domingo, 18 de outubro de 2015

Agradecimentos

Essa historia foi mais que a minha renovação. Foi mais que a minha reinvenção. Essa história foi minha redescoberta. Como se Deus mandasse de volta pra mim me redescobrir uma sonhadora, para me redescobrir como alguém que ama além da vida. Não foi nada fácil, e ainda não é, mas escrevi com todos os sentimentos que tinha dentro do meu coração, muitas vezes até desacreditada do amor. 
E isso, devo ao Luan, por que ele me inspira, ele me dá criatividade e me dá impulso pra ir cada vez mais longe. Mesmo muitas vezes desanimada, é ele quem me faz querer amar cada dia mais, mesmo que pareça exatamente o contrario. Uma escritora de fanfic que eu admirava, dizia que Luan era seu menino-do-sol, acho que posso pegar emprestada essa definição pra dizer que ele é exatamente isso pra mim. Meu menino-do-sol, que ilumine os lugares mais escuros, ou devolve a luz pra eles. 
Não sei se posso continuar, escrever outra ou coisa do tipo. Eu escrevi muito. Foram 6 fanfics, muitos contos e ainda alguns chats secretos, todos feitos com muito amor. Mas eu encerro aqui. Encerro aqui por que muita coisa mudou desde a minha época de escrever, encerro aqui por que acho que não sei mais escrever como antes, não tenho o mesmo pique. Encerro aqui por que hoje me falta muito tempo. Encerro aqui por que as coisas, muitas vezes (menos no amor) precisam de um fim. Mas eu não encerro meu amor pela escrita e não encerro meu amor pela minha grande inspiração. 
Natália e Luan se amaram cada linha dessa fanfic, e apesar de que era pra ser a minha fanfic menos romântica, ela foi a mais. Eles se amaram da forma mais pura que o amor pode existir e eu admiro isso nos personagens que criei. O mundo precisa de mais amores assim. E justamente por esse grande amor deles que disse que esta fanfic tinha tudo pra ser uma fanfic curta. Me faltou coragem de separar eles novamente! E nem tinha como... Respeitam tanto, amam tanto e vivem tanto um pelo outro, que não tinham como eu pensar em uma situação pra mudar isso... Eles foram criados pra ficar sempre juntos. 
E quem é que não pode dizer que eles não existam? Eles existem sim! Estão aqui, em cada linha, em cada declaração. Foram 187 capítulos, 1103 comentários, uma media de 6 comentário por capitulo e 201,421 visualizações com média de 1107 por post. É bastante coisa pra uma fanfic contemporânea e eu tenho a agradecer demais vocês que abraçaram ela e a minha volta. Meu muito obrigado por acreditarem em mim de novo! Tenho meu ultimo pedido! Realizem? 
Não teve meta nessa fanfic, então gostaria de pedir que deixassem registrado nos comentários seus sentimentos sobre minha historia como deixei aqui os meus. Ficarei muito feliz de receber esses últimos comentários da minha vida... 
E torno e repetir: muito obrigado por me acolherem novamente! Eu amei ter a companhia de vocês nesse projeto de "verão".
Minha historia como escritora de fanfics acaba aqui, com muita dor, mas acaba.

Agora, acompanhem a fanfic da minha amiga clicando AQUI e venham se apaixonar por Liz e Luan numa historia totalmente diferente! ♥

Capítulo 187

Narrado por Luan.

Quatro anos depois...

Eu estava um tanto quanto nervoso. Minhas mãos tremiam e eu comecei a rezar baixinho, pedir a Deus que fizesse minha filha muito feliz. Ela estava se casando, mas não era Laura, e sim Bea. Eu estava feliz por ela. Já formada, adulta e com todos os sonhos realizados, e olha que ela correu muito atrás deles. Arthur era um noivo bom também, e eu estava bem de genro, graças a Deus. Podia ser muito ruim, e eu graças a Deus tinha consciência disso é agradecia pelos que arrumei.
Assustei com minha pequena veio correndo até mim, rindo, da maneira que podia. Enzo, logo atrás, andava atrás da filha quando peguei ela no colo. 
- Maia, filha, não faz isso! 
- Se Bea demorar mais meia hora o vestido dela está sujo. - Disse rindo enquanto Maia parecia alheia ao brincar com a flor da minha camisa. 
- Não aguento mais correr atrás dela de um lado pro outro. 
- Laura já deu leite pra ela? 
- Já.
- Agora Maia vai ficar com o vovô né? - Brinquei com ela, que riu pra mim. 
- Mais uma filha casando hein? 
- Mais uma. - Ri. - Uma eu já perdi pra você ne? - Brinquei. - Está tudo bem com vocês? 
- Ótimo. Às vezes Maia estressa um pouco, a gente briga, mas passa em meia hora. 
- É normal. Quando se tem filhos dessa idade, é comum isso. Foi assim comigo também. Ainda mais que Laura tem um gênio difícil. 
- Nossa, nem me fala. - Ele levou as mãos à cabeça e eu ri. 
- Estou orgulho. Mesmo fazendo tudo que eu disse pra não fazer, casar cedo e tudo mais, não deixaram tudo se arruinar como eu. - Sorri. 
- A gente se ama. 
- Eu sei que sim, e sei que vai cuidar da minha filha. 
Eles tinham se casado da mesma forma, mesmo eu sendo bem contra tudo aquilo. Laura fez uma festa enorme em São Paulo, quase num castelo, com direito a tudo que queria. Fazia 3 anos, e a pequena Maia tinha somente 2 aninhos. Eu era avó cedo, mas era bom, por que curtia muito ela, é sempre estava próximo, para mimar muito. Laura tinha se tornado um mãe incrível, é uma esposa ainda mais, o que me surpreendeu muito e me faz se sentir muito orgulhoso dos dois. E o que me deixa mais tranquila ainda era que Bea também seria tudo isso.  Agora Rique, já bem crescidinho, era pior que eu. Não para com ninguém e vive me deixando de cabelos em pé, morrendo de medo de aparecer com um filho.
Natália interrompeu meus pensamentos aparecendo toda linda no corredor com um sorriso enorme. 
- Ela está pronta! - Sorriu me dando um selinho. 
Bea veio logo atrás e me dando um abraço, disse que iria pra lá, entrar. Levou Enzo e Maia.
- Estou muito nervoso. 
- Ela está tão linda!
- Nossa, eu imagino. - Sorri. - Elas puxaram a mãe. 
- O Rique puxou você. 
- Eu sei. - Ri. - Amor, a gente foi bem né? 
- Fomos. - Ela sorriu e acariciou meu rosto. - E agora já estão aí, casadas. Até uma netinha temos. 
- Ficando velho mesmo...
Ela riu gostoso e iniciamos um beijo. Está pronto? 
- Não. - Ri. - Nem estou acreditando. Estou muito feliz, de verdade. Por não ter desistido de mim nunca! Da nossa família. Eu não seria nada sem você.
- Não só você. Eu não seria nada também. 
- Você é minha, pra sempre. Estou mega feliz que esteja ao meu lado, e quero passar todos os anos que ainda me restam com você. 
- Com muitos netinhos?!
- Muitos! 
- Então vamos casar Bea? - Ela sorriu. 
- Vamos! - Peguei em sua mão e segui com ela pra sala onde estava se arrumando. Bea estava sozinha, linda. Num vestido delicado, para a praia. Se casariam em um hotel no Havaí, no mesmo que fiquei com Natália na nossa viagem pra lá. Bea, delicada como sempre, havia escolhido a dedo. 
- Você está linda filha! - Disse sorrindo e ela veio na minha direção me abraçando com um sorriso enorme. 
- Estou tão feliz pai! 
- Quero que você seja muito feliz, me promete? 
- Sempre! - Ela sorriu. - Como você e a mamãe. 
- Não! Ainda mais! - Sorri pra Natália. 
- Isso mesmo filha. 
Quando me vi, estava caminhando com ela até o altar montado naquela praia maravilhosa. Arthur olhava ela encantado, como eu olhei Natália quando nos casamos, numa praia também. Um filme passou pela minha cabeça. Tinha ali, ao meu lado, meus filhos amados e minha esposa linda. Eu não precisava de mais nada. E eu era imensamente feliz.

Fim!

Amores, quero indicar uma fanfic de uma amiga minha que estou totalmente apaixonada! Cliquem AQUI e venham se apaixonar por Liz e Luan numa historia totalmente diferente! ♥

