sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Capítulo 42

Estressado, resolvi sair com a equipe depois do show. Mas eu não estava com cabeça pra uma balada e acabei bebendo demais. Algumas mulheres deram mole pra mim, e eu retribui. Well deixou, já que achou que eu queria esquecer Natália, mas quando dei por mim, estava canse beijando uma loira, com cara de puta e que não me fazia lembrar em nada minha morena. Não lembrar ela era bom, mas também acabou me lembrando, afinal, tudo se voltava pra ela. Fiquei nervoso e já me descontrolei. A equipe percebeu que tinha bebido demais e me levou de volta pro hotel. 
- Eu não acredito que fiz isso. - Chorava. 
- Cara, não foi nada demais. Vocês estão separados! - Roberval tentava me consolar me dando água pra melhorar, mas eu chorei mais ainda e falei ainda mais enrolado. 
- Mas eu amo ela! Não posso fazer isso... - Chorava igual criança quando deitei no banco, colocando a cabeça no colo do meu amigo. 
- Luan, isso é muito gay. 
- Gay é ficar sem ela! - Chorava. 
- Bêbado é foda! 
- Não estou bêbado! 
- Imagina se tivesse né! Imagina só o estrago. 
Fui o caminho todo chorando, mas Rober contou depois que mal cheguei no quarto e estava desmaiado na cama.

Estava me arrumando pra sair com meus amigos. Não estava nem um pouco afim, mas era despedida de solteiro do meu parceiro e eu não podia deixar de ir. Desde que tinha bebido e ia ficar com uma mulher eu não tinha mais saído e quem queria mais ir naqueles lugares. Eu não conseguia pensar na ideia de Natália vendo aquilo e nem pensar o que ela pensaria quando visse em alguma noticia ou foto. Eu queria acima de tudo me comportar pra ver se ela voltava, mesmo depois de dois meses. 
Dali 15 dias era meu aniversario e Bruna continuou organizando a festa que Natália preparava pra mim, só que agora não era mais surpresa e eu nem queria mais. Não seria um dia fácil, e ainda mais tendo que encarar muitas pessoas que me perguntariam dela. Já estava me preparando pra beber pra conseguir suportar, mas meus pais ficaria em cima de mim. 
Logo estava pegando dois amigos que iam comigo e fomos pra boate que ia ser. Por ser segunda, está fechada e os amigos fecharam pra gente. Era um lugar pequeno, não sabia como funcionaria e também não queria saber. Nem beber podia por causa que iria dirigir depois. Estava vendo que seria um saco. 
Quando chegamos o noivo e o resto dos meus amigos já estavam lá. 
- Preparado cara? - Cumprimentei ele rindo.
- Acho que sim! - Ele riu. 
- Vai por mim, leva a serio isso. - Sorri pra ele. 
Era um dos poucos que sabiam o que eu estava passando e ele concordou com a cabeça. Começaram a beber logo, e um dos meninos disse que estava tomando remédio e que podia dirigir. Dormia em casa e depois levava ele embora. Então acabei bebendo um pouco enquanto a gente conversava e ria. Me distraia, acho que por causa da bebida também, mas nem sabia como, por que não tinha bebido quase nada. Logo as luzes se apagaram e eu observei meio longe do palco os movimentos. 
- O que é isso cara? - Perguntei pra outro amigo. 
- Mulheres. Achou que íamos vir numa boate pra beber? - Ele riu. 
- Ah ta.
A musica mudou pra outra bem dançante e eu observava quieto. Duas mulheres lindas entraram no palco e dançaram sensualmente, mas bem pouco, porque logo abriram a cortina pra outra. Percebi que ela era a atração principal. 
Ao observar seu corpo, sorri. Ele era muito parecido com o de Natália. Bem minhonzinha, com uma lingerie vermelha, sendo que a calcinha era minúscula e deixava a bunda toda dela de fora. O sutiã não ficava atras também. Eu podia até jurar que era ela. Ri com meu pensamento. Acha que a comportadinha da Natália ia estar aqui? Além do mais, ela é uma menina, e não uma mulher como essa.
- Estou vendo a Natália em todos os lugares. - Sussurrei.
Os caras ficaram doidos com a mulher. Gritavam, e chamavam ela pra ir mais perto. 
Ela era morena, com muitas mechas douradas nas pontos e cabelo ondulado. Muito bonita e eu entendia a empolgação geral. Queria ver seu rosto, mas uma máscara cobria ele. Mas eu nem precisei ver ele. Ela se virou pra rebolar e ergueu os braços. Meus olhos pararam em sua cintura e vi uma tatuagem igual a de Natália. Ou melhor, era a de Natália. 
Levantei, mas assustado, dei um passo pra trás e sentei. Ela olhou dentro dos meus olhos e eu não tinha mais duvidas. Fiquei olhando ela fazendo aquilo e meu amigos gritando foi me subindo um negocio. Comecei a tremer e Douglas bateu na minha mão.
- Gostosa demais! 
- Cala sua boca! - Reclamei. 
- Ué, não é?
Joguei a cabeça no encosto da cadeira e respirei fundo com as mãos nos olhos.
- Isso não está acontecendo comigo. - Sussurrei. - Diz pra mim que não está! - Pedi baixo pra ele. 
Me levantei de novo e quando fui me aproximar, Douglas me puxou.
- Olha o tamanho dos seguranças cara! - Ele disse. - Não pode mexer com elas. 
- É a Natália. 
- Como assim? 
- É a Natália. - Sussurrei. 
- Meu Deus. - Ele me puxou e sentamos. 
- Presta atenção. Com essas meninas não pode mexer. 
- É minha mulher. 
- Você não pode mexer com elas! Vamos embora! - Ele me puxou. - Outra hora você volta e fala com ela.
- Não, ir embora e deixar esses caras comerem ela? - Me desesperei.
- Luan, não é assim as coisas.
- Eu não saio mais daqui.
- Então fica nessa cadeira. 
Senti uma dor no coração e botei a mão em cima.
- Acho que estou tendo um ataque. 
- O que? 
- Eu vou infartar. - Tinha certeza que estava branco.
Natália não podia estar fazendo isso comigo. 

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Capítulo 41

POV Natália. 

Era meu aniversário e não tinha ninguém pra me dar parabéns. A saudade doía, mas Luan tinha me mudado. Eu não era mais a mesma garotinha que tinha saído de casa pra morar com ele. Eu não era nem mais a mesma menina que abandonou o casamento. Menina mesmo, por que era isso que eu era. Ele me deixou marcas profundas e eu não sabia se conseguiria confiar em alguém novamente. 
Isso por um lado era bom, por que tinha amadurecido horrores nesses dois meses fora de sua casa. Agora sabia que não podia confiar em ninguém e não dar espaço pra ninguém. Não podia vacilar. Mas também era ruim, por que viver sozinha era sufocante, ainda mais quando se tem uma historia como a minha. 
Quem um dia ouvir, pode até dizer que exagerei, que poderia ter outro bebê e tudo mais, mas ninguém vai saber como é ter um bebê arrancado de você e saber que se seu marido estivesse ali, ele estaria agora em seus braços. Eu fui apresentada a maternidade muito cedo, mas era meu filho, e pra ele coloquei todas as forças que tinha pra fora com apenas 17 anos. Perdi meus pais pelos meu filho, fiz sacrifícios enormes. Larguei meus sonhos, meus estudos e minha família. Deixei minha vida toda pra trás e Luan, simplesmente não fez o sacrifício de estar ali um dia quando precisei. 
Mas o mais surpreendente era que mesmo assim eu o amava. Mesmo assim o queria, mesmo assim sentia sua falta. Tinha escutado sua musica, sem querer, e chorei. Eu sabia que ele queria me tocar, mesmo não acreditando no seu amor. Era linda, ele tinha mais um sucesso. Sorri com esse pensamento e respirei fundo. 
Mas eu sabia que tudo aquilo era inutil. Agora eu era outra e mesmo que amasse ele minha vida inteira, isso não ia mudar.
Agora estava eu ali, fazendo a única coisa que sabia. Eu não tinha saída, e quando sai da casa dos meus sogros, sem dinheiro, precisava de um lugar pra ficar. Precisava fazer alguma coisa da vida, precisava de um emprego. E agora eu tinha. Não era o melhor, mas era o que eu tinha. Era o que eu podia fazer na minha situação. 
Quem sabe um dia, perdoaria Luan por isso. 

POV Luan. 

Estava na estrada desde de quinta, um dia depois do aniversário e no sábado, assim que desliguei o telefone com a ultima companhia aérea pra tentar saber se ela tinha viajado, meu pai ligou.
- Chegou uma carta de Natália hoje? 
- Pelo correio? - Perguntei já agitado. - Fala o endereço que vou olhar aqui. 
- Não, não tem endereço. Estava embaixo da porta, alguém deve ter colocado embaixo da porta pra ela. 
- O que diz pai? - Estava eufórico. 
- Ela diz que está bem e mandou o dinheiro que levou.
- O que? - Me surpreendi. 
- É, tem R$ 5.100, o dinheiro que ela levou. 
- Ta brincando? 
- Não, em dinheiro vivo. Ela diz que foi um empréstimo e agora ela pode devolver. 
- Com o que ela está trabalhando? 
- Eu não sei, sinceramente. 
- Ela vai me enlouquecer, escuta. Eu não quero esse dinheiro! 
- E o que você quer que eu faça? Devolva em baixo da porta? 
- Quero que ela pare de brincar de esconde esconde. 
- Acontece que ela não está brincando Luan. 

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Capítulo 40

O show estava lotado. Foi um sucesso de bilheteria e tinha muitas fãs ali. Bastante imprensa e tudo mais. Era o ideal pra lançar a musica pronta pra ser sucesso. Mas o que eu mais desejava quando comecei a cantar aquela canção, era que tocasse o coração de Natália e a fizesse voltar. Aquelas notas eram minha ultima esperanças e botei nelas todo o amor do mundo. 

