terça-feira, 31 de março de 2015

Capítulo 125

Chegamos em casa com as meninas no pique, contando muitas coisas sobre a viagem e eu dando atenção enquanto olhava o transito. Natália abriu a porta e eu levei algumas mala enquanto as meninas se jogavam no sofá e falavam sem parar. Natália voltou a me ajudar com as malas e por fim fechei o carro e entrei com elas. 
- Nossa, mas o que tanto vocês trouxeram meu Deus! - Reclamei. - Fizeram a festa né! 
- Tem presente pra você chatinho! - Natália mostrou a língua. - Amanhã a gente mexe, vamos tomar banho e ir na casa dos seus avós! 
- Não, vamos amanhã, quero ficar aqui com vocês! - Reclamei abraçando as meninas e meio que subindo em cima delas, que reclamaram que "papai estava esmagando".
Natália mandou elas tomar banho e foi também tomar. Decidi ajudar as meninas e peguei uma roupinha de dormir pra elas e pedi uma pizza, depois ajudei elas a se trocar e descemos, encontrando Natália já mais a vontade com um pijama curtinho e me encheu os olhos. Descemos e ela resolveu abrir a mala e pegar os presentes dos meus pais para dormir até tarde no dia seguinte. As meninas ficaram loucas me mostrando um monte de brinquedos e coisinhas que tinham comprado. Natália me deu um monte de roupas, sabia bem meu gosto, e amei todas. Mas o principal foi quando elas abriu uma mala cheia de coisas embaladas e tirou dela uma caixinha com um sorriso enorme. 
- O que é isso? 
- Pra você! - Sorriu. 
Era uma coleção do Elvis que eu estava procurando pra comprar a um tempo, e estava louco por ela. 
- Obrigado amor! - Dei um selinho nela abrindo um sorriso. - Muito difícil de achar?
- Um pouco, mas eu sabia que ia gostar!
Demos uma pausa pra comer a pizza e depois ela separou as coisas dos meus pais e depois ajudei ela a arrumar as coisas e quando vimos, as meninas dormiam no sofá. Levei elas pra cama e quando voltei a sala, Natália estava a fechando a ultima mala vazia. 
- Pronto! - Ela sorriu. 
- Está cansadinha? - Acariciei seus braços a abraçando por trás. 
- Muito, me leva pra cama? - Ela mal terminou de falar rindo quando deu um grito de susto. 
Suspendi ela, pegando no colo e rindo. 
- Eu estava brincando! - Ela riu. 
- Mas vou levar minha boneca pra cama ué! - Sorri. 
- Vai me derrubar Luan! - Ela riu e grudou no meu pescoço. 
- Quanta confiança! - Ri. 
Coloquei ela sobre nossa cama e me deitei ao lado, grudando meu corpo no dela e passando um braço sobre sua cintura.
- Estava com tantas saudades. - Olhei em seus olhos e acariciei seu rosto. - Eu já sabia, mas agora eu tenho ainda mais certeza que não vivo sem você. Você é minha vida Natália. Você e nossas Anas. 
Ela abriu um sorriso lindo e me apertou forte em seus braços. 
- Você nem imagina o quanto que eu me senti sozinha sem você. Você é meu porto seguro. 
Começamos a conversar um pouco e enquanto eu contava algumas coisas que aconteceram pela estrada ela parou de responder e eu vi que tinha dormido. Não costumava dormir cedo dessa forma, mas me sentia tão em paz agora e não demorei a acompanhar minha princesa. 

Acordei com um barulhinho e quando abri os olhos encontrei Natália e as meninas rindo baixinho na cama. 
- Acordou papai? 
- Oh minhas lindas... - Dei um beijo em cada uma das três. 
Ficamos um pouco na cama e logo em seguida levantamos e nos arrumamos pra ir até a casa da minha mãe. Cheguei entrando enquanto Natália pegava as coisas no carro e dei de cara com Tais sozinha na sala, foi então que me dei conta que não tinha falado com Natália. 

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Capítulo 124

Capítulo bônus dedicado a Rayanne que está conversando comigo enquanto eu escrevo esse capítulo lá no twitter e é uma linda que amo a nossa fanfic! 