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Capítulo 186

Luan ficou estagnado, e eu fui pega de surpresa. 
- Você, tá doida? - Ele perguntou sem acreditar. 
- Pai, eu quero muito. 
- Mas você... - Ele me olhou assustado. - Faz alguma coisa. - Disse e se sentou com as mãos na cabeça.
Me aproximei devagar, sem saber muito como lidar com aquilo. 
- Laura, Enzo... Vocês são muito novos. Entendo que estão juntos a muito tempo, mas não preferem terminar a faculdade antes? 
- Não, mãe... A gente conversou e podemos lidar com isso. 
- Nem trabalham ainda e querem casar... - Luan disse revoltado. 
- Luan, calma! - Disse passando a mão por seu rosto.
- Calma nada! - Disse bravo. - Eu não vou sustentar vocês e nem o Dudu. Só vão se casar se trabalharem, enquanto isso Laura não sai de casa. - Disse se levantando. 
- Pai, não é assim. 
- É assim sim Laura! Só vai se casar o dia que puder se virar sozinha. É nova ainda, e vou apoiar esse capricho? Nunca. Se forme primeiro que eu ajudo no que vocês quiserem, mas enquanto isso não acontecer, Dudu também está proibido de apoiar essa loucura. Ele sabe disso?
- Ainda não. - Enzo disse. - Mas logo me formo Seu Luan, e posso resolver isso e... 
- Então se forme primeiro e depois conversamos. Vou ligar pro seu pai. - Disse se levantando com pressa. 
- Mãe, você me ajuda. 
- Bom, eu vou ver o que posso fazer, mas eu concordo com seu pai Laura. Vocês podem esperar um pouco mais. 
- Quando se casaram você tinha 18 anos, e eu já tenho 20. - Ela acusou com voz de choro. 
- Sua mãe se casou com 18 comigo, por que engravidou. - Luan disse sério descendo as escadas. - Você não sabe de nada sobre isso, sabe? 
- Não. - Ela disse assustada.
- Pois então. Ela estava grávida, de um menino. - Luan disse bem sério parado na frente dos dois. - Ela perdeu o bebê logo depois do casamento, e nós dois tivemos um casamento bem infeliz inicialmente. Se casar novo trouxe muitos problemas pro nosso casamento.
- Eu não sabia.
- Eu sei. Consegue entender agora? 
- Mas vocês são vocês. 
- Está grávida? 
Eu só observava a conversa, quieta. Luan não faria aquilo tudo por ciúmes. Ele realmente estava preocupado e eu sabia que podia resolver aquilo tudo da maneira certa, confiava nele. 
- Claro que não pai. 
- Sabe como conheci sua mãe?!
- Não. 
- Então se sente. Vamos conversar sobre nosso primeiro casamento. 
- Luan, não... 
- Não Natália, já que vão se casar, eles têm que saber que é uma coisa séria. Não é algum tipo de brincadeira. Você melhor que ninguém sabe disso.
- Pai, não precisa. - Laura disse assustada.
- Você cresceu Laura, vamos conversar de adulto pra adulto, pode lidar com isso? Se pode casar, presumo que possa, não é. 
Ela afirmou com a cabeça e eu comecei a rezar pra que Luan soubesse o que estava fazendo. 
- A gente se conheceu num show, como eu conheci todas as outras mulheres que ficava na época. Sua mãe era inocente, delicada, e eu seduzi ela. Dormimos juntos, e ela engravidou. Eu não tive muito o que fazer, então me vi obrigado a casar quando seus avós que você não conhece a expulsaram de casa e ela foi parar na minha, ainda menor de idade. Meu pai foi claro comigo: eu tinha que assumir ela, que era minha responsabilidade e só tinha a mim agora. No começo foi difícil, mas eu pirei com a ideia do casamento e culpei sua mãe. - Luan me olhou suspirando enquanto eu olhava minhas mãos. - Não tivemos um casamento feliz e ela perdeu o bebê, num dia que eu não estava ao seu lado, por que afinal, eu nunca estava. Era novo, queria minha vida e minha liberdade, não ficar em casa com toda a responsabilidade. Mas eu me apaixonei, e sua mãe me deixou, por que eu não aguentei a pressão. 
Ele parou olhando pros dois assustados. 
- Sei que se amam agora, mas nada é tão simples. Devem estar preparados. Por isso eu acho que vocês devem esperar um pouco mais. Seu pai presenciou tudo isso Enzo, ele pode falar pra vocês também. 
- Mas vocês se amam, estão bem agora.
- Por que eu fiz um ano de tratamento e mudei minha cabeça por amor, pelo amor que sinto por ela. Mas quero que vejam que não é tão simples assim. É uma vida dupla, suas vidas não vão pertencer somente a vocês. Mas isso é uma escolha unicamente de vocês.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Capítulo 185

Dedicado a Nana (que se não fosse ela me pressionar pra vocês eu não teria lembrado nunca de postar) e a Isabella (que ficou me enchendo o saco) e a vocês por não desistirem de mim. 

Narrado por Luan.

Tinha saído em direção a entrada da boate pra atender Bea. Era a segunda vez que ela ligava e fiquei preocupado. 
- O que houve filha? - Perguntei meio aflito.
- Oh pai, eu estou sentindo tanto a falta de vocês. - Ela chorava desesperada. 
Respirei fundo encostando na parede. 
- Eu sei que é difícil minha querida, nos primeiros dias a gente sabia que seria assim. Mas você não pode desistir agora, e você tem o Arthur ai. 
- Arthur não serve pra nada. - Ela disse com raiva. 
- Brigaram? - Perguntei estranhando. 
- Só estou com saudade. - Ela suspirou.
- Quer que eu te traga de volta? 
- Como? - Ela perguntou assustada. 
- Te mando uma passagem agora, coloco a casa a venda. Você não precisa disso. 
- Mas é meu sonho. - Ela disse seria. - Eu vou ficar. 
- Então vai ter que se acostumar filha. Seja lá o que houve com o namorado, conversem, não seja orgulhosa. Responsabilidade acima de tudo agora. 
Conversei alguns minutos com ela, dei alguns conselhos e depois desliguei, declarando meu amor, quando ela ja estava mais calma e voltei pra dentro da festa.

Narrado por Natália. 

No dia seguinte Luan estava com Rique no lago de pesca de um pesqueiro bem conhecido de SP. Eles não saiam de lá por nada e eu já estava cansada. Num converseiro que só, se eu chamasse, nem me ouviriam sentada no banco abandonada. 
Eles tinham uma cumplicidade linda, e apesar de amar olhar eles, eu já estava sem paciência. 
- Vamos embora? - Pedi me aproximando.
- Mais um pouco amor. - Luan pediu. 
Eu até tentei ter paciência, mas o "pouco" do Luan não parecia passar nunca. 
Quando estava quase escurecendo, consegui convencer os dois e fomos pra casa. Pedi uma pizza e coloquei os dois porquinhos pra tomar banho e logo em seguida fiz o mesmo. Quando sai, Luan estava sentado na sala, cheio de cobertas por conta do frio repentino que chegou com a noite, juntos com Rique. Os dois conversavam sem parar, e quando eu apareci, entrei no meio dos dois. 
- O que você esta fazendo? - Luan riu. 
- Entrando nas cobertas com vocês. - Me aninhei nos braços dele e comecei a ver que eles procuravam um filme. 
- Parece uma gata se aninhando. - Luan riu mostrando pro Rique.
- Fala pra ele que eu sou uma gatinha filho... 
- Meu Deus do céu, o que eu fiz pra merecer isso? - Ele perguntou e eu e meu amor rimos e começando a zoar ele. 
Eles acabaram por escolher um filme e depois de assistimos, comemos a pizza que já tinha chego. 
- É, agora é só a gente né? - Perguntei sorrindo fraco. - Você também vai abandonar a gente filho? - Fiz bico. 
- Nossa que mãe coruja que você arrumou filho. - Luan me provocou bagunçando meu cabelo. - Deixa seu filho conquistar o mundo! 
- E as meninas não podem né?
- Podem né? Vou fazer o que? - Ele me bico. 
- Papai ciumento! - Rique acusou rindo. 
- Agradeça que é menino, por que se não ou eu enlouquecia, ou sei pai. 
- Deus olhou por mim. - Luan confessou dando de ombros e nós dois caímos na risada. 

Dois anos depois... 

- Meu Deus do céu amor! - Disse quando estávamos caminhando em direção ao nosso bangalô nas ilhas Maldivas. Aquilo era lindo, encantador. 
Luan me deu a viagem de presente de aniversario. Só nós dois. Pedro Henrique ficou com Laura e Enzo na nossa casa, ou pelo menos eu esperava isso. Estava morrendo de medo dela esquecer de cuidar do irmão pra ficar com o namorado, apesar dele me garantir que sabia se cuidar sozinho e qualquer coisa pediria ajuda pra vó Mari na hora. Luan me convenceu que a gente merecia essas férias dos sonhos. 
A água tinha um azul tão limpo, que parecia se confundir com o céu a todo segundo. E uma paz maravilhosa. Aquilo era tão eu e Luan, tão nossa calmaria, que eu quase fiquei sem vontade de fazer mais nada no mundo. Luan desceu pra nadar assim que chegamos, enquanto eu fiquei de me trocar primeiramente. Assim que coloquei meu biquíni, fiquei de longe, do bangalô, observando meu marido, o marido mais lindo do mundo todo. A nossa historia tinha começado torta, mas tudo se completou de uma maneira tão intensa que eu nem sabia mais como agradecer a Deus pelos meus lindo filhos com aquele homem, e nem pelas felicidades que ele me trouxe. Cada momento magico que passamos juntos, e claro as dificuldades, pois ela fizeram do nosso amor mais forte. Devagar fui me juntar a ele, e abracei meu amor pelas costas, lhe dando um pequeno susto. 
- Nem te vi chegar. - Ele disse me abraçando. 
- Estava pensando em como o meu marido é incrível. 
- Ao lado de um grande marido, sempre tem uma grande esposa. 
- Mas não é assim o ditado, seu bobo. - Ri abraçando ele. 
- Mas o meu ditado é exatamente assim. 
Passamos dias incríveis, e é claro, pra selar nosso amor, mergulhamos. Igualmente magico e incrível como todas as outras vezes, mas por que eu estava com ele. 

Na volta pra casa... 

- Papai, mamãe, Rique... Nós vamos casar!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Capítulo 184

Dois anos depois... 