Eu dou minha vida pra nunca mais te perder
Todo dia agora quero amar bem mais você 
Eu espero que você me entenda dessa vez não chora...
Não chora...
O nosso passado é uma lição
Eu já me perdi pelos caminhos dessa estrada
Capotei na curva acelerado sem freada fui pro
hospital sentindo dor dentro do coração

Oh não...
A dor do amor não tem saída 
Oh vida...
A cura dessa dor está nas suas mãos
Vai passar...
só o tempo vai te mostrar...

Mais sabe amor estou arrependido
Às vezes do inferno é que se enxerga o paraíso
Infelizmente eu tive que errar pra acertar
Essa vida é muito louca
Mas beijando a sua boca encontrei o meu lugar...

Eu já me perdi pelos caminhos dessa estrada
Capotei na curva acelerado sem freada fui pro
hospital sentindo dor dentro do coração

Oh não...
A dor do amor não tem saída 
Oh vida...
A cura dessa dor esta nas suas mãos
Vai passar...
Só o tempo vai te mostrar...

Mas sabe amor estou arrependido
Às vezes  do inferno é que se enxerga o paraíso
Infelizmente eu tive que errar pra acertar
Essa vida é muito louca
Mas beijando a sua boca encontrei o meu lugar...

Quando terminei de cantar, fechei os olhos e sequei as lagrimas. Com toda certeza alguém tinha visto, mas eu não me importava. Não fazia nenhuma diferença. Só queria que ela visse. Somente isso que eu queria. 

O tempo continuou a passar. Mais um mês e então, no fim de fevereiro, chegou no aniversario dela. Ainda não tinha nenhuma noticia, mas já tinha anunciado que não estávamos mais juntos, sem dar muitos detalhes. Eu não tinha como mais esconder aquilo. Nos shows me perguntavam, meus fãs, repórteres... Com o tempo o assunto preferido passou a ser Natália. O que me enlouquecia um pouco, já que fazia do meu trabalho um refúgio. No dia dela eu não tinha shows e nem no anterior. Tinha reservado a data pra fazer uma surpresa, que não ia acontecer. Dormi muito mal e acordei pior ainda. Aquelas datas eram horríveis, pois não dava mais pra fugir. 
Tomei o café com o pensamento longe. Eu sentia tanta falta dela. A casa era vazia, nada tinha cor e nem brilho. O sorriso nem parecia feliz. Eu não sabia por quanto mais tempo conseguiria suportar. 
Tinha mandado o gerente enrolar ela e me ligar caso ela voltasse, mas ela não voltou lá. Pensei em cancelar seu cartão, mas fiquei com medo dela passar apuros, mesmo não mexendo no dinheiro. 
Meu pensamento imaginava ela na rua, passando frio e fome. Com medo, sem saber se defender também. Eu não sabia como ela estava e aquilo era a pior vingança que ela podia me fazer. Se ao menos soubesse que estava em segurança, e até mesmo viva, eu conseguiria pelo menos dormir em paz. Não tinha mais tomado meus remédios, mas as vezes eu queria. Queria desligar meus pensamentos pra quem sabe assim ficar em paz. Mas como aquilo não era possível, passei o aniversario dela procurando por ela pela cidade. 

- A musica, Do inferno ao paraíso é do Sorocaba.
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Capítulo 39

Capítulo bônus!

Cheguei de viagem na segunda animado como não estava a muito tempo. Passaria aquela noite no estúdio do Dudu e queria lançar musica logo, mas tinha que gravar ela. Já tinha ensaiado e só faltava acertar os últimos detalhes. Dudu me disse que se conseguisse fazer tudo que tinha pra fazer hoje poderia lançar no show do fim de semana, numa grande casa noturna de São Paulo e eu estava ansioso. Meu trabalho estava me consumindo muito, e eu agradecia, pelo menos não pensava tanto em Natália. Era bem mais fácil quando não pensava nela.

- O arranjo está pronto? - Ri cumprimentando Dudu. 
- Tudo pronto. Arrumei aqueles problemas é só você pegar que podemos gravar hoje mesmo cara! - Ele estava tão animado quanto eu. - É uma musica incrível e tenho certeza que vai ser um sucesso! 
- Deus te ouça meu amigo! - Ri. 
- E Natália? Noticias?
Dudu era um dos poucos amigos que sabiam do sumiço dela e me ligava sempre pra perguntar. 
- Não, nenhum. Ela desapareceu. 
- Luan... - Ele me olhou receoso. - Ela não sabe se cuidar. 
- Eu sei, e por isso estou desesperado. 
- Procurou nos hospitais?
- Não cara. - Gelei. 
- Procura. Tem que pensar em tudo. 
- Eu vou fazer isso sim. - 
Me peguei pensando naquilo. Eu não sei o que faria se a encontrasse em algum hospital. 
- Vamos gravar logo, quem sabe ela volta? - Ele sorriu pra mim e então me despertei e fui tentar me distrair, o que era impossível quando a musica me lembrava muito ela. 

Estava com uma lista de mais ou menos 40 hospitais de São Paulo e acabava de ligar pro ultimo. Estava fazendo aquilo desde 10h00 e era noite já. Natália, pelo menos não com esse nome e com as descrições que dei dela, não estava em nenhum, e eu não sabia se isso era bom ou ruim. Fazia mais ou menos um mês já e ela não tinha sido vista ainda. Eu queria muito que fosse, por que já não tinha mais o que falar pra quem me perguntava dela e no momento ela estava viajando pra fora. Essa era minha desculpa da vez. Eu não aquentava mais de saudades e muito menos de preocupação. Estava ficando louco a procura daquela menina e se ela queria se vingar, conseguiu, por que eu estava aos seus pés já e arrasado. Todas as minhas folgas tirava um dia pra andar pelas ruas de São Paulo atras dela, mas logo desistia, por que não tinha por onde ir. Acabava vagando pela cidade tão distraído que se ela passasse na minha frente eu não notaria. Aquilo me enlouquecia aos poucos e eu queria de volta minha alegria. 

A semana foi lotada de gravações e o fim de semana chegou rápido. Minha irmã saiu comigo na tarde de sábado e me levou pra fazer compras. Eu não estava muito animado pra aquele programa, mas fazia tempo que não estava a tarde toda com ela e foi bom, apesar de ter que experimentar muitas roupas e não me sentir animado pra nenhuma. 
- Está lindo! - Ela sorriu pra mim. 
- Ta bom essa então. 
- Gostou mais dessa ou da outra? 
- Tanto faz! 
- Luan, você tem que gostar do que vai vestir! 
- Vou me arrumar pra quem Bruna? - Disse serio. 
Ela ficou sem graça e então fomos comer alguma coisa. Atendi algumas pessoas e ela me olhou triste. 
- Desculpa, eu achei que ia te fazer bem. 
- Não é sua culpa. - Me senti mal por ela só estar querendo agradar. - Eu só não gosto mais disso. 
- Você tem que seguir em frente. 
- Posso até seguir. Depois que achar ela e ver que ela está bem. - Dei um gole no meu suco, já que estava dirigindo e Bruna ia me encher a cabeça se bebesse. 
Desde o problema do show meus pais estavam no meu pé. 
- Eu nem imagino como deve estar sendo pra você! 
- Difícil. Mas foi bom até, ficar um tempo com você. - Beijei seu rosto e abracei ela. 
- Vai passar. - Ela sorriu pra mim. 
- Vai, vai sim. 

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Capítulo 38

Minha vida tinha entrado mais em parafuso que quando Natália engravidou. Aquilo só podia ser castigo, e dos bravos. Eu não sabia mais o que fazer e nem tinha ideia, então se tornou uma opção me distrair. Melhor do que ficar pensando nela.
Então eu comecei a beber mais do que devia. Bebia nos dias de folga, até ai tudo bem. Quando não estava procurando ela, estava em casa assistindo TV com uma latinha de cerveja na mão. Mas as coisas começaram a piorar a medida que o tempo passava e eu procurava e não encontrava. Passei a beber nas viagem, depois do show, de madrugadas no hotéis ou na van. Sempre tinha bebidas no meu camarim, antes acabavam ficando lá, por que eu não bebia, mas agora eu levava tudo embora. O pessoal começou a estranhar.
- Rober, pega algumas bebidas pra mim?
- De novo? 
- Eu quero ué. - Olhei feio pra ele. 
Ele fez o que eu pedi, mas percebi que tinha ficado meio cismado com aquilo.
Quando Arleyde me acompanhou, ela não disse nada, mas ficou olhando e depois peguei ela e Rober cochichando. 
- O que estão sussurrando ai? 
- Nada. - Testa respondeu. 
- É, por que estão de segredinho. - Aquilo tinha me irritado. 
Alias, eu não tinha pavio mais nem pra isso. Estava constantemente sendo irritado por tudo.
Até nisso Natália era lembrada. Se ela visse, tomaria cada uma das bebidas da minha mão. Se tinha algo que odiava, era aquilo, principalmente quando estávamos de boa em algum lugar, sem festas ou churrascos. 
As coisas começaram a fugir do controle logo. Todo mundo achava que eu estava mais feliz, cogitaram até a possibilidade de um filho, só por que comecei a fazer os shows mais alegre. Mas o que ninguém sabia é que o motivo era que comecei a beber no shows também. Mas eu jurava que sabia o que estava fazendo. Mas eu não sabia.
Um dia desses, estava sozinho com a equipe e o atendimento durou mais que o normal. O rodeio não acabava e eu tive que esperar. Bebi muito enquanto fazia isso e acabou que sem perceber, fiquei bêbado demais. Parei um pouco antes de entrar, mas não me sentia bem. Roberval estava bravo, sabia que eu não estava bem, e ficou me criticando. 
- Isso está passando do controle! 
- Eu sei o que eu to fazendo. 
- Não, não sabe! E quando seu pai está aqui você não faz isso.
- Eu sou grandinho demais, para de colocar meu pai nisso.
- Está até falando enrolado!
- Claro que não! 
- Luan, é bom isso parar por que se não eu vou falar com ele e sua mãe. 
Bebi muita agua e subi ao palco. Fiquei mais quieto, mas no meio do show não estava mais aguentando. Meu estômago revirava e eu estava meio tonto. Não sabia o que estava fazendo e acabei errando a letra de diversas musicas. 
Mas o pior foi quando no meio de uma delas, eu não aguentei e corri na lateral do palco e vomitei. A equipe juntou em mim e Roberval me olhou repreendendo. Me ajudou e assim que me recuperei, voltei, pedindo desculpas. Depois de alguns minutos, logo o show acabou e eu fui embora pra casa por que era perto de lá. Passei mal o caminho todo e ninguém na van dizia nada. Quando percebi a van parar na casa dos meus pais, estranhei.
- Eu vou pra casa.
- Eu liguei pro seu pai e ele mandou te trazer pra cá. 
- Porra Roberval! - Fiquei irritado descendo da van e logo meu pai apareceu saindo de casa.
- Cadê ele? - Perguntou pro Rober. 
Eu apareci e ele veio até mim. 
- Vai fazer com sua carreira e com sua vida o mesmo que fez com Natália? - Disse bravo partindo pra cima de mim. 
- Calma pai! 
- Não me acalmo por que não te criei pra virar alcoólatra! 
- Desculpa! Mas não é bem assim também... 
- É assim sim! - Nunca tinha visto ele tão. - Está proibido de beber, está me ouvindo? Não quero conversa com você!
- Pai! - Me assustei. 
- E antes que diga que tem idade pra isso, eu te lembro que sou seu pai e você vai me respeitar!
- Tudo bem. - Abaixei a cabeça.
- E vai tomar um banho pra ver se melhora. 
Entrei em casa de cabeça baixa e passei reto pela minha mãe. Eu estava envergonhado e não queria encarar eles. Assim que cheguei ao meu antigo quarto ouvi a van sair. Eu sabia que agora ele tinha ficado realmente puto e não ia ficar fácil pra mim. 