- Aconteceu uma coisa meio tensa aqui...
- O que foi? As meninas estão bem? - Perguntei preocupada.
- Sim, estão, na piscina com o Arthur e a Julia. - Eu já sabia dos amiguinhos novos e tinha adorado elas não estarem mais tão sozinhas.
- E você?
- Bem também. 
- O que foi então?
- Eu fui no mercado com as crianças hoje, junto com a Isa e a Anna... 
- E dai?
- Então uma funcionaria passou gritando pra nós segurarmos eles, por que uma criança tinha sido sequestrada ali. 
- O que? - Perguntei tenso. - Serio mesmo isso?
- É amor, eu estou nervosa até agora. Pegamos as crianças e saímos de lá, nem terminei a compra... Agora estou aqui com as meninas na cozinha e eles brincando lá fora, decidi te ligar... Sei que está cheio dos problemas ai, mas...
- Não, claro que não... Eu ia é ficar bravo se você não falasse! - Passei a mão pelo cabelo. - Mas é normal isso? 
- Então, as meninas falaram que infelizmente sim. Aqui menos, mas tem muito disso em Miami.
- Pelo amor de Deus, cuida das meninas... - Supliquei.
- Eu estou muito assustada... - Vi pela sua voz que ela não estava bem mesmo.
- Não precisa mais ir no mercado né? Come em restaurante. 
- Vou levar elas no MC, eles não gostam da comida daqui...
Queria muito que elas estivessem comigo agora, e então me ocorreu uma ideia. Comecei a pensar rapidamente enquanto Natália respondia algo que não ouvi direito. 
- Quer vir embora?
Eu tinha tudo pra trazer elas de volta. Essa historia tinha me assustado, pensei em Tais também e na saudade enorme. Rodrigo e meu advogado estariam em audiência na quinta-feira e hoje já era terça-feira.
- Claro que não. - Ela respondeu assustada. - A gente veio aqui com um proposito, que era tirar as meninas dai.
- Elas não estão indo na escola, a audiência está ai já... Não tem mais perigo. Vem, e ficamos juntos na nossa casa, é o melhor que podemos fazer.
Ela ficou em silencio por alguns instante e depois suspirou.
- Eu estou com tanta saudade, não fala que eu vou mesmo...
- Estou falando serio... - Ri. - Vem embora que a gente fica juntos aqui, bem mais fortes... Compro sua passagem e das meninas agora!
- Vamos então... - Ela disse e pude jurar que abriu um sorriso. - Estamos voltando pra você meu amor!

Estava uma pilha de nervos esperando elas desembarcarem. Fazia duas semanas que estavam fora e eu estava morrendo de saudade. O vôo estava programado pra pousar ás 19h00, já que pegaram ele na quarta-feira cedinho. Mesmo tentando me manter discreto algumas pessoas pediram fotos e eu atendi, um pouco impaciente. O vôo atrasou 5 minutos e eu comecei a ficar cada vez mais inquieto, mas me acalmei quando vi de longe minha princesa e as duas princesinhas. Natália abriu um sorriso lindo, retribuindo o meu, e apontou pras meninas, que dispararam correndo em minha direção. Me abaixei pra receber elas e a primeira que chegou foi Lauroca. Não me pergunte como, mas eu já sabia como diferenciar as duas. Talvez pelo cabelo com um corte levemente diferente da irmã ou até pelo jeitinho, não importa, é o que dizem, pais sempre sabem quem são seus filhos. 
Ela me abraçou forte e eu retribui colocando ela apoiada sobre uma das minhas coxas, e logo recebi Beazinha, que me abraçou tão forte quanto.
- Que saudade que eu estava de vocês.
Apertei as duas em meu peito foi quando empurrando o carrinho com um pouco de dificuldade pela quantidade de malas, minha linda parou bem na nossa frente. 
- Eu também quero um abraço. - Ela me olhou sorrindo e eu soltei as meninas e apertei a mulher que mais amava nesse mundo em meus braços. 
Fazia muito tempo que não me separava delas por tantos dias e aquilo tinha me mudado, eu senti naquele momento. Senti que minhas filhas eram as coisas mais importantes da minha vida e que Natália era a mulher da mesma. Era com ela que eu queria estar abraçado olhando meus netos brincar, era ao lado dela que queria envelhecer e talvez morrer, bem velhinhos. Morrer velhinho ao lado dela talvez fosse uma boa forma de morrer, talvez não, com certeza era.
Naquele reencontrou eu senti que realmente tinha a família que pedia a Deus.