Se eu e meu amor pensávamos que surtaríamos com o namoro do Arthur e da Bea, mas nem tínhamos ideia do que viria com o término da escola de Bea. 
Ela foi atras de tudo, Arthur ajudou ela e quando vimos ela estava aprovada numa Universidade de Miami, onde estudaria Biologia Marinha junto com ele. É claro que ficamos orgulhosos, mas extremamente assustados. Fomos no começo das férias de Luan pra lá, compramos um apartamento e montamos uma vida pra ela, mas voltamos e fomos viajar pra Bariloche, com toda a família. Mas já era hora dela se despedir e ir sozinha agora. 
No começo, o plano dos dois era morar juntos, mas Luan não autorizou e disse que se fosse assim ela não ia. 
Acabou que não teve como evitar e agora estávamos no carro indo com ela pro aeroporto. Eu já estava chorando, meus filhos também, e Luan dirigia em silêncio com os olhos marejados. 
Assim que chegamos ela me abraçou forte. 
- Mãe, para de chorar, a gente vai se ver sempre...
- Se cuida. - Disse. 
O pai se despediu dela também, logo depois dos irmãos, e só ouvi ele dizer. 
- Estou orgulhoso de você, mas se cuida se não você volta pra casa em dois segundos. 
Isa ficaria mais perto deles e me prometeu que ligaria e contaria tudo que soubesse. Luan ja tinha avisado que na primeira coisa que ele não gostasse, trazia ela de volta. Mas ainda sim, estava preocupada. Ela era mais quieta, tranquila, sabia se virar, mas mesmo assim eu tinha medo dela sozinha num pais diferente. O que ajudou muito era saber que Bea meio que foi criada com um pé nos EUA, então não era totalmente desconhecido pra ela.
Lau por outro lado não se manisfestou interessada em sair da cidade. Ainda estava com Enzo, e Luan já gostava mais do menino, e tinha ele como grande amigo dentro de casa. Havia passado na faculdade publica, em SP, cursaria administração assim que as aulas começassem. Queria tocar os negócios do pai quando o avô saísse do escritório ou então abrir algo pra ela. Ter ela por perto me agradava demais.

Alguns dias mais tarde estávamos numa festa. Era tipo uma baladinha, e Luan conseguiu convites pra nós, Enzo e Lau e ainda chamou Davi, o filho da Bruna, que acabou tendo uma relação bem próxima com os primos e ainda era muito amigo de Enzo. Luan saiu depois de tocar o telefone, demorou a voltar e eu já estava preocupada.
- Onde papai foi? - Lau perguntou se aproximando de mim.
- Atender o telefone. Estou preocupada.
- Ele está vindo ai. - Disse apontando atras de mim.
- Estava preocupada já. - Disse passando os braços pelo seu pescoço.
- Era Bea.
- E o que houve?
- Acho que ela acabou brigando com Arthur, estava chorando.
- Brigou com Arthur?
- É, ela não disse, mas eu entendi isso. Estava chateada, disse que sentia nossa falta.
- E você?
- Perguntei se queria que eu mandasse dinheiro pra ela voltar hoje, se queria vir embora.
- E ela?
- Não aceito, então conversei um pouco com ela. Acho que só está se adaptando.
- Deus te ouça... - Disse pensativa.
- Relaxa, ela vai ficar bem. Deve ter brigado com o namorado e ficou se sentindo sozinha.
- Vai passar... - Disse começando uma dança lentamente com meu eterno amor.

Quem quiser liberar pra ver a fanfic 2, só me mandar uma mensagem com o email que você entra no google que eu libero... Beijos.

Capítulo 183

Cinco dias depois... 

Laura tinha acabado de chegar de viagem e sendo assim, ela e Luan estava gritando a uns 10 minutos. Bea já estava em casa também, eu estava com ela na cozinha arrumando a mesa pro café da tarde e fingindo que não estava escutando. 
- Meu Deus, estou com dor de cabeça já. - Ela disse me ajudando.
- É bom que sua tia não ligue com contar algo, por que se não seu pai vai surtar. 
- Claro que não mãe! - Ela disse assustada. 
- Bom mesmo Beatriz! 
Ela ainda não tinha falado nada sobre sua relação com Arthur e eu deixei ela mais a vontade pra falar quando quisesse, mas como estava com medo de quando ela decidisse. Luan pareceu nem lembrar disso quando elas pisaram no Brasil, já que estava com a historia da Laura na cabeça. 

A paz voltou a reinar na casa algum tempo depois, quando Laura bateu a porta do quarto e Luan passou por nós com cara feia e foi pro jardim. Resolvi deixar ele lá sozinho um pouco e continuei a fazer o almoço com Bea, mas ele não demorou a ficar pronto e fui chamar ele. 
Estava sentado na beirada da piscina, olhando o nada. Me sentei ao seu lado. 
- O que está passando nessa cabecinha complicada? 
- Elas cresceram. 
- É, você vai ter que aceitar por bem ou por mal. Por bem, poupa dor de cabeça. 
- Mas eu não vou deixar elas fazerem o que querem, mesmo! - Disse indignado. 
- Quem disse isso? Claro que não! 
- Bom mesmo que você pense isso, se não a gente ia ter um problema. 
- Amor, foi só a Laura por enquanto, ainda temos que enfrentar a historia ainda mais complicada da Bea. - Disse seria. - Ela me preocupa mais. - Respirei fundo. - Não acho que vai valer a pena ficar careca por causa disso. - Abracei ele rindo. 
- Eu não vou ficar careca sua chata. - Ele disse revirando os olhos. 
- Desce jeito vai e logo. - Disse me levantando. - E pode se cuidar querido, por que se ficar careca eu te largo. 
- O que? Serio? - Ele disse vindo atras de mim ao entrar na cozinha. 
- Claro que não Luan. - Ri botando a comida na mesa. 
- Espero mesmo. 
Laura não desceu pra comer, e eu não insisti. Luan já estava nervoso e tentei evitar discussões necessárias. 
- Eu e o Arthur estamos namorando. - Bea disse como quem não queria nada, do nada, enquanto comia e olhava nossas reações. 
Luan parou de mastigar na hora, e eu prestei atenção nele, que bebeu agua pra poder engolir e depois continuou estático. Ele não esperava isso, talvez nem tivesse pensado no assunto, resolveu ignorar. Eu já sabia que iria acontecer, então me preparei.  O silêncio continuo por um tempo, até Luan voltar a comer e depois perguntar. 
- E o que decidiram? 
- A gente se ama, e eu sempre vou pra lá, não é? 
- Sua mãe disse que já conversou com você sobre isso. Existe uma serie de fatores Beatriz! - Luan disse calmo, ainda comendo enquanto eu só observava. 
- Nós dois sabemos pai. Estamos dispostos a passar por isso. 
- Então... Tudo bem. - Ele deu um sorriso forçado. 
- Qualquer coisa sabe que pode contar com a gente filha. - Disse sorrindo e dei um beijo em sua mão. 
Olhei Luan com calma. Ele comia, mas seu olhar pra mim era claro: ele só estava tentando não surtar.

Gente, me desculpa por tudo. Eu vou postar mais um hoje.

domingo, 12 de julho de 2015

Capítulo 182

Narrado por Natália.

Cinco dias depois...

- Eu vou matar a Laura! - Luan disse entrando no quarto de hotel e eu, que me maquiava, me assustei. 
- O que foi? - Ele passava a mão pelos cabelos, nervoso.
- Dudu acabou de me ligar. Pegou os dois no mesmo quarto hoje de manhã! - Disse inconformado. - Eu disse que ela ia se ficasse em quartos separados, que tinha que me obedecer. 
- Luan, eu também acho errado. A gente confiou nela, você deu as regras. Ela vai ficar de castigo e... - Disse me levantando e tentando acalmar ele.
- É claro que vai ficar de castigo.
- Só acho que você tem que se acalmar agora. 
- Eu to passando mal! - Ele disse botando a mão no coração e me assustando. 
- Para com isso. Não volta com essa mania... Você sabe que já teve problema com essas coisas menino, ficava brincando e deu ruim já. 
- Eu estou nervoso! 
- Amor, você não pode mais segurar Laura, e nem a Bea mais. Elas estão crescendo, você tem que se acostumar. 
- Eu dei as regras! E se não fosse o Dudu ser tão parceiro e responsável, a gente nem ia saber... - Passava a mão pelo cabelo e eu sentei ao seu lado tentando acalmar ele, acariciando seu rosto. - Ele já deu uma bronca lá, disse que acha que eles foram pro mesmo quarto de madrugada. 
- Pronto, Dudu vai ficar de olho neles. Pensa por um lado, ele te contou né... 
- Ele disse que tinha que falar né... Disse que se ela aparece gravida eu matava ele, que nem tinha culpa. 
- Está certinho. E ela é responsável, se acalma, a gente nem sabe o que aconteceu lá, tudo bem? 
- A gente sabe bem o que aconteceu lá né Natália! - Disse nervoso. - Você engravidou com essa idade ou esqueceu disso já? Já tivemos a idade deles. 
- E engravidar com essa vida me trouxe você. Foi a melhor coisa que me aconteceu. 
- Não compara. 
- Não estou comparando. Estou dizendo que aconteceu com a gente e estávamos vivos, bem, casados e felizes. Assumimos a nossa consequência e fim. 
- Você está apoiando? 
- Não, claro que não. Só estou dizendo que a gente pode dar um jeito pra tudo, que Deus sabe o que faz meu amor, e não adianta você ficar ai esquentando a cabeça. Já teve problemas do coração, lembra? E se te acontece algo? Quem vai cuidar da gente hein? 
- Eu não vou passar mal... - Ele disse me abraçando de lado. - Mas que a Laura vai se ver comigo ela vai... 
- Fica a vontade meu amor, você é pai dela, eu confio em você. Só tenta abrir um pouco a cabeça. - Disse depositando um beijo doce no rosto dele. Deitei a seu lado e ficamos abraçados, por minutos a fio, só sentindo um ao outro ao lado. Ainda estava brava com ele, mas eu não ia ignorar ele pelo resto da minha vida né? 

Durante a viagem apresentamos o mergulho pro Rique pela primeira vez. Ele sempre soube o quanto eu e o pai gostávamos, e sempre se interessou também. Como já estava grandinho, Luan decidiu que poderia ir conosco. A Grande Barreira de Coral, patrimônio mundial da Unesco,  pode ser vista do espaço e é a maior estrutura do mundo feita unicamente por organismos vivos. Nós três ficamos encantados com a grande diversidade de vida marinha num único só lugar. Aquilo era lindo, e me lembrava cada mergulho que já fiz ao lado dele em tanto tempo juntos. E eu amava estar ali como se fosse a primeira vez. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Capítulo 181

Narrado por Luan.