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PS: Capítulo bônus as 15h00.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Capítulo 37

"Seu Amarildo, eu sei que o senhor fez tudo por mim desde que cheguei na sua vida e da sua família. Agradeço muito por terem me acolhido e por terem me recebido tão bem. Agradeço por me procurar o dia que sumi também, e por se preocupar comigo e por ter me ajudado na noite em que perdi meu bebê. Você sempre olhou por mim, assim como Bruna e Marizete. Agradeço por terem sido meus pais e minha irmã todo esses anos, e por terem sido a minha família. Essa carta serve pra elas também. Mas eu preciso seguir minha vida e como sei que ele virá atras de mim, tem que ser dessa forma. Eu amo vocês, amo o filho de vocês, mas hoje estou indo embora novamente, e não quero que me procure. Me perdoe por tudo, mas eu vou ficar bem. Já sei pra onde vou e vou conseguir me virar. Cuide do Luan pra mim, por que por mais que eu não consigo perdoa-lo, eu o amo. Me desculpe novamente."

Limpei as lágrimas e respirei fundo. Sorri ao ver como ela era doce, ainda com raiva de mim. E apesar dela mandar não procurar, eu faria isso, até encontrar. Eu não sabia por onde começar, mas eu iria. 

Sai assim que almocei e comecei a procurar ela. Andava nas ruas próximas, e no centro. Passei perto do banco, nos pontos turísticos, na frente de locais que ela gostava e por mais onde podia imaginar que ela estava. Mas São Paulo era enorme e eu não sabia nem como fazer isso direito, ainda mais quando ela tinha dito que tinha pra onde ir. Devia estar dentro de um lugar, e eu não acharia. Quando era quase de madrugada me deu fome e parei no McDonalds pra comer alguma coisa e tentar respirar um pouco. Já estava estressado e muito bravo. Acho que se achasse Natália, eu ia matar ela primeiro, depois pensava que tinha a encontrado. 
Terminei meu lanche fiquei pensando enquanto mexia minha coca o quanto era idiota ficar procurando quem não queria ser achado. Eu sabia que ela estava dentro da razão dela, mas estava fazendo papel de trouxa e mesmo se achasse ela, ela não voltaria e ainda ia ficar ainda pior por ver tão na cara que ela tinha ido embora. Sai de lá quase chutando tudo que via pela frente. Estava com raiva dela e ainda mais de mim. Sabia que o efeito do meu calmante tinha passado, mas nem tinha eles ali e se tivesse jogaria pela janela, por que odiava estar dependente daquilo a mais de uma semana e odiava aquele remédio, e odiava mais ainda ficar calmo demais quando tomava ele por que parecia até que nada estava acontecendo comigo! Odiava até a minha casa e não quis entrar, então dirigi até a casa dos meus pais. Eu odiava tudo desde que ela tinha ido embora. Odiava exatamente tudo!

Entrei na casa dos meus pais chorando e eles me olharam assustados da sala. Bruna não estava em casa e isso era bom, por que ela perguntava muito também.
- Luan, o que foi? - Minha mãe me interrompeu antes de subir as escadas. - Achou ela filho? 
- Não, eu não achei ela! E não quero mais achar também! - Gritei e passei a mão pelos cabelos. - Se ela quer brincar de esconde esconde vai brincar sozinha! Eu não vou mais procurar. Ela não quer vir aqui e me escutar, que suma também! - Chorava mais a cada grito e meus pais estavam assustados. - Cansei de correr atras dela! Eu sei que errei, mas eu queria pedir desculpas e ela me faz ficar rodando essa cidade toda atras dela! Quero que ela vá de ferrar, isso que eu quero! Não mexo mais um dedo atras dela!
- Ela não quer ser achada filho... - Minha mãe acariciou meu rosto.
- Ela não tem que querer! - Sussurrei abismado. 
- Dá um tempo pra ela filho, ela vai voltar! - Meu pai disse me olhando com dó.
- Eu não aguento mais e faz só uma semana pai! Vou esperar quanto? Um ano? - Estava desesperado. 
- Não sei, mas não fala coisa que vai se arrepender. Não diga besteiras. Não adianta xingar ela e ficar gritando. 
- Eu sei. - Respirei mais calmo. 
- Não adianta mais chorar, você tem que esperar agora. Alguém vai ver ela, ela vai aparecer logo. 
- Eu realmente espero que sim, por que eu não quero ficar aqui o resto da minha vida preocupado se ela está bem!
Minha mãe me deu colo e eu me acalmei um pouco. Mas logo subi pro quarto e pensei que ia ficar a noite toda pra dormir, mas isso não aconteceu. 
Depois de ficar o dia todo na rua estava cansado e dormi logo. 

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Capítulo 36

POV Natália.

Eu tinha tomado uma decisão seria. Eu não queria mais depender de Luan. Eu não queria mais ver ele. Ele tinha me magoado por que mexeu com o que eu tinha de mais importante, meu bebê. Só Deus sabe o tamanho do buraco que abriu no meu peito quando ouvi ele dizer aquelas palavras ao Dudu.
Fechei a mochila que Bruna tinha pegado pra mim com algumas roupas, somente o que eu precisava pra me manter por alguns dias. Eu mesmo tinha ido com ela até a casa do Luan e pegado algumas roupas estratégicas, já que já sabia o que faria. Chorei me despedindo, pela carta. Eu amava Luan e amava a família dele. Me arrumei e peguei a bolsa, tirando o salto pra não fazer barulho e pegando algum dinheiro que seu Amarildo tinha me dado. Era o suficiente pra pegar um taxi e chegar até onde queria. Chamei o táxi e desci devagar, pra não fazer barulho e quando entrei no taxi, chorei, jurando tirar tudo aquilo do coração. Todo amor que eu sentia não podia ficar ali. Sabia que fugir assim era loucura, mas tudo que eu precisava era ficar longe dali. 

POV Luan. 

Viajar aquele fim de semana foi uma tortura pra mim. Era horrível saber que iria voltar e não teria Natália comigo e por muitas vezes pegava o celular pra ligar pra ela, e não conseguia.
Por outro lado, meu maior remédio fora os calmantes que devia tomar até me sentir melhor não era nada comparado ao bem que meu trabalho me fazia. O carinho das meninas, os abraços fortes, voltei pra casa valorizando o triplo mais cada um deles e também voltei com mais força pra continuar enfrentando o que tinha por vir. 
Meu pai me garantiu que estava tudo bem, até eu voltar na segunda pela madrugada. Fui pra casa, dormi bem, mas despertei com a porta do quarto de hospedes abrindo pela manhã. Eu não estava dormindo no meu quarto, por que tinha o cheiro de Natália ali, e desde que passei mal tinha mudado de quarto e conseguia dormir melhor. Ele me olhava nervoso e assustado. 
- O que foi pai? 
- A Natália sumiu.
- Como assim sumiu? - Levantei nervoso. 
- Ela sumiu essa noite! - Ele passava a mal pelo cabelo. - Ela estava bem, nós estávamos bem mais tranquilos, por que estava tudo bem, e hoje quando eu levantei e fui levar Bruna pra pegar um voo pro Rio pra trabalhar lá essa semana, ela não estava mais lá Luan!
- Ela saiu de noite! - Com raiva bati minha mão no criado mudo. 
- Olha, estou procurando ela faz horas e eu vim aqui por que achei que ela podia ter voltado. 
- Ela não quer ser achada pai. 
- Por que não damos um tempo?
- Eu não vou dar um tempo por que ela não sabe se defender de um mosquito pai! Eu não quero perder ela.
- Luan, ela tem pra onde ir! 
- Como você pode saber disso? - Já estava nervoso e peguei mais um calmante. 
- Aquele dia ela veio aqui com a Bruna. Pegou algumas roupas e a bolsa... Documentos e tudo mais! Ela levou tudo. Ela levou um dinheiro que eu tinha dado pra ela... 
- Quanto? - Tentava pensar como ela, saber onde ela iria.
- 100 reais mais ou menos. 
- Isso não quer dizer nada! Não dá nem pra passar a noite num hotel.
- Luan, o gerente me ligou agora a pouco... Ele disse que ela esteve la assim que abriu. Levou algum dinheiro e ele preferiu avisar por que achou ela nervosa. 
- Quanto? 
- Cinco mil mais ou menos. 
Respirei fundo. Agora ela tinha dinheiro pra ir pra onde quisesse e eu não a acharia mais.
- Acha que devo bloquear o cartão dela? 
- Por que? 
- Por que assim ela não pode pegar mais dinheiro e quando acabar, ela vai voltar. Devia deixar por um tempo, vamos ter noticias dela. Caso ela precise, tem onde pegar. 
- Luan, ela não vai voltar filho. - Meus olhos molharam.
- Eu não vou desistir. Eu não vou deixar ela ir embora. - Meus olhos molharam.
Tirei minha camiseta e joguei em qualquer canto. Entrei no banheiro e tomei um banho, chorando. Fiquei um bom tempo ali e resolvi ir atras dela. Me troquei e quando sai, meu pai não estava mais lá. Só tinha deixado uma carta em cima do criado mudo, embaixo do meu celular. Curioso, abri. 

Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Capítulo 35

Acordei com uma sensação estranha. O calor intenso dominava meu corpo mesmo com a frente fria em São Paulo. Senti meu coração bater rápido demais e suava mais que o normal. Meu peito tinha uma leve dor e minha mão formigava. Estava tomado por um angustia horrível, e um desespero. O medo tomou meu corpo, eu sabia que aquilo não era normal. Levantei desesperado e entrei no banheiro nervoso. Liguei o chuveiro e entrei de roupa e tudo, mas tirei depois. Me ensaboei, mas não fiquei ali dois minutos. Me sequei e coloquei uma roupa, mas mesmo assim sentia as mesmas coisas e comecei a chorar desesperada. Um amigo tinha infartado com os mesmos sintomas, e um pouco assustado liguei pra casa dos meus pais. Queria sair correndo dali, e correr até aquilo tudo acabar.
- Mãe, mãe vem aqui por favor. 
- O que foi? 
- Mãe, acho que eu estou infartando... 
- Que infartando o que Luan? Você é novo menino! - Ela disse desesperada.
- Mãe, me ajuda se não eu vou pro hospital sozinho! 
Desliguei o telefone e deitei na cama. A dor no peito aumento e eu voltei a chorar. Meu coração parecia que ia sair pelo peito e tinha a sensação que tinha que sair correndo e fazer alguma coisa, mesmo sem saber o que era. Ouvi a porta abrir alguns minutos depois e logo meu pai e minha mãe entraram. Meu pai falava no telefone.
- Pai, me leva pro hospital.
- Calma, o doutor Marcos está na linha, fala o que está sentindo.
- Ele me levantou e foi me ajudando junto com a minha mãe a descer as escadas.
Contei todos os sintomas e ele me mandou sentar no sofá. 
- Tenho que ir pra algum lugar, não posso ficar aqui. 
Ele conversou com o medico enquanto minha mãe me deu agua. Depois voltou, ainda no telefone, me mandou respirar fundo e devagar. Fiquei naquela por mais uns 5 minutos, até tudo ir passando devagar. No começa achei que ele estava brincando com a minha cara e quis sair correndo, mas com o tempo melhorou muito. Ainda estava um pouco agitado, mas não sentia mais dor e conseguia respirar melhor, não estava mais desesperado. 
- Quero ver a Natália. 
- Agora não dá meu filho! - Minha mãe me abraçava. 
- O Marcos disse que vai atender um paciente agora e o próximo é você. Mandou a gente se acalmar e ir pra lá. 
- Pega uma blusa se frio pra ele amor! - Meu pai subiu correndo e logo voltou. 
Estava mais calmo e então fomos pro consultório. Era horário vago e não esperamos quase nada. Ele me examinou, conversou com a gente. Meu pai contou tudo e depois disse que eu não estava dormindo bem e estava nervoso. 
- Está nervoso?
- Estou muito nervoso. 
- É stress então. Crise de stress. Você tem que manter a calma ou realmente pode ter um infarte. 
Ele me receitou calmante e minha mãe me fez prometer que tomaria certinho quando saímos de lá, já que não queria que ela fosse ficar comigo em casa e nem podia ir pra casa dela. No caminho, já bem mais controlado, já que o medico tinha me dado remédio lá mesmo, eu pedi pra minha mãe cuidar do curativo da tatuagem dela e da comida que ela comida também. Ela disse que Bruna já tinha falado pra ela tudo que podia e não podia e ele estava de olho. 
Logo em seguida me deixaram sozinhos meio contra vontade mais eu fiz tudo certinho e pedi uma massa pra mim almoçar, e fiquei o dia  inteiro revirando minha consciência e assim foi a semana toda, até viajar na sexta. 

Comentários identificados podem te dar  uma homenagem também e impulsionam a fanfic. 

Capítulo 34

Capítulo Bônus!

Acordei com uma claridade no quarto. Minha cabeça doía e eu ainda precisava dormir. Olhei ao redor, minha mãe abria a janela e as cortinas. 
- Mãe, eu preciso dormir. Minha cabeça parece que vai explodir.
- Eu sei Luan, mas vai ter que fazer isso em casa.
- A Natália chegou hoje de manhã, era umas seis horas e ela não sabe que você está aqui. 
Meu coração bateu forte e fui me levantando. 
- Onde ela está? 
- No quarto de hospedes, dormindo. Mas nem pensar! Ela está nervosa e disse que se ver você aqui ela vai embora! 
- Mãe, o que eu faço? - Passei a mão no rosto. 
- Não sei, mas agora vai almoçar e ir pra casa antes que ela acorde. 
- Não estou com fome. 
- Trouxe seu prato, vai comer. 
Ela me obrigou a comer e depois sai de fininho, indo pra casa. Não podia correr o risco dela sumir de novo nem queria deixar ela nervosa outra vez. Resolvi dar um tempo pra ela, mas já estava desesperado. Ainda cansado mentalmente, não consegui dormir. Cheguei e tomei banho, mas quando deitei na nossa cama, senti seu cheiro, que preenchia todo aquele quarto. Aquilo mais parecia uma sessão de tortura. Mas ao mesmo tempo confortava. Trazia lembranças doces e bonitas das vezes em que deitamos ali juntos, das vezes que sentia seu cheiro bem perto de mim. Ao mesmo tempo que abria a cratera, aliviava a dor. Seu cheiro, aquela casa exatamente decorada por ela, me proporcionava um sentimento de estar mais perto. Podia sentir Natália naquela casa, e aos poucos percebi o quanto reconfortava e pedi aos céus que ele não fosse embora nunca, como ela tinha ido. Mas eu sabia que o cheiro sumiria, e só me restaria lembranças. Lembranças boas e ruins, que aliviam e cortam a alma, tudo ao mesmo tempo. E foi com essas lembranças que o cansaço novamente me venceu. 

Acordei com um barulho estridente. Incomodado, atendi rápido. 
- Como você está? - Meu pai perguntou. 
- Esgotado. Não sei mais o que fazer. 
- Descansa por enquanto. 
- Minha cabeça dói tanto. 
- Eu sei que sim. Mas vai passar se dormir. 
- Eu sei. Onde ela está?
- Aqui, no quarto. Está arrasada. 
- Eu me odeio por isso. 
- Se apaixonou mesmo não é? 
- Acredite em mim.
- Acredito. Bom, queria saber como você estava, e dizer que ela não faliu nada sobre onde passou a noite. Está nervosa, assustada e meio perdida, mas sua mãe está tentando conversar aos poucos e deu remédio pra ela se acalmar. 
- Quero ver ela... 
- Não sei se é o momento. Ela pode sumir de novo.
- Eu sei... 
- Dá só um tempo pra ela e vocês conversam. 
- Claro... - Respirei fundo. - Pai, acha que ela volta? 
- Sinceramente, pela raiva que ela está de você, acho que não. Mas não atropela tudo, tira essa semana pra ver o que você quer, que depois o resto você corre atras. 
- Pai, eu sei o que eu quero. 
- Tudo bem, mas agora não é o momento. 
- Eu sei. 
- Se acalma, se for pra ser vai ser. 
- Me desculpa pai. - Comecei a chorar. 
- Você não deve desculpas pra mim. 
- Eu estou tão assustado, não quero perder ela. 
- Mas eu não posso fazer nada por você agora meu filho. 

Assim que desliguei o celular, percebi que era quase madrugada. O desespero tomou conta de mim, e saber o quanto estava pilhado, me deixa ainda mais nervoso. Minha cabeça a mil por hora não ia aguentar muito e aquilo me preocupava mais ainda. Eu não sabia o que fazer e nem sabia o que faria quando fosse trabalhar. Não tinha condições emocionais pra isso, mas eu tinha que arrumar. Pelo menos agora ela estava em casa, segura. 
Quando sai do banho, olhei as malas jogadas no canto do closet e novamente comecei a chorar. Botei uma roupa que esquentasse e novamente deitei. Fechei os olhos e esperei o sono dar sinal, mas ele não veio e eu sabia que ia chorar, chorar e chorar até pegar no sono. 