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Capítulo 123

No dia seguinte resolvi ir pra área de lazer assim que acordei. Queria terminar algumas musicas e a vista da piscina da casa dos meus pais ajudaria e ainda assim ficaria longe de Tais. Peguei meu caderno e depois o violão com meu celular, e fui enquanto discava pro Marquinho pra contar  historia pra ele, me certificando que estava sozinho naquela região da casa.
- Eu sabia. - Ele começou a gargalhar depois que contei tudo e me sentei de frente pra piscina, 
- Engraçado demais né? - Reclamei de mal humor. - Vou expulsar essa menina daqui.
- Por que cara, não gostou é? - Ele brincou.
- Nem de brincadeira. Eu não vou fazer a mesma coisa com a Natália. Aquela historias do bebe me traumatizou muito e quase nem dormi de medo dela descobrir e me matar lentamente a facadas, ou pior, me mandar embora né... 
- Mas é apaixonado demais meu Deus! Conta logo cara, ela confia demais em você.
- Eu não vou falar isso com ela longe cara, vai ficar lá pensando que eu vou casar com a outra aqui. Natália as vezes é ingenua demais, uma menina. 
- Depois de amanhã é a audiência e acaba isso, você trás ela e pronto. 
- Já fui pedir a transferência das meninas e vamos procurar outra escola, e dai é tentar esquecer essa historia.
- As pessoas esquecem, relaxa. E as coisas pra você estão melhorando lentamente... Fiquei sabendo que o cara lá ganhou a causa hoje mais cedo, a musica vai ser liberada.
- Não estava sabendo. - Disse empolgado. - Graças a Deus! Posso continuar e um problema a menos. 
- Um a menos, mas ainda acho que devia contar pra Natália.
- Vou fingir que nem reparei que a menina é bonita.
- Menina... - Ele riu. - Ela quem deve estar te chamando assim...
- Se bobear é mais nova que a Natália. 
- Mas bem ousada né!
- Nem me fale!
Não demoramos muito e eu voltei a atenção pra minha musica. Fazia uma frase e logo em seguida a melodia. Estava concentrado e nem ouvi passos quando levei um susto ao sentir mãos nos meus ombros, que começaram a fazer massagem.
- Você parece que anda tão preocupada. - Tais falou e eu bufei me virando e tirando suas mãos de mim.
Ela não desistia nunca?
- Sabe o que é Tais? Você anda me estressando muito. - Sorri claramente com falsidade. - Já não pedi pra manter distancia de mim?
- Nossa, mas você anda mesmo estressado. - Ela disse com uma cara safada que me irritou mais ainda.
- Não brinca comigo menina!
- Eu sei que você também está afim Luan. - Ela deu um sorriso sínico. - Só está com medo de assumir por causa da sua mulherzinha.
- Não fala assim dela. - Fui áspero. - E eu não sei o que te leva a pensar que quero alguma coisa com você!
- Eu vi seu olhar pra mim quando cheguei... - Ela abriu um sorriso e eu comecei a rir.
- Que olhar sua louca? Eu só fui simpático! Mas não me importa também, por favor, me deixa em paz e volte pro seu trabalho.
Me virei de costas pra ela sem esperar que ela saísse e logo escutei seus passos pra dentro da casa novamente, continuando minha musica, muito mal dessa vez, então estava quase decidindo parar quando meu telefone tocou e a foto da minha princesa apareceu na tela. Atendi com um sorriso enorme.
- Bom dia minha flor.
- Bom dia amor. - Senti sua voz nervosa.
- O que houve? Está nervosa.

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PS: Ontem eu tive uns problemas e esqueci a fanfic... Mas a fanfic tem 3 meses e eu nunca deixei vocês na mão (fora o dia que estava com dengue, mas compensei com bônus depois)! Eu vou postar um bônus hoje, no mesmo horário de sempre...
PS2: Estamos entrando em reta final... E não é por que não quero mais escrever... Muitas coisas nessa fanfic leva pra isso, pra que acabe cedo! Não vou falar o por que agora, se não estraga minha ultima ideia pra ela, mas é assim, e não é tão cedo também, já temos muitos capitulos, mas acontece que postei muitos juntos e tal... Ainda tem coisa pra acontecer, só estou adiantando!
PS3: Caprichem nos meus comentários de reta final vai, por favorzinho... Não pedi meta nenhuma hein? 
Beijos, amo vocês!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Capítulo 122

POV Natália. 