- Você está andando a quatro horas! - Disse impaciente atras dela com mil e uma sacolas na mão. A gente só parou pra almoçar.
- Está reclamando eu já falei, pode fazer as malas e voltar. - Bufei sem deixar ela ver.
Se ainda fosse só o tempo, tudo bem. Mas ela tinha gastado em quatro horas metade do que eu trouxe pros vinte dias! Eu nunca liguei dela gastar, mais isso me renderia, além de carregar as sacolas e ver nelas vestidos mais curtos que o aprovado por mim, teria um trabalhão de ligar pro Brasil e pedir pro meu gerente converter mais dinheiro no meu cartão, sem contar que a julgar pelas sacolas, o avião iria expulsar todos nós por excesso de bagagem. Mas é claro que a ultima coisa que faria era abrir a boca pra falar isso pra ela. Tudo isso por que eu falei com aquele menina. Ai se arrependimento matasse... Ela era bonita, mas eu nem tinha nenhuma segunda intensão, só fui educado. 
- O que você fez pra ela? - Pedrão perguntou bravo ao meu lado, seguindo a mãe. 
- Eu não fiz nada que te interessa! - Olhei feio pra ele. 
- Fez sim papai, por que ela está brava. 
- Sua mãe viu coisa onde não tem. 
- E eu que tenho que levar né? - Disse rindo. - Estou cansado já. 
- E eu não? - Reclamei. - Convence ela a ir embora, minhas pernas estão doendo já. - Disse olhando de longe ela entrar em mais uma loja. 
- Vai sobrar pra mim né! 
Comecei a rezar pra ela aceitar. Meu filho assumiu a melhor posse de ator e começou a olhar pra mãe, sentado no sofá da loja com a maior cara de cachorro sem dono quando ela saiu do provador. 
- Mãe, estou cansado demais, acho que vou passar mal. 
- O que você tem meu querido? - Ela foi pra perto dele toda preocupada. 
- Acho que tomei muito sol ontem. - Eu revirei os olhos e lembrei de anotar mentalmente que ele era bom ator pra saber que podia mentir bem quando quisesse faltar da escola.
- Mamãe já vai embora. - Ela voltou correndo pro provador toda preocupada. 
Ele me olhou rindo assim que ela fechou a porta e eu olhei mais feio pra ele ainda.
- A Globo está te perdendo. Vou ficar bem de olho em você quando vir falar que está passando mal pra não ir pra escola. 
- Achei que quisesse ir embora. - Ele riu. 
- Fica quieto vai! - Disse já recolhendo as sacolas quando vi ela saindo do provador. 
Falou qualquer coisa pra mulher em inglês e nos chamou de volta pro carro sem comprar o casaco. Dirigi olhando Natália toda preocupada com Pedro e me sentindo culpado. Assim que chegamos ele foi pro quarto dele e eu segui Natália até o nosso. Ela estava toda aflita. 
- Luan! - Disse sentada na cama me olhando. 
- Oi amor. - Respirei fundo pra não ser grosso. 
- Você não acha melhor levar Rique no medico? 
Segurei o riso o máximo. Ela era linda, que mãe que arrumei pros meus filhos meu Deus! Minha vontade era falar tudo, mas dai eu realmente seria despachado pro Brasil. 
- Ele vai ficar bem amor! - Disse sorrindo e beijando o rosto dela, preocupada. 
- Não pense que acabou nossa briga viu? 
- Amor...
- Amor nada Luan. 
Eu sorri e me aproximei, puxando ela pela cintura e depositando beijos em seu pescoço, com a intensão se seduzir ela, mas ela foi saindo devagar e me olhou feio. 
- Melhor você tirar o cavalinho da chuva, estou de greve, por um bom tempo.
- Oi? - Perguntei assustado, ela nunca tinha feito isso. 
- Você acha que vou ficar bobeando por ai né? - Ela disse brava. - Você não é nenhum santo amorzinho, quem te conhece que te compre!
- Já se vingou por hoje né? - Disse inconformado. 
- Nem comecei... - Ela disse entrando no banheiro sorrindo ironicamente.  
Era só o que me faltava, depois 16 anos de casamento mais essa.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Capítulo 180

- Até que enfim que encontrei meu amor! - Disse sorrindo e ele se assustou, se virando com tudo. 
Ela estava com a mão sobre a coxa dele, e tirou meio sem graça quando me viu. Pareciam entretidos demais num papel e Luan ia me pagar. 
- Bom dia amor! - Disse ainda branco. 
- Te procurei pelo hotel todo! 
- Eu estava pedindo algumas informações pro nosso passeio de hoje. - Ele sorriu. 
- Sua mulher? - A morena me olhou bem cínica e minha vontade foi pular no pescoço dela. 
- Natália. - Luan me apresentou sorrindo e me deixando um pouco insatisfeita. 
- Muito prazer querida! - Disse sentando no colo dele, que me abraçou pela cintura. 
- Ela estava me ajudando a ler os panfletos! - Luan já foi se explicando.
- Brasileira? 
- Sim, mas moro aqui desde que nasci. No interior, vim passar as ferias na capital! 
- Olha que legal! - Sorri bem falsamente. 
- Bom, mas enfim, um prazer conhecer você! Qualquer coisa só me chamar Luan, você sabe meu quarto! - Ela saiu sorrindo e eu fiquei de boca aberta olhando os dois se despedirem. 
- Natália! - Luan me olhou estendendo a mão e já nervoso e prevendo o que eu ia falar. 
- Nossa, você sabe qual é o quarto dela. - Disse irônica.
- Eu não sei não! - Ele disse rápido. 
- Não foi isso que ela disse Luan! Foi dar uma voltinha lá ontem depois que dormi foi? - Disse brava e cruzando os braços. 
- Olha, eu vi ela saindo do quarto dela, a hora que estávamos descendo. Ela está do lado do nosso. 
- Lembra ela de se vestir primeiro antes de sair da próxima vez então. - Disse me virando e voltando pro elevador com ele nas minhas costas me chamando. 
- Você está pirando a toa. 
- A toa? - Disse apertando o botão e morrendo de raiva dele. - Ela estava se jogando pra cima de você.
- Não tem nada demais, ela não faltou com respeito nem ontem nem hoje! - Ele se defendeu. 
- Ontem? - Falei mais rápido e já puta com ele. 
- No restaurante. - Ele suspirou. 
- Voltou nervoso, demorou por isso né! - Disse olhando feio. - Você viu como ela se veste? Aquele vestido apertando os seios, tudo pra fora, na sua cara né, que vaca Luan! - Disse brava. 
- Vi! 
- Viu o que? 
- Não, não vi nada, nem reparei! 
- Acho melhor calar a boca viu, está ficando pior. 
- Natália! 
- Que Natália o que! Você acha que ela está atras por que? Você tem mais de 40 anos Luan, não é nenhum menininho não. Ela deve ter uns 20 querido. Está toda toda pra cima de você por que sabe bem quem você é! 
- Ela não sabe Natália, nem faz ideia.
- Luan, conta outra vai! 
- Natália, amor, eu sai ontem do restaurante, ela estava passando na rua, trombei com ela, a gente conversou um pouco e só. Hoje eu nem sabia que ela estava aqui e trombei com ela saindo do quarto. Ela me ajudou a ver um passeio pra nós, mergulho na Grande Barreira de Corais aqui perto. - Ele foi tagarelando até o quarto.
- Eu não vou pra lugar nenhum com você. 
- Natália! - Ele disse fechando a porta. 
- Chama a vaca daqui do lado!
- Quer parar com isso? - Ele pediu já ficando irritado. 
- Não! Eu vou fazer compras! 
- Compras? 
- Sim. 
- E o mergulho? - Disse bravo.
- Quem sabe amanhã já passou minha raiva. - Disse sentando calmamente e procurando uma roupa. 
- Tudo bem, vai e faz as suas compras. Estou sem saco pra isso hoje, depois desse mal entendido. Eu fico aqui com o Pedrão e a gente faz algo juntos. 
Ele estava mesmo pensando que eu ia deixar ele dando sopa no hotel com a vaca pastando? 
- Claro que não, quem vai carregar minhas sacolas? 
- Você nunca compra muita coisa. - Ele deu de ombros. 
- Pois hoje estou me sentindo muito consumista. - Disse já pronta na frente do espelho arrumando os cabelos. - Você vai ou então volta pro Brasil divorciado, nesse hotel você não fica. - Disse sem olhar pra ele e continuei a colocar um salto e brincos. Olhei com um sorriso pra ele, deitado na cama, com a cara de surpreso pela minha fala. - Já está pronto ou vai arrumar as malas? - Disse olhando serio. 
- Estou quase pronto. - Disse engolindo as palavras e se levantando de cara feia e batendo a porta do banheiro. 
Nunca fui de compras mesmo, mas hoje eu ia descontar nele a raiva que eu estava. Era bom Luan se preparar.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Capítulo 179

Visitar a Austrália só com os dois foi incrível. Reconheço que amava ver meus meninos juntos, e ali, só nós três, Luan era um pai de se admirar. Com a atenção só pro Rique, eu muitas vezes via um lado dele diferente do que com as meninas. Menos cuidadoso, mais pra frente, apresentando o mundo pro filho que estava bem animado com a atenção do pai. Rique era um menino muito bom, grande filho, apesar de ainda novinho era bem próximo de nós dois. 
- Estou preocupada com a Laura. - Ele disse abraçado comigo, quando estávamos sentados na areia da praia de olho no Rique no mar. 
- Por que não com a Bea? - Questionei.
- Bea tem juízo Natália. - Ele disse respirando fundo e passando a mão no cabelo. 
- Mas eu to morrendo de medo dessa historia. 
- Não foi você que disse que ela tinha que cometer os próprios erros? 
- Já entendi. - Ri. - Gostou por que ele nem mora no Brasil e não vão se ver. 
- Depois que essas ferias acabar, quero só ver a gente voltar pra Orlando. - Ele riu.
- Luan, sua filha! 
- A casa pode pegar fogo, enchente, abelhas pela casa toda. Ou qualquer outra coisa que empeça a gente de voltar. 
- Não acredito! - Abri a boca incrédula.
- Amor, eu já tive a idade dele ta bem? E não era mais virgem. Digo o mesmo pra Laura e Enzo. Quer dizer, ainda mais pra esses dois. - Ele disse na lata, sem nem a cara de pau.