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Capítulo 33

Quando chegamos na casa dos meus pais, minha mãe estava me esperando sentada na sala. Ela correu ao meu encontro.
- Acharam ela? 
- Não. - Abracei ela. 
- Ela vai ficar bem, daqui a pouco o carro está parando ai.
- Ela não saiu com o carro e ela não vai voltar mãe. - Sentei no sofá e eles fizeram o mesmo. 
- O que aconteceu meu filho? Vocês pareciam tão felizes na viagem, eu até achei que teríamos um netinho! - Ela acariciou meu rosto e secou minhas lagrimas. 
- Esquece esse neto seu mãe, ela nunca vai voltar e eu não vou ter filho com mais ninguém! - Já respondi bravo. 
- Tudo bem, se acalma! E explica.
- Vamos Luan, explica isso!
- É muito complicado... - Disse com medo. 
- Você tem a madrugada toda pra explicar. 
- Até o Natal eu não amava a Natália. Eu nem se quer gostava dela... - Olhei eles que ficaram surpresos. - Eu casei por que ela apareceu grávida, era tão nova e eu sabia que agora dependia de mim! 
- Luan, eu te falei tanto na época... 
- Eu sei pai! Mas eu precisava ficar bem com a minha consciência e por isso casei... Mas ela me amava incondicionalmente.
- Está na cara dela isso meu filho. - Minha mãe acariciou meu rosto. 
- Desde então eu mal ficava em casa. Quando estava viajando então, era o paraiso. - Chorava. - Eu podia fazer o que quisesse e podia trair ela sossegado. - Eles arregalaram os olhos. 
- Por Deus Luan! - Minha mãe me repreendeu, mas agora eu queria falar, desabafar.
- Eu traia mesmo, e muito. Cheguei a comprar um apartamento aqui em São Paulo, pra poder ficar sossegado com as mulheres também. E mesmo em casa eu saia e passava a noite fora, no apartamento.
- Luan, isso é muito serio! - Meu pai estava de cara feia pra mim. 
- Era no apartamento que eu estava quando ela perdeu o bebê. Eu ouvi ela ligar, ouvi vocês ligarem, mas estava ocupado e só me preocupei quando vi que tinha muitas ligações. Quando o pai disse que se ele tivesse sido socorrido ia ficar tudo bem, eu fiquei muito mal. - Chorei mais ainda. - Eu nunca me perdoei. 
- E ela descobriu? - Meu pai perguntou. 
- Não, não foi bem isso... Eu fazia ela fingir que está tudo bem, que era o marido perfeito, e ela fazia, por amor. Mas depois que ela perdeu o bebê, eu piorei muito. Chegamos a brigar uma noite antes do Natal do ano passado e eu machuquei ela, mas ela escondeu de vocês e mentiu pra Bruna que viu. 
- Eu vou te matar Luan. - Meu pai já não me olhava. 
- Mas eu me apaixonei. Logo depois do Natal. Eu me encantei por ela mãe. - Olhei pra ela suplicando. 
- Eu acredito! - Tentava me acalmar. 
- Eu me transformei. Ela me desculpou, e estava tudo bem. Eu mimava ela, e realmente estava tudo bem na viagem. Estávamos apaixonados. Prometi até um bebê pra ela. - Sorri. - Mas, mesmo morrendo de medo dela descobrir eu escondi tudo isso e me torturei esse mês todo.
- Mas ela descobriu. - Meu pai me olhou profundo. 
- Mas quando ela soube de tudo. Das traições e principalmente do bebê, ela não conseguiu me desculpar. Ela foi embora, e não vai mais voltar. Ela me disse que não quer mais me ver e não quer nada que é meu.
Minha mãe me deu colo, mas não ficou do meu lado. E era só isso que eu merecia. 
- Ela tem razão de ir embora. 
- Ela não tem ninguém, estou preocupado! 
- Mas agora a gente não pode fazer nada! - Meu pai disse. - Ela vai aparecer, ela vai vir pra casa. 
- Ela não vai voltar. 
- Pra sua casa não, mas ela não tem pra onde ir, não terminou os estudos, não fez faculdade, não conhece ninguém! Ela pegou dinheiro? - Neguei. - Ela não tem nada Luan, não tem onde ficar. Ela vai vir pra cá e a gente vai resolver isso. 
- Ou ela fica aqui, ou seu pai vai atras de um hotel, uma casa, até o apartamento que você tem. 
- Não mãe, lá não! Vamos botar aquilo a venda, não quero passar nem perto e também não quero ela lá! - Disse nervoso. 
- Tudo bem filho, a gente vê um lugar pra ela, seu pai convence ela. Não vamos deixar ela na rua. 
- E se ela não vir? 
- Ela tem que vir Luan! Ela não saiu com nada, nem documento pelo que você contou. Ela não tem pra onde ir. 
- Estou com medo. 
- Devia ter ficado com medo antes. Foi covarde demais o que você fez Luan! 
- Eu sei pai, me arrependo tanto! 
- Não adianta mais... Se arrepender não vai mudar nada! A gente tem que esperar ela voltar agora. 
- E rezar, pra não acontecer nada com ela. - Minha mãe falou. - Ela é tão delicada, frágil. Bonita também. Essas horas sozinha! 
- Mãe! - Comecei a chorar. 
- Não adianta ficar chorando Luan! - Meu pai gritou bravo. - Para de chorar por que esta me irritando já... Fez um monte de merda e agora fica chorando! E outra, reza! Mais reza muito pra essa menina não sumir, por que a policia vai cair matando em cima de você!
Eles foram deitar logo e eu acabei dormindo também. Estava nervoso, mas cansado. Tive uma péssima noite, e sonhei com ela o tempo todo, sem saber onde estava ou se estava bem. 

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PS: Capitulo bônus hoje as 15h00.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Capítulo 32

POV Natália. 

Assim que entrei no banheiro bati a porta com toda a força do mundo e sentei chorando ao chão. Eu não conseguia acreditar que havia escutado aquelas palavras. Eu não queria acreditar que Luan tinha feito aquilo comigo. Só Deus podia medir a decepção que eu estava sentindo referente a ele. Ele podia ter me traído de todas as formas, mas não podia ter feito o que fez. Eu com certeza perdoaria, qualquer traição a mim, era claro isso, amava aquele idiota. Mas ele havia traído meu filho, ele havia traído a minha confiança e passado por cima de tudo que havia me prometido quando tive que sair da casa dos meus pais em Florianópolis pra morar em São Paulo com ele. Ele tinha me prometido tanto nas noites em que chorei de medo das mudanças que estavam acontecendo. Ele tinha jurado, e agora, tinha feito exatamente o contrario do que prometeu. 
Em meio aos prantos, decidi que iria embora. Quis entrar lá, fazer o maior escândalo, mas estávamos com visitas e Dudu e Bel não tinham nada haver com isso. Enxuguei os olhos e por alguns minutos respirei fundo, tentando engolir tudo aqui. Hoje mesmo pegaria minhas malas e sumiria da vida dele. Eu não tinha pra onde ir, mas qualquer lugar era melhor que embaixo do mesmo teto dele. Eu nunca o perdoaria. 

Sai do banheiro com uma aparência boa. Juntei todas as forças que tinha e entrei no quarto. 
- Bel, não achei o negócio de musica que o Luan comprou. Assim que achar te mando foto! 
- Tudo bem! Esse colar é incrível! - Ela estava olhando algumas coisas que tinha trazido.
- Lindo não? Pagamos muito barato até por ser uma joia.  
Ficamos ali por um tempo, enquanto eu engolia tudo. Logo Dudu e Luan apareceram e eles se despediram. Luan me deu a mão e respirei muito fundo pra juntas forças pra aquilo. Me despedi com pressa e subi com mais pressa ainda. Já ali mesmo comecei a chorar. Abri minhas malas e joguei tudo dentro. Isso não ia ficar assim mesmo! Chorando, jurei a mim mesma que não queria ver ele nunca mais. 

POV Luan. 

Já que não conseguia dirigir, tive que me acalmar e pensar. Tinha que procurar por ela, mas seria algo impossível de encontrar, mas ai da sim iria tentar. Respirei fundo e tentei dar partida novamente, mas logo percebi que não adiantaria de nada, por que eu não ia chegar muito longe sozinho, naquele estado. Precisava de ajuda e resolvi ligar pro meu pai. Ele me atendeu com voz de sono e perguntou o que tinha acontecido. Pensei numa forma de explicar, mas não sabia como, então tive que falar logo. 
- Pai, eu preciso que venha aqui... - Já comecei a chorar. 
- Se acalma, o que está acontecendo?
- A Natália me deixou. - Ele fez silencio por uns segundos.
- Mas... 
- Eu sei pai, mas eu preciso dirigir, ir atras dela, mas eu não consigo... 
- Estou indo, se acalma.
Desliguei e fechei a casa, depois entrei no carro esperando ele, mas depois fechei e sentei na calçada de casa. Assim que ele parou eu entrei e ele saiu. 
- Onde vamos? 
- Não sei, procurar ela, sei lá! 
- Ela saiu a pé? 
- Não... Ela se jogou na frente de um carro que tava passando e pediu carona... 
- Ela é louca? 
- Só pode! - Passava as mãos pelo cabelo. - Eu não sei o que fazer... 
- Vamos andar por ai... 
Enquanto andávamos nas ruas perto do condomínio, meu pai não me perguntava nada. Ele não fez um questionamento e isso era muito bom. Não queria explicar nada agora, e ainda estava nervoso. Mas eu sabia que teria que explicar uma hora. Andamos por um tempo, mas sabia que era em vão e meu pai me convenceu a voltar. 
- Vamos lá pra casa... 
- Não pai... 
- Vamos lá sim, ficar aqui sozinho não, você está nervoso. 
- Acho que ela vai pra lá... 
- Melhor ainda, vocês conversam... Sua mãe ficou preocupada! 
- Pai, se ela me ver lá, ela vai embora, vai ficar nervosa... 
- Vai contar o que aconteceu com vocês ou não? 
- Vamos vai! - Resolvi ir lá, contar tudo de uma vez por que ela ia embora e eu não podia mais esconder nada. 

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Capítulo 31

A Leitora da Semana se chama Isabella Guimarães. Hoje eu queria dedicar essa semana de sofrimento pra ela só por que ela não gosta quando o Luan sofre nas fanfics. Eu também queria dizer que ela fica me perguntando, perguntando e perguntando até eu soltar as coisas que ela quer sobre a fanfic. Amo essa menina insistente! Isa, fica esta homenagem. Beijos. 

