 
- Deus olhou por mim. - Luan confessou dando de ombros e nós dois caímos na risada. 

Dois anos depois... 

- Meu Deus do céu amor! - Disse quando estávamos caminhando em direção ao nosso bangalô nas ilhas Maldivas. Aquilo era lindo, encantador. 
Luan me deu a viagem de presente de aniversario. Só nós dois. Pedro Henrique ficou com Laura e Enzo na nossa casa, ou pelo menos eu esperava isso. Estava morrendo de medo dela esquecer de cuidar do irmão pra ficar com o namorado, apesar dele me garantir que sabia se cuidar sozinho e qualquer coisa pediria ajuda pra vó Mari na hora. Luan me convenceu que a gente merecia essas férias dos sonhos. 
A água tinha um azul tão limpo, que parecia se confundir com o céu a todo segundo. E uma paz maravilhosa. Aquilo era tão eu e Luan, tão nossa calmaria, que eu quase fiquei sem vontade de fazer mais nada no mundo. Luan desceu pra nadar assim que chegamos, enquanto eu fiquei de me trocar primeiramente. Assim que coloquei meu biquíni, fiquei de longe, do bangalô, observando meu marido, o marido mais lindo do mundo todo. A nossa historia tinha começado torta, mas tudo se completou de uma maneira tão intensa que eu nem sabia mais como agradecer a Deus pelos meus lindo filhos com aquele homem, e nem pelas felicidades que ele me trouxe. Cada momento magico que passamos juntos, e claro as dificuldades, pois ela fizeram do nosso amor mais forte. Devagar fui me juntar a ele, e abracei meu amor pelas costas, lhe dando um pequeno susto. 
- Nem te vi chegar. - Ele disse me abraçando. 
- Estava pensando em como o meu marido é incrível. 
- Ao lado de um grande marido, sempre tem uma grande esposa. 
- Mas não é assim o ditado, seu bobo. - Ri abraçando ele. 
- Mas o meu ditado é exatamente assim. 
Passamos dias incríveis, e é claro, pra selar nosso amor, mergulhamos. Igualmente magico e incrível como todas as outras vezes, mas por que eu estava com ele. 

Na volta pra casa... 

- Papai, mamãe, Rique... Nós vamos casar!