Mais tarde fomos dar uma volta na cidade, conhecer a Baia de Sidney pela noite. Lugar lindo e iluminado, parecia de outro mundo. Jantamos num restaurante ali perto, temático, decorado de aquários. Rique ficou encantado com peixes muito exóticos, e Luan nem precisa falar. Eles riam de mim, falando que eu tinha medo. 
- Não tenho medo não, amo o mar. - Disse fazendo manha. 
- Verdade filho, sabia que sua mãe ficou me enchendo uma viagem toda pra fazer essa tatuagem que ela tem depois que voltamos de viagem uma vez.
- Mamãe deu trabalho. - Rique riu.
- Você nem imagina. - Luan riu. 
- Eu sou e sempre fui um anjo. Seu pai que sempre foi o problema! - Disse fazendo cara feia. 
Os dois entraram num complô contra mim. Rique paparicava demais o pai. 
- Isso que dar deixar as meninas viajarem com aqueles moleques idiotas. - Luan disse rindo. 
- Para de fala assim! - Disse.
O telefone dele começou a tocar e ele saiu do restaurante, que era bem barulhento e foi la pra fora. Demorou um bom tempo até entrar, meio nervoso. Eu não entendi nada. 
- Quem era? 
- Do escritório. 
- O que houve? 
- Nada demais amor, algumas coisa com divulgação. 
- E por que você está nervoso? 
- Não estou nervoso. 
- E eu não te conheço né! - Fechei a cara pra ele. 
Rique sabia hora de ficar quieto e Luan mais ainda. Não demoramos muito ali, e logo voltamos pro hotel. Rique estava cansado e dormiu logo, já Luan ficou me mimando, mas não falou o que tinha acontecido, o que me fez dar um gelo nele. 

Acordei no outro dia e não encontrei ele na cama. Depois de tomar um banho e me trocar, passei no quarto do Rique, mas ele ainda dormia e resolvi não acordar. Luan certamente estava no hotel. Dei uma volta na piscina principal e não encontrei, então fui até a recepção e me ferveu o sangue quando vi. Luan estava sentado no sofá com uma morena que mais parecia brasileira na cola dele, toda exibida, com um vestido minúsculo. Tudo bem, eu também estava, é um lugar quente, mas o dela estava demais. Ele estava olhando alguns panfletos e respondia ela ao mesmo tempo. Botei meu melhor sorriso no rosto e me aproximei.

Mais tarde tem mais!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Capítulo 178

Decidi conversar com Bea no dia seguinte. Entrei no quarto e ela estava estudando. Pedi um minuto de atenção e ela me olhou sorrindo. 
- Oi mamãe...
- Falei com seu pai.
- E então?
- Você pode ir. - Ela deu um pulo e veio me abraçar correndo. - Mas a gente vai conversar antes.
- Tudo bem mãe... - Ela me olhou ficando mais seria. 
- Qual é a sua intenção?
- Como assim mãe?
- Você e o Arthur, o que está acontecendo com você?
- Mãe... - Ela respirou fundo. - A gente se gosta, mesmo. 
- Tudo bem, e o que pretendem? - Perguntei, tentando parecer amiga e compreensiva.
- A gente quer ver, e se der certo, talvez namorar... - Ela disse um pouco tensa.
- Mesmo longe?
- Sim.
- Bom, quero que encarre essa viagem como um teste, veja se é isso mesmo, por que você moram longe um do outro, Se for pra ser, é bom que você tenha total consciência de tudo que isso significa, tudo que vai enfrentar e abrir mão. Você sabe com é, seu pai trabalha fora, você tem uma ideia. Se entendam nessas ferias e só entre nisso sabendo bem o que está fazendo, assim como o Arthur. E faço gosto filha, gosto dele e da tia Isa, mas vocês tem que se entender, antes de tudo. 
- Tudo bem mãe, eu juro que vamos encarrar isso com responsabilidade.
- Outra coisa... É bom que vocês dois tenham muita responsabilidade mesmo, por que Luan está confiando muito em você, mesmo nervoso por estar indo sozinha. Confiamos em você Bea.
- Fica tranquila mãe... - Ela sorriu me abraçando. 

Alguns dias depois...

- Pai, vou ficar bem! - Bea sorriu. - Eu juro. 
- Bea, não quer mesmo ir com a gente? - Ele pediu abraçando ela de novo.
- Pai, eu vou ficar bem. - Sorriu, passando confiança pra ele, que enfim cedeu e abraçou ela. 
Me despedi com um abraço forte dela e logo em seguida as crianças. Dei as ultimas recomendações de mãe e enfim ela foi entrando no portão de embarque acenando, feliz. Luan ainda me olhava meio aflito, nervoso. Era a primeira vê que ela viajava sem nós dois ou então, que saia realmente sozinha. Todas as festas, passeios, eu ou Luan levávamos e buscávamos, Bea, Lau e Rique eram criados dentro de casa, como eu fui e como Luan foi. 
Voltamos pra casa em silencio, com Lau e Rique rindo e brincando no banco de trás. Luan sempre que parava no semáforo buscava minha mão, e eu fiz de tudo pra passar calma pra ele. Assim que chegamos as crianças foram se trocar pra jantar e eu e Luan fomos fazer o mesmo. 
- Se acalma, ela vai ficar bem. - Disse abraçando ele pelo pescoço e acariciando seu rosto.
- Eu sei, confio nela, gosto do Arthur, mas ela é toda sensível. Estou entrando em panico com elas... Se der certo, e ela se mudar? 
- Amor, ela é menor, não pode se mudar simplesmente! Relaxa...
- Tudo bem, preciso manter a calma, amanhã quem vai é a Laura, e essa vai enlouquecer minhas ferias... - Ele disse pegando uma roupa e entrando pra tomar banho.
É claro que eu me preocupava, mas Luan estava preocupado, e com ciumes, o que o tirava do controle um pouquinho! Laura convenceu o pai a deixar ela passar as férias com Enzo, Dudu e Bel na Europa e essa ele sabia que teria que controlar bem, e também sabia que de longe seria bem difícil. 
Acabamos indo só nós três pra Austrália, mas foi bom pro nosso relacionamento com Rique e pra percebermos que as meninas estavam crescendo cada vez mais rápido e não eram mais nossas menininhas. De agora em diante elas seriam cada vez mais independentes. 

Amores, eu sei que estou em dívida com vocês. Não é por falta de tempo ou qualquer coisa do tipo. Eu tive alguns problemas, e isso afeta demais a minha criatividade, Está acabando, só aguentem mais um pouco por mim... Não quero escrever o fim dessa fanfic de qualquer jeito, por que ela é linda... Só peço mais um pouco de paciência.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Capítulo 177

Não foi fácil pra Laura com o pai. Eu deixei os dois se entenderem e fingi que não estava nem vendo a confusão e deixei Luan decidir o que era melhor. Ele como pai sempre sabia agir melhor nesses momentos, já que eu sempre ficava com dó. Mas como ela tinha sido muito irresponsável, eu resolvi que ela realmente precisava de um limite ali naquele momento. 
Ao mesmo tempo, comecei a me preocupar com Bea, que não saia mais do celular ou computador, sempre conversando com Arthur. Eu como mãe já imaginava o que estava por vir e sabia que não seria nada fácil. 
- Mamãe, eu posso passar as férias na casa da tia Isa? - Ela perguntou do nada enquanto me ajudava no almoço de domingo, num dia especial que Luan estava em casa.
Falou como se fosse a casa da Bruna no Rio de Janeiro, e não em Orlando.
- Seu pai está planejando a viagem para a Austrália faz tempo. 
- Mas eu queria ir pra Orlando. Thur falou com a tia, ela disse que vai amar me receber lá.
- Vou ver com seu pai, Beatriz. 
- Por favor mãe, pensa com carinho. 
Eu já imaginava o motivo do pedido, e também sabia que isso não era um bom sinal. 
Passamos o dia em família. Luan jogou bola com Rique e conversou muito com o pai, enquanto Mari, eu e as meninas fofocamos o dia todo. Mas assim que todos já estavam na cama pela noite e eu entrei no quarto depois do banho, decidi falar com Luan. Me deitei nos seus braços e ele desligou a TV, me dando um selinho delicado.
- O que foi que está com essa carinha preocupada?
- É a Bea. 
- Beazinha? - Ele estranhou. - Mas por que? Não notei nada de diferente. 
- Ela me pediu pra passar as férias em Orlando. 
- Mas a gente já discutiu isso. Vamos no fim do ano, mas agora vamos pra Austrália.
- Eu sei, mas ela quer ir sozinha. 
- Sozinha?
- Luan... Eu acho que ela está apaixonada pelo Arthur.
- Você acha? - Ele disse depois de longos segundos de silencio. 
- Tenho certeza. O que você acha?
- Não sei se devemos deixar ela ir. Ele mora em outro país Natália... Eu não sei!
- Tem medo de impulsionarmos isso não é?
- Sim. A Bea é diferente da Lau, ela é mais delicada, sensível. Um relacionamento entre eles, ela pode sair machucada. 
- Talvez ela devesse ir pra ver se é isso que ela quer mesmo. - Ele continuou serio. - Amor, elas estão crescendo, não são mais menininhas, e justamente por isso, devemos deixar cometerem os próprios erros. Se der certo, deu. Se não der, ela aprende algo com isso. 
- Não estava preparado pra mais essa. - Ele disse suspirando.
- Nem eu, mas a gente sabia que ia chegar. E pensa por um lado, são rapazes bons, de boa família e conhecidos por nós, cresceram com elas. 
- Traíram nossa confiança, isso sim! - Disse emburrado. 
- Para com isso seu bobo. - Ri beijando seu rosto. - E então? - Ele ficou me olhando alguns segundos. 
- Está bem vai, mas você vai falar com ela antes, entendeu? 
- Tudo bem, converso com ela. - Sorri e beijei sua boca. - Esse meu marido é mesmo muito bonzinho.
- Não abusa não. - Ele riu me segurando pela cintura e iniciando um beijo intenso cheio de segundas intenções que acabaram por definir nossa noite. 