Natália jogava as roupas todas dentro da mala e eu me assustei. 
- Natália... - Chamei ela, mas ela me ignorou. - Natália! - Me aproximei e peguei seu braço. 
- Não encosta em mim! - Ela gritou e eu me assustei, soltando. 
Vi lagrimas descer do seu rosto e ela continuou, enquanto eu fiquei parado olhando aquilo, sem ter uma reação. Ela começou a chorar mais e mais, e então eu entendi tudo que estava acontecendo. Tinha sido ela na porta, ela sabia de tudo. 
De repente, todas as falar que tinha pensado pra quando esse dia chegasse, sumiram da minha mente e e comecei a chorar. 
- Não me deixa por favor! 
- Não te deixar? - Ela me encarou abismada limpando as lagrimas e parou o que fazia. - Como que você tem a cara de pau de vir aqui pedir isso? Eu só não sai antes por que ninguém precisa saber o que acontece dentro de casa! Engoli tudo que ouvi até Dudu e Bel irem embora, mas agora quem vai sou eu. 
- Eu posso explicar! 
- Não, Luan, você não pode! - Ela chorava muito. - Eu confiei em você! Eu mesmo sem te conhecer confiei em você! Você me prometeu! - Ela chorava abismada e aquilo parecia um tiro no meu coração.
- Me perdoa! - Eu chorava igual criança, sentando na cama por não ter mais forças pra ficar em pé. 
- Eu podia perdoar tudo. Perdoar as noites que fiquei em casa sozinha, as vezes que chorei por se tratada mal por você. Podia perdoar as traições que no fundo eu já sabia! - Ela perdia o fôlego falando. - Eu podia tudo Luan, por que eu amo você!
- Eu também te amo, muito! - Supliquei. 
- Não ama. - Ele secou as lagrimas. - Eu perdoaria até ter fingido seu amor, mas eu não posso perdoar ter perdido aquele bebê por que seu pai demorou pra chegar aqui, enquanto você me ouvia ligar... - Ela parou e vi mais lagrimas molharem seu rosto. - Enquanto você me ouvia ligar e simplesmente estava comendo uma vagabunda! - Ela me olhou dentro dos olhos, senti sua decepção e meu coração apertava dentro do peito, parecia estar sumindo. - Eu não posso perdoar isso. 
Ela se virou e continuou com as coisas delas enquanto falava. 
- Foi tudo uma mentira! - Sussurrava. - Essa viagem, Tailândia, nosso Ano Novo... Nossas noites de am... 
- Não! - Interrompi e peguei seu braço. Olhei dentro dos seus olhos. - Nada foi mentira... Nada! Eu estava falando a verdade, acredita em mim! Todas as juras de amor, todas os sentimento que coloquei no nosso casamento do Natal pra cá, foram todos verdade! Acredita em mim... Eu me apaixonei. 
- Ótimo pra você, mas eu já mandei não encostar em mim! 
- Eu me apaixonei Natália. Eu fui fiel desde aquele dia que cheguei tarde depois do Natal, eu te amo e eu to disposto a... 
- Disposto a que? - Ela voltou a chorar fechando as malas. - Disposta a me fazer de idiota mais dois anos? 
- Eu não estou te fazendo de idiota, me deixa falar e... 
- Não Luan! Não tem vergonha na cara de falar que foi fiel nesse mês... 
- Eu fui! - Tentava me explicar desesperado. - Eu juro! 
- Se foi não importa! - Ela gritou. - Um mês não é nada pra quem é feito de idiota quase três anos! 
- Olha, tudo bem! - Vi que ela estava nervosa demais, aquilo me assustava.
Percebi Natália se segurar na mala d fui em sua direção, mas ela ficou ainda mais nervoso e quando vi que ia gritar, recuei.
- Estamos de cabeça quente, amanhã a gente conversa! Vou pra casa dos meus pais. - Limpei minhas lagrimas. - Você não vai a lugar nenhum! 
- Não Luan! Você acha que é quem pra querer me dizer o que fazer? - Ela gritou. - Eu não quero nunca mais olhar na sua cara! Eu não quero mais te ver! - Ela se aproximou com as mãos na cabeça, nervosa. 
- Olha. - Peguei seu rosto e segurei forte. - Tudo bem, eu vou te provar que te amo, eu não vou desistir...
Soltei seu rosto por que ela se mexeu e então fui acertado com um tapa na cara. Daqueles bem dados, que deve ter doído sua delicada mão. Mas eu merecia aquilo. Coloquei mão sobre o rosto e voltei a olhar ela, que tinha o olhar assustado.
- Você pode não acreditar, mas não senti nada comparada a dor que estou em meu coração, a dor que tenho desde quando você perdeu nosso filho.
- Eu não acredito. 
- Eu sei que não, e por isso vou te dar um tempo, sair de casa. - Fui até as malas dela e comecei a jogar suas roupas. - Só quero que saiba que desde que te olhei, me amando tanto e me abraçando com tanta ternura, eu só tenho olhos pra você, eu só amo você, eu só penso em você, e eu sei que só você me ama de verdade. 
- Volta as minhas malas.
- Você não vai precisar delas. Eu estou saindo, amanhã a gente conversa... 
- Tem razão, eu não vou precisar delas. - Ela foi até o closet e saiu de lá colocando um sobretudo de frio. - Eu não quero nada que você comprou. - Me olhou nos olhos e saiu pela porta. 
- Onde você vai? - Corri atras dela e peguei seu braço quando ela estava saindo pela porta. 
- Já mandei me soltar. 
- Deixa eu falar com você! - Estava desesperado, descalço já e nervoso.
- Falar não vai trazer meu filho de volta.
Aquela frase mexeu com todo meu corpo, me senti paralisado. Minha cabeça latejou e fechou os olhos abaixando. Quando abri, vi ela se jogar na frente de um carro que passava na rua do condomínio e depois de trocar algumas palavras com o motorista, entrou nele, que saiu cantando pneus. 
Me desesperei e fiquei séculos procurando a chave do carro. Quando entrei nele, de tão nervoso, mal conseguia ligar. Eu não sabia o que fazer, e a essa altura ela estava longe. O carro ligou, mas logo depois fiz tudo errado e quase bati na parede de casa. Parei ele, desliguei e fechei os olhos. Não acharia mais ela, não a alcançaria e podia bater o carro. Joguei a cabeça no banco e chorei mais ainda, sem saber por onde recomeçar. 