Estávamos nos divertindo muito em Orlando com crianças e as mães. Eles não tinham escola, então fizemos uma maratona nos parques que faltavam no fim de semana. Minhas gêmeas estavam felizes, mas na segunda acordaram chatas, e reclamando de saudades do pai. Anna e Isa foram pra na hora do almoço, tinha chamado elas e as crianças pra comer, e pra minha sorte Lau se animou, mas Bea continuou um pouco chata. 
- Elas estão de mau humor hoje! - Fiz careta pra elas quando Bea saiu do meu colo e resolveu brincar com as crianças.
- As duas juntas? - Anna riu. 
- Nossa, chatas demais hoje. Estão com saudade do pai, ele nunca fica tanto tempo assim longe... - Expliquei. 
- Ele viaja? - Isa questionou. 
- Viaja, mas depois que elas nasceram só no fim de semana, e a gente está sempre indo junto também. Ia até ligar pra ele, mas ele deve ter chegado agora de manhã e está dormindo... 
- O que ele faz? - Anna perguntou enquanto fazia uma salada pra me ajudar. 
- Ele canta, é cantor sertanejo! - Disse naturalmente olhando a minha panela. 
- Mais é famoso?
- É sim! - Sorri pra elas. 
- Quem menina? - Isa perguntou. 
- Luan, Luan Santana. - Sorri, sabendo que elas conheciam. 
Elas já tinham demonstrado gostar da musica sertaneja brasileira. 
- Ah meu Deus, e como você não conta isso? - Anna riu pasma. 
- Ah, é bem natural pra mim, eu esqueço as vezes. 
Elas fizeram muitas perguntas sobre nós dois e sobre ele, e eu respondia tudo com um sorriso enorme apaixonado. As meninas esqueceram um pouco com o passar da tarde em que ficamos em casa mesmo, brincando na piscina, e eu agradeci isso, já que não tinha ideia de quando veria o Luan novamente, infelizmente. 

POV Luan.

Eu não demorei pra dormir e só acordei no meio da tarde. Desci e depois de falar com minha mãe, subi até o quarto dos meus pais pra ver ele e agradeci que ele estava acordado e Tai ficou bem longe de mim. Desci e fui esquentar a comida para almoçar. Minha mãe subiu e logo apareceu Tais. Olhei ela entrando rebolando meio feio e voltei a atenção pra minha comida, mas ela fez questão de puxar assunto. 
- Com saudade das meninas? - Olhou pra mim sorrindo enquanto olhava a geladeira pra ver o cardápio do jantar do meu pai, que estava seguindo uma dieta. 
- Muitas, e da minha esposa também. - Abri um sorriso fraco e fiz questão de falar de Natália pra ver se ela se tocava. 
- Quando que elas voltam? 
- Não sei. - Continuei comendo e não olhei pra ela, mas ouvi seus passos na minha direção. 
Ela se sentou ao meu lado e eu olhei pra ela serio. Tais abriu um sorriso e levou as mãos pro meu cabelo. 
- Você é lindo, sabia? 
Sem muito saber o que fazer, olhei serio pra ela e levei minha mão até a sua, que agora estava no meu rosto e tirei ela de mim. 
- Eu não sei o que você está fazendo, ou melhor, eu sei, e é bom você parar. Não sei qual tipo de patrões você já encontrou, e eu não sou assim, faço dos meus funcionários meus amigos, mas a partir de agora quero que se comporte como enfermeira do meu pai. Não te dei liberdade pra achar que por que minha esposa está viajando, pode chegar com segundas intenções. E se me permitir, gostaria de terminar de comer sozinho. 
Ela me olhou sem acreditar e então se levantou, deixando a cozinha numa pressa gigantesca. Eu suspirei e voltei a comer, pensando no que faria pra poder demitir logo ela. Logo minha mãe voltou elogiando eternamente Tais pelo cardápio dela e começou a ver as coisas pra fazer no jantar. 
- Acho que vou pra casa. - Falei. 
- Por que filho? - Ela questionou. - Vai ficar lá sozinho?
- Vou mãe... E também estou achando que Tais não tem muito o que fazer por aqui...
- Nada disso, você vai ficar aqui. Ah, ela ajuda muito seu pai, principalmente nos exercícios e na comida, vamos manter ela. - Ela disse me dando um beijo no rosto e eu fiquei sem coragem de dizer não. 

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sexta-feira, 27 de março de 2015

Capítulo 121

POV Luan. 