Comentários identificados impulsionam a fanfic.
PS: Somente o domínio da Globo será excluído, e isso não inclui este blog, que pertence ao Google. Eu sei que é confuso, demorei umas horas pra entender, mas é isso, acreditem em mim e fim. kkkkk

terça-feira, 16 de junho de 2015

Capítulo 176

Narrado por Natália.

O caminho todo fomos em silencio, com os dois atras bem distante um do outro, morrendo de medo. Luan estava uma fera com os dois e não era pra menos. Eu também estava muito chateada com Laura, uma vez que pedi mil vezes pra ela contar pro pai antes dele descobrir e ainda pela irresponsabilidade de entrar no carro de um motorista bêbado. Luan chegou a questionar se eu sabia, mas eu nunca assumiria isso, já que a culpa não era minha mais cairia sobre mim. Quem tinha que contar era ela e mais ninguém. 
Assim que o carro parou na frente da casa dos pais dele, num condomínio vizinho, Dudu já abriu a porta assustado. Luan tinha ligado avisando que estava indo levar Enzo e já soltou os cachorros no telefone mesmo, deixando o amigo sem entender nada. 
- Você está sabendo disso cara? - Ele perguntou saindo do carro comigo no encosto e os dois devagar demais atras. 
- Do que boi? - Dudu disse me cumprimentando com um beijo e olhando Luan sentar no sofá louco da vida. 
- Desses dois se pegando na porta da minha casa! - Luan apontou pros dois na porta, totalmente sem graça. 
- O que? - Dudu olhou segurando o riso. 
- Não é engraçado. - Ele olhava pra Luan e pros dois. Depois olhou pra mim rindo e eu não segurei o sorriso, mas fechei assim que Luan olhou pra mim.
- Eu não sabia não! - Ele disse. 
- A gente está namorando pai. - Enzo falou pegando a mão de Laura, mas Luan já levantou bravo. 
- Dá pra soltar a mão dela na minha frente? - Esbravejou. - Já pegou demais nela hoje! - Ele passou a mão pelo cabelo nervoso.
- Bom, a gente não esperava eu acho... - Dudu disse sem muita ação. 
- Ah, mas o segundo pior você não sabe! Esses dois apareceram na minha casa com um amigo, bêbado, dirigindo. - Ele disse abismado. 
- Sua mãe não mandou pegar um táxi Enzo? Onde você estava na cabeça? - Dudu falou firme com ele dessa vez. 
- Desculpa pai! 
- Eu estou muito puto, serio. - Luan balançava o pé. - Primeiro que faz um século que eles estão namorando e a gente foi feito de idiota né! Depois ainda tem essa do taxi. É o fim... A gente cria pra isso... Natália fala tanto, eu falo, não só pras meninas cara, mas pro Enzo também, esses dois cresceram juntos... E tenho certeza que você e a Bel falam sobre o carro pra ele... 
- Sua mãe vai ficar louca com você. E eu estou muito decepcionado. - Dudu disse, quase tão bravo quanto o Luan. - O que mais aprontaram? Beberam? - Ele disse olhando feio. 
- Nem brinca! - Luan falou bravo. 
- A gente não bebeu pai. - Enzo falou. - E me desculpa, eu não devia ter entrado no carro e nem colocado a Lau nele. 
- Mas a Laura também não está certa não, a culpa não é só sua. 
- Desculpa. - Ela disse de cabeça baixa. 
- Desculpa nada, está de castigo. 
- Enzo também. - Dudu disse e nenhum dos dois protestaram. - Se ainda não tivessem dinheiro né, mas não é o caso. 
- Ligasse pra mim que eu ia buscar. - Luan disse. - Não vai sair tão cedo mocinha! 
- Pai! - Ela protestou olhando pra Enzo. 
- Ele também não Lau. - Dudu disse. - Quando Luan terminar seu castigo eu termino o dele. 
- Se quiserem namorar é dentro da minha casa! - Luan disse ainda sendo durão. - E aqui claro, por que eu confio no Dudu e na Bel. 
- Não precisavam esconder. - Dudu falou. 
- É, por que se eu pegar coisas erradas eu te castro, está entendendo né? - Luan falou. - E você vai pra um convento! - Disse pra Laura. - Eu sou muito novo pra morrer do coração.
- E pra ser avô. - Dudu completou.
- Quem disse de avô aqui? - Luan perguntou já estressado. 
- Vamos pra casa vai. - Disse pro Luan. 
- Não acabei a conversa. 
- Acabou. Enzo está seguro em casa, Laura logo vai estar. E eles entenderam bem o recado né?
Eles assentiram e eu fui me despedindo de Dudu empurrando Luan pra fora.

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Capítulo 175

Narrado por Luan.

Assim que olhei pela varanda aviste um carro que não era de Bel parado do outro lado da calçada do condomínio e Enzo encostado no carro, com Ana Laura perto demais dele. Suas mãos na cintura dela, quase na bunda e se beijando! Mal podia acreditar no que estava vendo. Aquilo era demais pra mim. Desci igual um foquete preparado pra botar ela pra dentro de casa com Natália na minha cola. 
- Amor, não faz besteira!
- Onde já se viu! Esse menino cresceu dentro da minha casa! - Rosnei abrindo a porta. 
Assim que os dois ouviram, se soltaram e me olharam assustados.
- Posso saber o que é isso?
- Pai! - Laura parou dando um passo na minha direção.
- Pai nada Laura! Podiam pelo menos fazer isso em outro lugar né? Na frente de casa? - Gritei. 
- A gente está namorando pai...
- O que? - Disse sem acreditar.
- Seu Luan... - Enzo me olhou apreensivo.
- Seu Luan nada! - Esbravejei. 
O amigo dele botou a cara pra fora, apressou ele muito bêbado e foi ai que meu sangue ferveu. Ele ia entrar no carro, mas eu mandei o idiota embora e coloquei os dois pra dentro de casa. 
- Não era a Bel que ia buscar vocês?
- Ela estava com dor de cabeça, me deu dinheiro pra um táxi. - Ele disse de cabeça baixa. 
- E você veio com um amigo bêbado. - Natália estava do meu lado, seria, nervosa, de roupão, por que estava só de camisola. 
- Seu Luan, desculpa... Eu ia falar com o senhor...
- Confiei em você garoto! - Disse bravo. - Dai vejo você com mão boba, cheio das gracinhas e ainda trás minha filha pra casa essa hora no carro de um bêbado. Seu pai vai adorar saber disso, nossa, ele vai amar, assim como eu estou encantando com a responsabilidade dos dois. É serio mesmo isso Enzo?
- Eu... Gosto dela.
- Gosta? - Laura peguntou brava e eu ficou olhando pasmo.
- Amo. 
- Namorando então? Desde quando que eu não estou sabendo? - Cruzei os braços.
- Faz só um tempinho. - Enzo falou. 
- Dois meses. - Laura disse eu eu virei passando a mão pelos cabelos. 
- Eu sabia... Eu sabia aquele dia que você recebeu a cartinha... Posso saber por que não sei disso?
- Desculpa pai.
- Ai, quer saber... Me ignorem, por que estou muito puto com os dois. - Disse desistindo. - Me esperem no carro vai!
Subi correndo as escadas e Natália subiu atras, desesperada.
- Você sabia disso? - Perguntei me trocando.
- É claro que não! - Ela disse.
Ela se trocou também e eu respirei fundo antes de descer.
- Eu vou ter um ataque.
- Amor, não precisa ficar nervoso. Pelo menos a gente conhece ele.
- Conheço tão bem que nem esperava que os dois fossem vir pra casa de carona, com o cara bêbado.
- É coisa de adolescente.
- Eu nunca fiz isso. - Ergui a sobrancelha pra ela.
- Mas não foi um santo.
- Não importa. Eles foram irresponsáveis. Ana Laura vai ficar de castigo sim!
- Eu concordo plenamente. Eles podiam ter batido o carro e só Deus sabe o que podia acontecer.
- E o que ainda pode né? - Disse irônico. - Todo mundo sabe o que pode acontecer com esses dois namorando nessa idade.
- Como assim?
- Aparecer com um filho aqui, isso que pode. - Disse bravo. - E se eles fizerem isso, hein?
- Amor, a Laura não é tão irresponsável assim... - Ela disse rindo e me irritou. - Eu vou conversar com ela se te deixa mais tranquilo.
- Conversar não adianta, a gente teve essa idade ta bom.
- Eu engravidei só com um ano a mais que ela.
- E deu tudo errado na nossa vida. Você está falando besteira.
- Não estou dizendo que apoio Luan, só digo que eles sabem o que tem que fazer, se acontecer eles assumem isso, como eu e você assumimos.
- Como assim se acontecer? Você tem que dizer que não vai acontecer Natália! - Rosnei pra ela.
- Eu não sou advinha amor, mas eles tem juízo, calma...
- Ah, mas se o Dudu não pegar esse menino pelas orelhas, quem vai sou eu!
Sai em direção da garagem com uma irritação enorme. Eles não tinham me visto bravos ainda, por que uma palavra naquele carro eu botava os dois pra fora!

