terça-feira, 7 de julho de 2015

Capítulo 179

Visitar a Austrália só com os dois foi incrível. Reconheço que amava ver meus meninos juntos, e ali, só nós três, Luan era um pai de se admirar. Com a atenção só pro Rique, eu muitas vezes via um lado dele diferente do que com as meninas. Menos cuidadoso, mais pra frente, apresentando o mundo pro filho que estava bem animado com a atenção do pai. Rique era um menino muito bom, grande filho, apesar de ainda novinho era bem próximo de nós dois. 
- Estou preocupada com a Laura. - Ele disse abraçado comigo, quando estávamos sentados na areia da praia de olho no Rique no mar. 
- Por que não com a Bea? - Questionei.
- Bea tem juízo Natália. - Ele disse respirando fundo e passando a mão no cabelo. 
- Mas eu to morrendo de medo dessa historia. 
- Não foi você que disse que ela tinha que cometer os próprios erros? 
- Já entendi. - Ri. - Gostou por que ele nem mora no Brasil e não vão se ver. 
- Depois que essas ferias acabar, quero só ver a gente voltar pra Orlando. - Ele riu.
- Luan, sua filha! 
- A casa pode pegar fogo, enchente, abelhas pela casa toda. Ou qualquer outra coisa que empeça a gente de voltar. 
- Não acredito! - Abri a boca incrédula.
- Amor, eu já tive a idade dele ta bem? E não era mais virgem. Digo o mesmo pra Laura e Enzo. Quer dizer, ainda mais pra esses dois. - Ele disse na lata, sem nem a cara de pau.

Mais tarde fomos dar uma volta na cidade, conhecer a Baia de Sidney pela noite. Lugar lindo e iluminado, parecia de outro mundo. Jantamos num restaurante ali perto, temático, decorado de aquários. Rique ficou encantado com peixes muito exóticos, e Luan nem precisa falar. Eles riam de mim, falando que eu tinha medo. 
- Não tenho medo não, amo o mar. - Disse fazendo manha. 
- Verdade filho, sabia que sua mãe ficou me enchendo uma viagem toda pra fazer essa tatuagem que ela tem depois que voltamos de viagem uma vez.
- Mamãe deu trabalho. - Rique riu.
- Você nem imagina. - Luan riu. 
- Eu sou e sempre fui um anjo. Seu pai que sempre foi o problema! - Disse fazendo cara feia. 
Os dois entraram num complô contra mim. Rique paparicava demais o pai. 
- Isso que dar deixar as meninas viajarem com aqueles moleques idiotas. - Luan disse rindo. 
- Para de fala assim! - Disse.
O telefone dele começou a tocar e ele saiu do restaurante, que era bem barulhento e foi la pra fora. Demorou um bom tempo até entrar, meio nervoso. Eu não entendi nada. 
- Quem era? 
- Do escritório. 
- O que houve? 
- Nada demais amor, algumas coisa com divulgação. 
- E por que você está nervoso? 
- Não estou nervoso. 
- E eu não te conheço né! - Fechei a cara pra ele. 
Rique sabia hora de ficar quieto e Luan mais ainda. Não demoramos muito ali, e logo voltamos pro hotel. Rique estava cansado e dormiu logo, já Luan ficou me mimando, mas não falou o que tinha acontecido, o que me fez dar um gelo nele. 

Acordei no outro dia e não encontrei ele na cama. Depois de tomar um banho e me trocar, passei no quarto do Rique, mas ele ainda dormia e resolvi não acordar. Luan certamente estava no hotel. Dei uma volta na piscina principal e não encontrei, então fui até a recepção e me ferveu o sangue quando vi. Luan estava sentado no sofá com uma morena que mais parecia brasileira na cola dele, toda exibida, com um vestido minúsculo. Tudo bem, eu também estava, é um lugar quente, mas o dela estava demais. Ele estava olhando alguns panfletos e respondia ela ao mesmo tempo. Botei meu melhor sorriso no rosto e me aproximei.

Mais tarde tem mais!

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