Tudo estava melhor pra mim quando voltei na segunda-feira. Voltei da viagem mais leve, mais tranquilo. Marquinho era engraçado e não deixava ninguém pra baixo, e isso me fazia bem. Meu pai estava melhor e me deixava mais sossegado saber que estava sobre cuidados de uma boa profissional. Meus pais estavam adorando o trabalho da Tai. Também estava as vésperas da audiência com o Rodrigo e eu tinha esperanças disso acabar ainda nessa semana e poder levar as meninas de viagem comigo no fim de semana ou então esperar dois dias e pegar um avião pra passar a semana seguinte, sem shows, com elas em Orlando. 
Quando Rober e Well me deixaram em casa eu entrei sozinho. Eles estavam com pressa de ir pra casa. Chamei minha mãe, mas não tive resposta. Entrei na cozinha pra beber alguma coisa e encontrei Tai sentada, rodeada de livros. 
- Oi, chegou cedo. - Ela sorriu. 
- Resolvi vir mais cedo. - Dei de ombros. - Onde está meus pais?
- Sua mãe foi no mercado e seu pai está dormindo. Está tudo em ordem dele, resolvi estudar um pouco pro meu mestrado, tudo bem?
- Claro. - Abri a geladeira e peguei um suco que estava ali, virando num copo. Encostei na bancada e me virei pra ela, a observando com tantos livros enquanto bebia meu suco. Mas me assustei quando ela se levantou com um sorriso presunçoso no rosto e veio em minha direção, me abraçando sem me deixar ter uma reação. Logo depois se afastou e com um sorriso safado no rosto, ficou me olhando.
- Estava com saudades. - Mordeu os lábios inferiores.
Eu levei um susto tão grande com a atitude dela, que fiquei sem reação. No mesmo momento lembrei das palavras do Marquinhos e um alarme começou a piscar na minha cabeça. Ela voltou pra mesa como se nada tivesse acontecido e então eu só consegui sair dali e subir pro meu quarto. Sentei na cama e passei a mão pelo rosto, meio nervoso.
- Meu Deus, o Marquinhos tava certo. - Levantei e tranquei a porta, com medo dela chegar ali e entrar, por que pelo visto estava cada vez mais ousada. - O que eu vou fazer agora? - Comecei a falar sozinho. 
Ela não podia continuar em casa, mas eu não podia simplesmente demitir ela sem uma explicação. Meus pais estavam gostando do trabalho dela e se eu tomasse essa atitude, eles e Natália iam me questionar e eu teria que contar sobre as investidas dela, o que eu não pretendia fazer por nada nesse mundo. Tinha medo da Natália desconfiar e ficar pensando besteira. Pensando em uma opção, tive uma ideia: Traria a Natália de volta. Com ela aqui, Tais iria se afastar e não teria motivos pra minha mulher desconfiar de nada, já que estava comigo. Logo meu pai estaria bom e eu poderia mandar ela embora normalmente. Eu só precisava de uma desculpa pra interromper a viagem antes da audiência e ninguém achar estranho, então todos os problemas estariam resolvidos. Peguei o celular e olhei pela milésima vez as fotos das meninas com o Bob Esponja e depois o áudio delas rindo e me dizendo que tiraram a foto pra mim. Eu amava a forma como Natália se esforçava pra me manter com elas, mesmo longe. Ela fazia questão de cultivar ainda mais o amor das gêmeas por mim, e isso só me fazia agradecer ainda mais por ter alguém assim ao meu lado. 

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PS: Semana que vem, está pegando fogo! haha

Capítulo 120

POV Luan.