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Capítulo 30

A casa estava perfeitamente arrumada. Ajudei Natália com a preparação da sala e da mesa pra receber meus amigos e ela estava terminando de assar a comida: um peixe maravilhoso. Ela tinha pego a receita na internet e eu conseguia sentir o cheiro do quarto, enquanto terminava de colocar minha camiseta depois de um banho quente, já que uma frente fria esfriou Londrina. 
Natália entrou toda produzida e me ajudou, a roupa que tinha ficado torta em mim. 
- Como estou? - Perguntou. 
- Linda. Gostei dessa roupa! - Sorri. 
Seu vestido era justo, mas não colado no corpo. Ainda era mais curto do que o meu ideal, mas ainda sim estava bom, com um decote discreto e um salto simples. Ela tinha cacheado os cabelos e estava com uma maquiagem leve. Beijei de leve seus lábios e acariciei seu rosto. 
- Eu te amo. 
- Eu te amo mais Luan! - Ela me sorriu tão lindo que não resisti a sua boca. 
Nos beijamos intensamente ate ouvirmos o interfone. Corri atender enquanto ela descia e liberei a entrada do Dudu. Não demorou muito pra tocarem a campainha e então atendi. 
Cumprimentei Bel e depois Dudu do nosso jeito. Eles entraram e logo Natália estava descendo as escadas. Fiquei olhando ela toda simpatia cumprimentando eles e então nos sentamos no sofá. Conversamos sobre a nossa viagem e eles contaram sobre a que fizeram pra Nova York. A conversa se dividiu aos poucos e Natália contava sobre as joias e roupas que comprou, ouvindo relatos iguais de Bel, enquanto Dudu contava pra mim sobre um show que tinha visto e que podíamos nos inspirar pro meu próximo projeto. Eh animado, ouvia tudo, não tirava a cabeça do trabalho. Bebemos vinho pra esquentar e demos muitas risadas. A noite estava perfeita. Logo a comida ficou pronta e jantamos todos conversando. Natália brincava com Bel, que relatava abismada um caso na viagem. 
- Eduardo olhou pra mulher na minha frente, eu não me conformei Natália!
Dudu tentava se defender e eu ajudei. 
- Melhor na sua frente que por costas Bel! - Ri. 
- Fica no teu canto Luan! - Natália falou seria mais riu logo em seguida. 
- Dudu que apronta e eu que levo? - Ri. - Cara, isso não é coisa que se faz! - Pisquei pra ele brincando. 
- Olha esse Luan Natália! - Bel riu. - São tudo farinha do mesmo saco! 
- Deixa o Luan comigo depois, deixa! - Ela ameaçou brincando.
- Eu já disse que não olhei, ela não acredita! - Ele se defendeu e eu ri. 
- Aposto que é mentira! - Bati na mesa. 
- Da Bel né boi? 
- Mentira sua! - Ri. 
- Até você Luan? - Ele gargalhou.
- Te conheço! - Ri.
Terminamos de comer nesse clima descontraído e enquanto Natália tirava a mesa fui pra sala com ele e Bel ficou conversando com ela. Logo subi pro estúdio com ele a passamos pra avisa-las. Queria mostrar a musica que tinha feito pra Natália.
- Amor, vamos no estúdio. Rapidinho! - Trabalhar agora Luan? 
- Só vou mostrar uma coisa! 
- Esses dois não larga da musica nunca Bel! 
- Está no sangue, nem esquento a cabeça. 
Ouvimos elas reclamando e subi mesmo assim. Assim que chegamos, fui logo pegando a composição na gaveta. Era bom que Natália não mexia ali, nem a empregada que vinha duas vezes por semana. Ele leu a letra, concentrado. 
- Não tenho o arranjo ainda, mas acho que você pode fazer isso cara. 
- Vai ser um prazer, musica massa demais! Sucesso Luan! Da onde veio tanta inspiração assim? - Ele riu.
- Fiz pra Natália. - Abaixei a cabeça.
- Natália? 
- Sim. Eu me apaixonei cara. 
Ele ficou me olhando alguns segundos. 
- Não sei nem o que dizer... 
- Eu sei, é foda! 
- É, por que essa musica mesmo, mostra que você não era legal com ela, e agora conviver com isso... 
- Estou a ponto de ficar louco! - Levantei andando e encostando na parede virado pra ele. 
- Aquele dia... - Dudu perguntou receoso. - O dia que ela perdeu o bebê! 
- Eu sei o que quer saber... 
- É isso não é... 
- Eu prometi pra ela cara, eu jurei pra ela quando ela ficou gravida que não deixaria nada de mal acontecer. 
- Não foi sua culpa! 
- Claro que foi cara! - Comecei a chorar. - Eu vivo sonhando com isso até. O medico foi claro. Falta de socorro. A culpa foi mesmo minha.
- Mas você...
- Se eu tivesse aqui com ela, não na cama com outra naquele maldito apartamento, eu teria salvado meu bebê. Se eu tivesse visto as ligações e atendido, eu teria salvado meu filho. Só Deus sabe o quanto me perturba. Saber ainda que ela confiou em mim sabe? Saber que ela pode descobrir a qualquer momento e me deixar, nunca mais olhar na minha cara, é minha maior tortura. A angustia dessa situcao e a duvida se ela vai saber um dia. 
- Se ela souber... 
- Ela vai me deixar, eu tenho certeza disso. 
- Por que não conta logo? Acaba com isso. Você nunca vai ser feliz com isso, com essa tortura, mesmo se tiver ela! 
- Eu sei cara, mas eu não consigo. Ela vai me deixar, eu sei disso. Ela já me disse uma vez que estava tudo bem, por que eu estava no estúdio, mas se eu estivesse em outro lugar, ela não perdoaria.
- Dá pra entender ela mesmo! 
- Claro que dá, era nosso filho e ela sofre muito por isso ainda. Mexeu totalmente com a nossa vida. Eu lembro como fiquei, mas não lembro como ela ficou. Não estava aqui pra ver isso. Estava traindo ela, isso sim! Esse tempo todo foi isso que eu fui.
Escutamos um barulho na porta e me assustei, mas Dudu levantou e olhou. 
- Não é nada, ela só estava entreaberta e abriu um pouco. 
- Pelo amor de Deus cara! - Estava nervoso. 
- Não foi nada Luan, se ela tivesse ouvido teria entrado aqui. Se acalma! 
Logo descemos e descobri que Natália e Bel estavam no quarto vendo roupas! Coisa de mulher mesmo. Já mais calmo, por que ela sorriu pra mim. Logo fomos nos despedir dos dois e peguei sua mão. Levamos eles até a porta e assim que fechou, ela subiu correndo por quarto. Resolvi guardar as coisas e arrumar a sala, pensando que ela planejava um surpresa pra mim, então demorei um bom tempo na sala e na cozinha, mas subi pro quarto logo em seguida, tendo realmente uma surpresa. 

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Capítulo 29

Pela noite, nos reunimos na praia. Fizemos um luau. Sentamos na areia, peguei o violão e ficamos cantando e bebendo, enquanto as mulheres conversavam. Fizemos alguns planos pros próximos dias e depois ficamos somente conversando. Meu pai brincava com Carlos, dizia que já estava na hora de casar, e ele gaguejava sem parar enquanto eu as meninas segurávamos o riso.
- Tem que tomar jeito Carlos! - Ri. - Igual eu! - Abracei Natália e ela sorriu.
- Toma jeito Luan! - Bruna riu me batendo.
- Melhor, pula fora, por que minha irmã é muito violenta rapais! Não é carinhosa igual minha esposa linda!
Natália fez graça pra Bruna, brincando ser superior e começamos a rir.
Tudo fluía bem ali, estávamos no céu. Felizes, entre família e eu cada segundo mais apaixonado. Tanto que até esqueci dos meus problemas, e por aqueles dez dias, nem parecia que tinha medo que minha mulher descobrisse as coisas de ruim que eu fiz.

Não demorou pra voltarmos pro Brasil, numa manhã, exaustos. Eu tinha marcado pra Natália fazer a tal tatuagem no outro dia a tarde, então tratei de botar Natália pra dormir e dormir também. Ela chegou em casa dormindo no banco de trás do carro. Tinha passado primeiro na casa dos meus pais e ela deitou no meu quarto e dormiu. Fiquei com dó de acordar ela e trouxe pra casa no colo. Quando chegou no quarto, ela despertou, então levantou e foi tomar banho, depois caiu na cama de novo. Fiz o mesmo e dormi também, mais do que eu esperava.
Era hora do jantar quando levantei. Natália ainda dormia e resolvi pedir algo pra comer. Ainda tinha uma semana de folga, era sexta, e só voltaria pra estrada na outra sexta. Entrei na internet, postei algumas fotos da viagem e conversei um pouco com as meninas, e só sai e acordei Natália quando a pizza chegou. Ela levantou bem descansada até, comemos rindo e conversando.
- Estava com fome. - Disse de boca cheia.
- Que feio falar de boca cheia amor!
- Feio é ter fome! - Ri. - Nojentinha!
- Educada, é diferente! - Ela riu. - Estou cansada ainda.
- Vamos comer e dormir, por que amanhã a gente vai levantar cedo e não estou preparado!
- Dormir mais? - Ela me olhou assustada.
- Dormir muito mais neguinha! - Levantei pegando meu prato e já guardando as coisas. - Terminou? - Ela assentiu. - Então vamos pra nossa cama muié!
Ela riu e me acompanhou, pulando nas minhas costas. Tive que levar ela de cavalinho e joguei na cama. Cantei e fiz cafuné nela até dormir, já que estava agitada.

Senti Natália em cima de mim e me mexi desconfortável.
- Amor, levanta! - Ela beijava meu rosto e mesmo assim fechei os olhos, preparado pra continuar.
- Luan, levanta! - Ela me chacoalhou e eu despertei assustado.
- Nossa...
- A tatuagem! - Ela levantou e saiu puxando minha coberta. - Vamos logo!
- Onde está a mulher que acordava com beijinho? - Passei as mãos pelos olhos.
- Ela está na sala, ansiosa, te esperando.
Ela saiu do quarto já toda arrumada e perfumada. E eu entrei no banho reclamando.
- Isso tudo pra tatuar a virilha, eu mereço. - Estava ficando com ciúmes já e comecei logo a ficar nervoso.
Já estava até preparado pra convencer ela de mudar o lugar.

Quando chegamos, primeiro conversamos com meu amigo, que tinha feito minhas duas tatuagens e Natália acabou por decidir uma tartaruga delicada, na costela, só que mais na lateral do corpo. Seria uma tartaruga, mas só o contorno, algo bem delicado e feminino. Por ser fácil, somente uma sessão seria suficiente, e depois dela reclamar um pouco de dor, acabou até rápido demais, e ela ficou toda encantada com o resultado. Mostrou pra todo mundo quando chegou na casa dos meus pais e eu ainda ajudei ela com o curativo.

- Você gostou?
- Ficou linda minha princesa! - Perguntou no carro enquanto íamos no mercado.
Bel e Dudu jantariam em casa e tinha que fazer comprar pra Natália cozinhar, já que a casa tinha ficado muito tempo sem ninguém e não tinha nada pra comer.
- Você acha mesmo?
- Ficou sua cara, linda! - Olhei pra ela sorrindo e ela me olhava preocupada. - Sexy também.
- Luan, é uma tartaruga. - Ela riu de mim.
- Tudo em você é sexy, você não me entende!
- Não mesmo! - Ela riu.
Desci no mercado e ajudei ela. Parei algumas vezes pra atender pessoas, mas foi rápido, e era muito bom poder ir ao mercado, coisas que só tinha coragem de fazer com Natália.

Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic. 
Desculpa o atraso, eu esqueci de programar! Me perdoem!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Capítulo 28

- Amor, eu quero fazer uma tatuagem! 
Natália me acordou com aquela. Eu mal tinha aberto os olhos e ela me vinha com isso. 
- Como? 
Passei a mão pelos olhos tentado acordar já que minha menina estava em cima de mim, com um perna de cada lado, me fazendo pensar coisas que seriam maravilhosas aquela hora da manhã se ela não tivesse me dado um susto tão grande. 
- Por favor, me leva lá, eu já achei um lugar na internet... Eles abrem hoje. 
- Você está louca? - Acariciei seu rosto. 
- Estou muito ansiosa. 
- Tem certeza?
- Quero agora! 
- Mas é uma coisa que tem que pensar muito amor... Você pensa melhor e quando chegar no Brasil eu vou com você, já que é isso que você quer. 
- Eu já pensei. 
- Nunca falou sobre isso Natália. E outra, vou te levar onde eu confio. Vai escolher o local, o desenho, tudo com calma. 
- Eu já decidi. 
- E o que vai ser? 
- Quero uma tartaruga marinha!
- Serio? - Me assustei. 
Tartarugas eram lindas, e eu tinha certeza que ela havia se encantado por conta do mergulho, onde vimos algumas. 
- Pequena.
- Tudo bem, se você quer. Nós vamos. Mas no Brasil. 
- Promete? - Ela beijou meu pescoço. 
- Prometo. Onde? 
- Na virilha. - Disse no meu ouvido e saiu rebolando só de calcinha e uma blusinha, em direção ao banheiro. 
- Essa menina vai me enlouquecer. 
Mandei mensagem pros meus pais e logo estava entrando no banho assim que Natália apareceu com um biquíni pequeno demais pro meu gosto. Fingi que não vi e fui tomar meu banho. 