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Capítulo 174

Oito anos depois...

- Nossa, mas não para mais em casa hein! - Luan chegou rindo na cozinha ao ver Laura toda arrumada. - Seria demais pedir pra trocar o vestido? - Pediu beliscando as batatas fritas que eu tinha feito e levou um tapinha na mão, desistindo sentou na mesa e ficou olhando a filha desfilar de salto alto. 
- Pai, por favor! - Disse manhosa. 
- Está muito curto Laura! - Ele disse serio e puxou ela, fazendo a girar enquanto eu observava os dois sorrindo. 
Minha vida era perfeita. Tinha um marido que me amava, e eu o amava muito. Três filhos lindos e abençoados e um casamento de dar inveja a quem quer que fosse. As meninas já tinham 16 anos e Rique ainda era meu menininho com apenas 8 aninhos, que assim que Luan ia protestar sobre o vestido da Ana Laura ele chamou. Luan prontamente foi atras dele na sala, completamente apaixonado pelo filho homem. 
- Você tem que falar pra ele! - Disse pra Laura. 
- Mas ele é ciumento mãe! 
- Filha, ele já implicou com o vestido, imagina quando souber que você vai sair com o Enzo. 
- Ele ama o Enzo. 
- Por que não sabe que vocês estão namorando. - Disse olhando ela de canto. - Seu pai gosta dele, filho do Dudu e da Bel, cresceu aqui, perto da gente, dentro de casa. Vocês dois tem juízo, são bons alunos, acho que passou da hora de falar pra ele. Ele não vai proibir meu amor! - Disse com calma. 
- Eu sei mãe, mas eu to com medo. 
- Dá um jeito nisso logo se não eu já te disse que eu vou ter que falar. - Disse ouvindo ele voltar pra cozinha. 
- Oh Laura, cadê sua irmã? - Se sentou na mesa de volta. 
- No quarto papai, falando com o Arthur. - Disse dando de ombros. 
- Ela não vai? 
- Não. - Disse sorrindo. 
- Você devia ser igual ela, fica dentro de casa. Baladeira demais pro meu gosto! - Ele riu brincando com ela e bagunçando o cabelo. - Vamos, vou te levar, está pronta? 
- Enzo vai passar aqui pra me pegar pai. - Ela disse enquanto eu colocava a comida na mesa. 
- Ele tem 16 anos menina, não dirigi. - Luan riu.
- A Bel. - Ela riu. 
- Sei, e vai buscar?
- Vai. 
- Beleza, ele cuida direitinho de você. Confio no moleque. - Ele disse se servindo e logo em seguida sai rindo da cozinha enquanto chamava Rique pra comer e gritei por Bea. 
- Bea não sai mais desse computador. - Luan reclamou quando ela sentou na mesa. 
- Estou conversando papai. 
- Uma filha caseira demais e a outra baladeira. - Ele riu. - Só o Pedrão que vai jogar bola comigo né filho? - Eles bateram as mãos e eu me sentei, prestando atenção em tudo enquanto Laura saiu gritando que eles tinham chegado e estava indo. Coloquei mais salada pro Rique, mais arroz pra Bea e a Luan repreendi por não se comportar direito na mesa, sentando de qualquer forma. 
- Quando que a gente vai pra Orlando? - Bea pediu. 
- Não quer ir pra outro lugar esse ano? - Luan questionou.
- Não, quero ir pra Orlando. - Disse sorrindo. 
- Bom, vamos ver ainda. 

Era quase duas da manhã. Estávamos deitados no quarto, abraçados, conversando baixinho e rindo. A varanda dava pra rua e estava aberta quando escutamos um barulho de carro parar na porta de casa. 
- É a Lauroca. - Ele disse rindo e levantando. - Vou zuar a Bel. 
- Luan! - Chamei, mas ele já tinha saído pela varanda. 
Fui atras, e assim que me aproximei já pude ver sua feição. 
- Meu Deus, eu não acredito!  - Ele disse chocado.

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Capítulo 173

Terminamos nossa viagem na praia de Miami, parada obrigatória pra um casal que casou num barco e ama de paixão o mar. As meninas ficaram eufóricas e Rique era bem mais calminho, e eu agradeci, pra não ter que ficar desesperada na praia já que o resto da família ficaria no hotel quando saímos pela manhã. 
- Filhas, cuidado, por favor, fiquem perto de nós dois! - Luan dizia para as gêmeas enquanto Rique estava de mãos dadas comigo e nem ai pra onde estávamos indo. 
Depois que levei eles pra entrar na água enquanto Luan esperava na areia quase deserta, elas sossegaram e sentaram perto de nós, onde brincava na areia com Rique. Luan e eu ficamos abraçados e ele me disse coisas lindas. 
- Sou muito feliz por ter me tratado, por ter procurado ajuda e ter ido atras de você aquela vez. - Disse depois de alguns minutos de silencio. 
- E eu sou feliz por você não ter desistido de mim. E também por ter mudado por mim. - Ele depois de ouvir minha resposta me virou pra ele e olhou em meus olhos acariciando meu rosto. 
- Nem consigo imaginar que um dia eu levantei a mão pra você. 
- Isso passou. 
- Eu sei, mas por isso mesmo que agora podemos falar abertamente disso. - Ele suspiro. - Você me perdoou, e eu me perdoei. E isso que importa. Eu não consigo pensar que tudo aquilo foi por causa de um trauma sabe? 
- Não foi um trauma qualquer, foi um filho Luan. 
- Eu sei. E por isso me perdoei. E só Deus sabe o quanto sou grato por ter conseguido recuperar nossa vida, reconquistar você e fazer tudo valer a pena. Ter filhos lindo e ser feliz de novo. Eu não faço ideia de como estaria se não tivesse você. Nunca mais ousaria te deixar, depois daquele um ano longe, que foi o fim. Saber que te perdi da forma que perdi. Você é minha joia preciosa Natália, que eu quero cuidar e amar tanto. Nunca mais eu te largo mulher! - Ele riu e demos um beijo apaixonado. 
Mas fomos interrompidos por uma pestinha entrando no meio toda eufórica. 
- Papai, me enterra! - Ele disse todo com os olhinhos brilhando.
- Como menino? - Luan riu assustado. 
- Cobrir ele de areia papai! - Laura explicou e nós dois se olhamos rindo. 
- Claro ué!
Rique deitou bem próximo de Luan e eu e as meninas rodeamos, jogando cada vez mais areia encima dele enquanto riamos. Rique gargalhava e dizia estar quentinho. Quando enfim conseguimos cobrir todo ele, deixando só a cabeça pra fora, começamos a rir e ele estava adorando. 
- Da onde você tirou isso filho? - Luan perguntou. 
- Eu vi na TV papai. 
- Vai virar caranguejinho! - Eu disse sorrindo. 
- Aquele que faz assim! - Bea imitou um caranguejo e nós se matamos de rir. 
- Mamãe tem tatuagem de tartaruga! - Laura disse rindo. 
- Essa tatuagem ai me deu foi é trabalho! - Luan riu. 
- Mamãe ama a praia, papai também! - Disse ignorando a graça do Luan. 
- Casaram na praia! - Laura disse e Rique arregalou os olhos. 
- Como assim na praia mamãe? 
- Num barco meu filho! - Disse sorrindo. 
- Eu quero ver fotos mamãe! - Disse empolgado.
- Sua mãe ama tanto o mar que se larga ela eu vai embora com ele. - Luan zoou e depois riu me abraçando. - Espero que ninguém tenha herdado isso aqui. 
- Rique não, mas as duas peixinhas ai... - Ri. 
- Só por Deus, nem brinca. Me dá até nervoso de lembrar de você se soltando no mar. - Ele disse me olhando torto e eu ri. 
- Papai, não olha bravo pra mamãe! - Rique levantou correndo e grudou nele dizendo. - Ela vai ficar triste! - Disse no ouvido dele me olhando de canto. 
As meninas já ficaram com ciúmes e avançaram no pai também, que ficava todo bobo. Mas logo os três se distraíram e resolveram montar um castelo. 
Luan me abraçou e sorriu pra mim. 
- Obrigado pela família linda! 
- Eu que tenho que agradecer a minha vida pra você! Eu te amo tanto. 
- Não mais do que eu! - Ele sorriu me beijando.

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Capítulo 172

15 dias depois...

- Você devia parar de reclamar e agradecer por estar progredindo! - Dei bronca no Luan enquanto ajudava ele entrar no carro. 
- Mas a gente vai viajar e eu queria ir no parque com as meninas...
- Mas não vai ser dessa vez!
Ele foi o caminho todo do hospital até na casa dos pais reclamando da perna imobilizada onde teve um ligamento rompido e fez a cirurgia. Tinha acabado de tirar o gesso do outro pé e podia andar já, desde que tivesse muletas.
O medico liberou nossa viagem pra casa de Orlando e eu estava feliz por isso. Seria uma boa oportunidade do Luan esfriar a cabeça de toda a confusão do acidente e ficar livre, sossegada um pouco, desligar bem a cabeça de tudo. 
- Pelo menos eu sai daquela cadeira né! - Ele fez bico enquanto eu ajudei ele a descer do carro rindo da sua manha. 
- As meninas podem ir com a Bruna nos parques. E eu fico em casa com você. 
- Bem legal seu programa né... Não tem problema, eu fico sozinho e você vai com elas.
- Nem começa com a graça amor! - Dei bronca. 
Assim que minha sogra abriu a porta ela me ajudou com ele e virei de volta pra pegar as meninas na escola, no seu ultimo dia de aula pra ferias. Íamos almoçar na casa dela hoje, parte por causa do gesso do Luan e parte por que não deu tempo de fazer o almoço e por que Bruna estava ali, preparada pra viagem.
No momento em que destravei o carro elas já saíram correndo, pro meu grande desespero. Passei a tarde fazendo muitos planos pra viagem com Bruna e Mari. 