Antes de eu ir viajar, Marquinhos foi visitar meu pai. Na sexta ele apareceu em SP, e eu abri a porta, cumprimentando ele. Tai estava acabando de fazer o curativo depois do banho que ele tomou depois do almoço e nós dois esperamos no corredor. Ficamos conversando com ele por muito tempo, mas decidi ir arrumar minhas malas e fomos pro quarto conversando coisas aleatórias. Fazia um tempo que não viajamos juntos, agora ele também era casado e tinha um filhinha menor que as Anas. Ele contava uma historia que havia acontecido quando escutei batidas na porta do quarto. Gritei do closet e continuei pegando algumas blusas, e então Tai apareceu na porta. 
- Licença, seu Luan... 
- Oi Tai... - Perguntei olhando o que ela queria. 
- Eu queria saber se podia sair uma hora mais cedo hoje. É casamento de uma amiga. 
- Não, tudo bem, se meu pai estiver em ordem, claro. 
- Está tudo certo. Já dei banho, remédios e até recomendei o jantar pra Dona Marizete. Ele está sem dores e já fiz os exercícios recomendados e deixei a lista de tarefas do fim de semana, que sua mãe disse que sua irmã chega amanhã cedo e vai se responsabilizar com a ajuda dela.
- Então tudo bem. - Voltei a atenção pra minha roupa. - Quando for assim, pode pedir pra minha mãe. 
- É que foi o senhor que tratou comigo e... - Ela se justificou jogando os cabelos pro lado e abrindo um sorriso. 
- Eu sei, mas a minha mãe que dá as ordens aqui, então, não importa, o que eu falar ou ela, está falado. - Sorri. - Boa festa. 
- Obrigada! Bom viagem! - Ela saiu toda sorridente e eu ignorei, fechando enfim minha mala. 
- Tem muita roupa aqui que eu acho que vou levar lá pra casa... - Comentei. 
- Qual a dessa menina? - Marquinhos respondeu. 
- Sei lá, ela é louca. 
- Louca não, bem esperta alias. - Olhei pra ele sem entender. - Ela está dando em cima de você. 
Comecei a rir.
- Não viado, ela é assim mesmo. Fica jogando o cabelo, acho que é mania. 
- Sorrisinho é mania? - Ele riu. 
- Ela só é simpática. 
- Só com você! - Ele acusou. - Ela saiu daqui rebolando! 
- Você está é implicando com a menina e tentando me arrumar problema. 
- Natália não sabe? - Ele riu. 
- Ainda não... E só vai saber quando chegar aqui. Por enquanto... 
- Por enquanto... - Ele pediu continuação. 
- Vou passar bem longe dessa louca ai... 
- Acho que não se depender dela! - Ele gargalhava. - Luan, está muito na cara! Ela está dando em cima de você na maior cara de pau. 
- Para de implicar com a menina! - Ri dele e fomos pro quarto. 
- Toma cuidado cara, não bobeia de novo que a Natália vai embora...
- Eu não vou fazer nada, calma... Estou fora de confusão agora que estou arrumando meu problema com o Rodrigo. 
Resolvemos jogar vídeo-game e ficamos nisso até dar a hora de se arrumar. Eu desci quando estava pronto e Tais não estava mais em casa. Conversamos com meus pais e logo depois fomos viajar. 

POV Natália. 

As meninas estavam se dando super bem com os novos amiguinhos e eu com as mães deles. Nunca tive muitas amigas, mas elas era legais e me faziam companhia. Naquela sexta-feira fomos até o parque da Universal. As meninas adoraram encontrar o Scooby Doo e surtaram com o Bob Esponja, que encontramos dançando com todos os personagens dos desenhos. Luan sempre colocavam elas pra assistir os desenhos com ele, e elas amavam!
- Mãe, tira uma foto pro papai! - Bea pediu enquanto olhava a apresentação encantada. 
Logo depois eles pararam e elas tiraram fotos. Mandei pro Luan na hora, toda feliz e morrendo de saudades. 
- Elas são lindas lembrando do pai. - Anna comentou. 
- Elas são muito ligadas nele. - Sorri. - Ele sempre foi um paizão, e é por isso que estávamos aqui.
Elas não sabiam bem que era meu marido, e eu até ria com algumas perguntas aparentemente normais, mas que não se encaixavam pro Luan. Mas eu estava feliz por não estar ali sozinha e as meninas terem com quem brincar. Já fazia uma semana e meia, e tudo que eu queria era que tudo se resolvesse logo e eu pudesse voltar e ver Luan bem e nossa vida tranquila. 