- Ficou bom amor? - Ela perguntou antes de colocar a saída de praia. 
- Ah, ficou.
É claro que tinha ficado, mas eu ia dizer que não. Alias, tinha ficado mais do que bom, pra ficar ali no quarto. 
- Como assim "ah, ficou"? 
- Sei lá, acho que não te valorizou. 
Ela fez cara de espanto e olhou no espelho quanto eu escolhia uma bermuda. 
- Boa tentativa, mas não adiantou, engraçadinho. - Ela apertou minha bochecha e colocou aquele vestido justo se choque. Ficava linda nele, e com aquele biquíni, eu teria insistido mais pra trocar se não estivesse só com minha família. 
Durante a manhã e a tarde, ficamos o tempo todo na praia da frente do quarto. Bruna e Carlos ficaram de pegação na água e nós quatro ficamos um pouco na sombra da arvore evitando um pouco o sol forte. 
- Filho, sabe o João? - Amigo dos meus pais.
- Sei, o que tem? 
- A filha dele e o marido estão esperando um bebê! - Minha mãe sorriu e sinto Natália ficar tensa ao meu lado. Já sabia o que vinha. 
- Olha que legal! Ela tem quantos? 
- Sua idade! Estão casados faz um ano! É uma menininha!
- Pai de menina. - Eu ri. - Coitado! 
- Coitada da menina! - Ela me olhava sugestiva e eu tentava ignorar. - Já pensou uma menininha brincando na areia! - Ela olhava o mar. 
- Onde quer chegar Dona Marizete?
Meu pai me olhava rindo e Natália estava quieta, abraçada a mim. 
- Um bebezinho seria tão bom Luan! Estão casados a tanto tempo já. 
- Quando tiver de ser, vai ser mãe. - Me levantei e Natália foi obrigada a me soltar. Dei a mão pra ela e a convidei pra dar uma volta na praia.  Quando estava um pouco afastados, parei e olhei pra ela. 
- Não fica chateada. 
- Não, está tudo bem. 
- Tem certeza? - Ergui minha sobrancelha pra ela e sorri. 
- Sim. - Ela riu de mim. 
- Então acho que tenho que dar um jeito de não ficar bem.  
- Ah não Luan! - Ela gargalhou e saiu correndo. 
Corri atras, fingindo que não a alcançava, até que ela foi entrando no mar. 
- Cuidado! - Disse e ela gargalhou. 
- Você acha que vou deixar o mar me levar?
Estava bem mais próximo quando ela disse isso e então enquanto olhava pra trás, onde eu estava, tropeçou, dando um grito assustada. Quando ela ia cair, peguei. 
- Eu mandei tomar cuidado sua desastrada. 
- Tem um pedra aqui. 
- Isso que dá! - Ri e me sentei ao seu lado na água rasa do mar, passando um braço pela sua cintura. 
- Sabe o que eu quero? 
- O que? - Ela perguntou. 
- Um beijo. 
- Não. - Fez charme. 
- Não? Sou seu herói amor! 
Ela ficou rindo pelo menos dois minutos. E depois sentou no meu colo e passou os braços pelo meu pescoço. 
- Eu te amo, assim, sabia meu herói?
- Eu também te amo. 
- Não, não é isso. - Ela olhava dentro dos meus olhos. - Disse que amo você assim, feliz, sorrindo, e não emburrado e de mau humor, como antes. Gosto da maneira como me trata agora, da maneira que é meu protetor. Carinhoso, me dá atenção. 
- Está ficando é mimada demais. Faço muito seus gostos! - Ri brincando com ela. - Mas é sério agora! Eu fico muito feliz de ouvir que você está feliz agora. Por que eu sei que errei muito com você, até umas semanas atras ai. Mas eu to amando de mimar, cuidar de você! - Peguei em sua cintura. - Mas agora seu herói quer o beijo. 

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Capítulo 27

Passamos um dia em casa descansando e descarregando as malas e no outro dia já pegamos um avião em direção ao Caribe junto com a família toda. No caminho, eu cansado fui dormir junto com a Bruna, e o namorado dela e Natália ficou do lado da minha mãe, contando tudo sobre a Tailândia. Parecia nunca chegar e eu acordei umas três vezes, e na ultima delas, já encontrei Natália ao meu lado. Percebi que já estávamos chegando e acordei todo mundo. Não aproveitamos o resto do dia e logo depois de jantar fomos pra cama. Eu ainda não tinha me recuperado do tempo longo dentro do avião vindo da Asia e nem Natália. Estava estressado e mal humorado. 
No outro dia levantei antes da minha mulher e abri a varanda. Estávamos num local calmo, que até já tinha visitado, mas era maravilhoso e a brisa tocou meu rosto. Sorri com a paisagem e respirei forte aquele ar. Fiquei alguns minutos ali e senti as mãos delicadas e pequenas da minha mulher tocar minhas costas. 
- Bom dia. 
- Bom dia meu anjo. - Peguei seu rosto com as mãos e beijei com delicadeza. 
- Estou morrendo de fome! - Ela disse como se fosse a maior surpresa do mundo.
- Novidade né? - Ri.
- Está me chamando de gorda! - Ela me abraçou de frente me olhando muito seria pro meu gosto. 
- Nunca, alias, não sei como tem esse seu corpo do jeito que come!
- Bom mesmo. - Ela riu. 
- Que tal irmos comer?
- Excelente! 
Luan ligou pros pais e fomos nos encontrar no restaurante do hotel. Bruna e o namorado, Carlos, ainda dormiam. 
- Está bem humorada hoje né? - Sua mãe brincou com ele.
- Ontem não podia nem olhar pra ele. - Ri de Natália
- Imagina o que os caras não passam na estrada. - Meu pai brincou rindo.
- Estava cansado puxa. - Fiz bico e minha mulher me deu um selinho.
Combinamos enquanto comíamos um luau ali e no outro dia faria um mergulho. Fiz questão de fazer esse passeio pra Natália e hoje resolvemos ficar na praia do hotel mesmo. Nos instalamos no local deserto e logo Bruna e Carlos apareceram. Ficamos ai a tarde toda. Eu e Natália parecíamos crianças brincando na água. Jogamos água um no outro, derrubei Natália e ela me assustou fingindo que estava afogada. Até sumiu por um tempo com a Bruna e volto toda animadinha falando de um cara e eu já nervoso, briguei com as duas quando descobri que estavam tentando chamar a atenção e fazer ciumes pra mim e Carlos, mas fiz questão de cortar as asinhas das duas. 
- Amor, vou pegar algo pra comer. 
- Vou com você. - Olhei feio me levantando.
- Bruna vai comigo.
- Mas nunca. Eu vou com vocês, mesmo se Bruna for. Vamos Carlão! - Bati nas costas dele que se levantou tão rápido quanto eu. 
- Deixa essas duas sozinhas aqui é muito perigoso, estou até vendo isso aqui. - Fui reclamando e ele concordou. 
- A gente só estava brincando. - Bruna se defendeu.
- Mas é muito bom ficar de olho. - Carlos concordou e eu peguei a mão de Natália, já emburradinha. 
- Tira esse bico do rosto viu? - Peguei seu rosto e beijei o bico. 
Enquanto os três pediam comigo eu fui até a recepção e conversei sobre o mergulho. Todos nós iriamos e eu marquei já, voltando pra praia mais tranquilo. A noite meus pais ficaram no hotel, mas nós quatro saímos pra um barzinho e curtimos a noite, mas não demoramos pra voltar e acabamos ficando na praia, mas fomos dormir logo já que levantaria cedo pro mergulho. 

Na hora marcada acordei todo mundo e fomos tomar café. Logo o hotel nos avisou que a equipe tinha chegado e Natália quase engoliu o suco, me fazendo pedir pra que ela tivesse calma.
- Vai passar mal assim e não vai mergulhar.
- Vamos logo Luan! - Levantou e eu acabei fazendo o mesmo enquanto sorria. 
Durante a viagem de barco fiz Natália ficar quietinha por causa da comida. Ela estava muito empolgada conversando com minha mãe e elas falavam sem parar, até receitas estavam discutindo e eu fiquei me perguntando como nunca tinha reparado que Natália era a tipica dona de casa. Ri com os pensamentos e fiquei conversando com meu pai e Carlos, enquanto Bruna tirava fotos. 
Não demorou pra chegar e ajudei Natália com a roupa enquanto minha mãe me pedia muito cuidado, dizendo que não ia e ficaria no barco com meu pai. 
- Mãe, vai ficar tudo bem. Eles são especialistas.
Meu pai ria da situação e quando vi, Natália já estava toda empolgada quase pulando na água com um instrutor só sorrisos pra ela enquanto eu tentava despistar minha mãe.
Logo deixei ela falando sozinha e fui atras de Natália. O instrutor pulou e gritou pra ela pular que ele ajudaria ela, mas eu coloquei as mãos na sua cintura e sorri quando ela se virou.
- Pode deixar que eu vou ajudar ela. - Disse pulando antes e depois esperando ela, que pulou no meu colo. O cara deu uma afastada e eu sorri vendo a cara de criança da minha mulher. Bruna e Carlos vieram logo atras e quando vi estava de mãos dadas com meu amor em baixo da água. Ela olhava hipnotizada a parede de corais e tentava pegar os peixes. A cada segundo mais fascinada, me olhava apontando tudo. Eu sorria a cada momento que via sua admiração com algo. Bruna ainda meio assustada, não desgrudava do namorado e foi difícil reunir todos pra tirar uma foto, mas no fim, conseguimos. Natália me abraçou e prometi a mim mesmo que ainda levaria ela muito pra mergulhar, pois só ver ver seu rosto ali, eu tinha ganhado minha viagem.

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