Dois dias depois estávamos desembarcando em Orlando. Anna e Isa foram receber a gente no aeroporto com as crianças. Eles fizeram a maior festa e eu apresentei elas a Bruna e a família do Luan. A maioria não conhecia elas. As meninas fizeram a maior festa e Rique, que da ultima vez que veio ainda era menor, ficou meio tímido. Luan estava com um pouco de dor então fomos logo pra casa. Ele tinha ficado muito tempo sentado e a perna imobilizada precisava ser esticada. Assim que nos instalamos em casa eu botei ele pra dormir um pouco com um remédio e deixamos as crianças com o Carlos, marido da Bru, e fomos nós no mercado, fazer compras pros dias que ficaríamos e também pro jantar.
- Que susto vocês passaram hein? - Isa comentou. 
- Demais, graças a Deus passou.
- Ele está meio nervoso. 
- É a viagem e estava com dor também. Ele queria aproveitar com as meninas e não vai dar muito né...
- Mas elas vão aproveitar com a gente e ele pode fazer muitas coisas também! - Disse Bru. 
- Mas você conhece seu irmão né! - Rimos.

Passamos dias muito gostosos. Eu e o Luan mais em casa e Rique, Lau e Bea foram pros parques. Depois consegui levar Luan pra dar algumas voltas, conhecemos alguns lugares e fizemos muita festa, jantares e churrascos. Quase no fim da viagem fomos todos conhecer o estádio do time de futebol de Orlando, e Rique ficou todo encantado. Arthur, o amigo que apesar de ter a idade das meninas estava bem empolgado com os dois menininhos novos do grupo, mostrou tudo pra eles, já que o pai dele era do time e ele conhecia muito bem o lugar. Até jogaram bola, com Luan de muleta do lado ensinando o filho e as gêmeas sendo as "lideres de torcedoras". Mas é claro que antes de voltarmos a gente tinha que dar uma passada em outro lugar.

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Capítulo 171

Luan ainda teve que passar mais uma semana no hospital fazendo exames e em observação. Nada foi encontrado, e os exames estavam bons, o que significava que nenhuma sequela estava ali de inicio, mas ele teria que continuar com os exames de tempos em tempos e com um mês e meio de descanso. Quando as crianças souberam que ele voltaria pra casa foi uma festa sem limites, e assim que sai de casa no dia marcado da alta com meus sogros, Fabio e Arleyde pra pegar ele, Bruna, o marido, o filhinho e Roberval arrumavam a casa pra uma pequena festa surpresa. Somente algumas pessoas foram chamadas, como o pessoal do escritório que ajudou bastante a gente e os amigos e família mais próximos. Pessoas que se preocuparam com ele e estiveram presente no momento mais difícil. Encontramos ele já arrumado, tomado banho e louco pra ir pra casa, sentado na cama. Ele iria ficar de cadeira de roda mais alguns dias, até que a perna que foi quebrada pudesse ser colocada no chão, já que a outra que teve o ligamento rompido ainda renderia um mês com o gesso. Mas é claro que ele não estava gostando muito da ideia. 
Antes de sair do hospital gravei um vídeo dele para as fãs, onde ele falava sobre o estado dele e contava que estava indo embora pra casa. Arleyde ajeitou tudo pra que ele não precisasse dar entrevistas, mas ele quis ir até a frente do hospital aparecer para que as pessoas pudessem ver que ele estava bem. Saímos por lá, com um pouco de tumulto, mas no fim deu tudo certo. Dirigi de volta pra casa com ele no banco da frente e meus sogros atrás. Paramos em frente a nossa casa e ele estranhou a quantidade de carros. 
- Deve estar tendo festa no vizinho. 
- Povo festeiro! - Ele riu, enquanto o pai o ajudava a sair do carro e entrar na cadeira de rodas que Bruna trouxe toda feliz e piscando pra mim. 
- Cadê meus pequenos? Quero ver meus filhos! - Ele disse fazendo manha enquanto eu empurrava a cadeira pra dentro de casa. 
- Vish, eles dormiram! - Bruna respondeu. 
- Como assim dormiram? - Ele olhou feio. - Eu chegando e você deixa? 
Assim que ela acendeu a luz e ele entrou, todos começaram a bater palmas e gritar. Foi uma euforia enorme e então ele ficou totalmente surpreso, de boca aberta. Então as meninas correram até ele e tive que entrar no meio por causa das fraturas da perna. 
- Papai estava com saudades demais meninas! 
- Papai, a gente quase morreu longe de você. - Ele riu e enxugou as lágrimas, abraçando as duas até surgir atrás delas uma figurinha bem menor tentando subir e ver o pai. 
- Pedrão meu filho! - Ele disse tentando chegar mais perto e abraçou ele. 
Luan passou a mão por todo ele, como que verificava que estava inteiro. E chorou! Assim que virou e olhou todos, começou a rir. 
- Vocês me pegaram de jeito hein! 
Eu me sentia feliz, realizada. Nada mais podia estragar aquilo. Era minha família, meus filhos, meu amor! 

Comentários identificados impulsionam a fanfic.

Capítulo 170

Capitulo dedicado a Nôno Figueiredo que me acompanha faz tempinho já. Parabéns minha linda! 

- Meu Deus! - Abracei ela forte. 
Mal cabia em mim de felicidade, então sentamos na sala de espera e comecei a chorar, lágrimas de alegria. E claro, agradeci muito a Deus por essa bênção. 
- E como ele está? - Perguntei eufórica. 
- Ele acordou meio confuso, assustado e agitado. Mas chamou meu nome quando me viu e o medico disse que isso é muito bom, significa que ele está bem de memória e reflexo, e principalmente a visão, que é uma das coisas que podem ser afetadas. Mas ele estava bem inquieto, começou a se mexer muito, querer gritar e os enfermeiros me tiraram de lá. 
- E agora? 
- Liguei pro Amarildo, ele ficou de avisar o pessoal da equipe. Vai deixar o Rique com a Thomé, já que Bruna voltou hoje cedo pro Rio. 
 - As meninas estão na casa da amiga, foram brincar. O que doutor disse? 
- O doutor disse que eles iam fazer muitos exames e analisar o caso agora. Dar um calmante pra ele e ver como ele está. 
- E as sequelas? 
- Eles vão ver tudo agora. 
As horas se passaram devagar e nós ali na sala de espera andando de um lado pro outro. Amarildo e Rober se juntaram a nós, assim como a Arleyde, que estava se desdobrando com as noticias e todos os sites de fofoca buscando informações. Quase duas horas depois que ele deu algum sinal o medico veio falar conosco. 
- Precisamos esperar os resultados dos exames pra ver se tem sequelas, mas aparentemente está tudo bem. Demos um calmante e ele está meio confuso ainda, mas vai se ajeitar. 
Fomos liberamos pouco a pouco pra ver ele, então os pais foram primeiro e eu fiquei toda nervosa sentada no banco, ansiosa. Assim que os dois voltaram e andei rápido ao encontro dos meus sogros. 
- Ele está louco pra te ver! - Amarildo disse me abraçando e eu mal esperei pra ouvir o resto. 
Corri até o quarto meu coração pulou de alegria ao olhar ele sorrindo ao me ver abrir a porta. Abriu os braços meio sem jeito e eu me aconcheguei neles. Ali era meu lugar, tão gostoso, tão meu que nada podia provar o contrario. 
- Você quase me matou do coração meu amor. - Disse suspirando e deixando algumas lagrimas caírem. 
- Perdoa, não vou dar mais sustos como esse. - Ele riu fraco. 
- Não mesmo, está proibido! - Disse apontando serio pra ele. - Ou eu vou parir outro filho desse jeito.
Sua risada gostosa preencheu o ambiente e eu ri junto, me juntando dentro de seu abraço mais uma vez. 
- Você salvou nosso menino, meu herói. - Disse emocionada. 
- Eu sei, minha mãe me disse. Eu não lembro muito bem de nada. 
- Melhor assim, melhor esquecer. - Sussurrei. - Seus filhos estão morrendo de saudade, e eu estava quase me matando. Como você está? - Comecei a passar a mão pelos seu rosto e sua cabeça, depois dei um selinho bem dado nele. 
- Estou meio confuso ainda, algumas coisas embaralham na cabeça, principalmente do acidente, mas eu to bem, estou me sentindo ótimo. Só morrendo de vontade de apertar meus pequenos. 
- Aquela casa não é a mesma sem você. Luan, você nunca pode me deixar ouviu? Eu fico sem chão, eu não sei nem como ir a esquina, toda perdida, embaralhada, toda confusa. Não sei meus horários nem meus caminhos. Você é minha direção. Eu te amo tanto meu Deus! Pedi tanto pra Ele me ajudar, pra te proteger, colocar as mãos dele sobre você... - Disse agoniada. - Eu e seus filhos, não somos nada sem você meu Deus! - Peguei seu rosto em minhas mãos. 
- E você acha que eu sou? Tudo que eu faço é por vocês, eu respiro por vocês. Meu Deus Natália, eu nunca vou sair do seu lado! - Ele disse emocionado. 
A gente se abraçou forte e secamos as lágrimas sorrindo. E então o silencio se espalhou. Eu só precisava sentir o calor das suas mãos nas minhas e ele só precisava sentir o meu. 

Comentários identificados impulsionam a fanfic.
PS: Capítulo de noite!