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quinta-feira, 26 de março de 2015

Capítulo 119

Na hora do almoço acordei com uma ligação do meu advogado que estava cuidando do caso do Rodrigo. Ele disse que tinha novidades e estava marcada uma audiência para a outra semana. Aquilo me animou muito, eu não precisava de quase nada pra ganhar o processo e trazer minhas princesas de volta enfim. Desci animado sentindo o cheiro da comida da minha mãe. Tinha dormido ali, por insistência, já que ficaria sozinho em casa. Encontrei meus pais, sentado lado a lado e a Tai no outro lado, onde havia o único lugar desocupada na mesa pequena da cozinha. 
- Bom dia! - Sorri. 
- Bom dia meu filho. - Recebi beijos da minha mãe, mas não me aproximei da moça, só sorri. 
Eles ainda iam começar a comer, então me sentei, me servindo. Meu pai foi levantar e pegar o sal do outro lado da mesa, Tai não deixou e mandou ele não se dobrar tanto e nem colocar muito sal. Colocou um pouco pra ele e depois se sentou. Conversamos sobre assuntos aleatorios e quando ela não estava mais perto pois tinha ido ao banheiro, conversei com meus pais e contei sobre a audiência. 
- Isso significa que elas vão voltar logo! - Meu pai falou animado, mas logo os dois subiram com a ajuda de Tai e eu fiquei comendo um doce e mexendo no meu celular, vendo algumas fotos que as meninas tinham mandado num parque aquático que foram no dia anterior. Escutei passos na escada e logo depois a voz de Tai. 
- Sozinho? - Sorriu. 
- Ah, to vendo umas fotos da minha esposa e das Anas. - Sorri. 
Ela abriu a geladeira e eu voltei o que estava fazendo, mas logo elas parou ao meu lado e começou a pegar salada de frutas. 
- Seu pai quer um doce, mas o medico pediu pra ele pegar leve e então eu dei a ideia da salada. 
- Excelente. - Acenei.
- Suas meninas são lindas, puxaram o pai. - Ela me olhou sorrindo e mexendo no cabelo. 
Achei aquilo meio estranho, mas abri um sorriso. 
- Elas são lindas mesmo, e ela e minha princesa são minhas vidas. 
- Saudades? 
- Demais, falo muito com minha mulher, mas as meninas não gostam muito de falar no telefone, então falo pouco com elas. 
- Faz muito tempo que está casado? 
- Faz, faz sim, seis anos já, do segundo casamento né, mas a gente já estava junto antes. 
- Ah, faz muito tempo. - Ela sorriu. - Você merece tudo de melhor! 
E então saiu rebolando. Eu franzi a testa meio confuso com a garota. 
- Que menina louca. - Ri e voltei a atenção pra minha foto. 

POV Natália.

Estava no parquinho do condomínio com as meninas quando chegaram mais duas crianças, uma menina e um menino. As duas mães vinham atras, mas eu tratei de levantar do banco e ir até as minhas gêmeas. Agachei e conversei com os dois em inglês, disse que elas sabiam falar, mas ainda não perfeitamente. Se chamavam Julia e Arthur e parentavam ter a mesma idade delas. Quando as duas mulheres chegaram sorrindo, dei a mão para elas e me apresentei. Elas se chamavam Anna e Isa, e na hora percebi que eram brasileiras, então expliquei. 
- Somos brasileiras também. - Sorri.
- Alá, filha! - Anna sorriu. - Eles falam português também. 
Ela conversou com os dois, que começaram a falar em português com as meninas e foram brincar. 
- Faz muito tempo que moram aqui? - Perguntei. 
- Sete anos, eu me casei aqui, e Anna veio comigo e se casou com o irmão do meu marido. - Isa riu. 
- Que sorte! - Ri. - Viraram família. 
- Sim, e aqui é importante, por que eles não são muito ligados nisso. As crianças crescem juntos. - Anna explicou.
- É mesmo muito importante. As meninas ainda não tem primos, eu não tenho irmãos, só meu marido que tem uma irmã mais nova. 
- E você? Mora aqui a muito tempo? 
- Eu não, não moro aqui. Cheguei faz uma semana mais ou menos. Vim passar um tempo com as meninas. 
- Alugaram a casa? Por que eu achei que estava pra vender. A minha casa é do lado da sua. - Isa sorriu. - Eu vi vocês. 
- Ah não, meu marido comprou ela pela internet e viemos ver. 
- Então vão voltar sempre! - Anna sorriu.
- Não sei se sempre, mas voltamos. - Ri. - Estar aqui sozinha com elas é ruim, mas meu marido tem muito trabalho, não pode viajar sempre. 
- Que pena... Mas acho que já viraram amigos! - Anna sorriu e apontou pras crianças. 
Eles brincavam juntos e nós começamos a conversar, as três. Elas falaram que as crianças não iam na escola nessa semana e poderíamos curtir os parques juntos. Tinha encontrado companhia e isso era muito bom. 

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Capítulo 118

Os dias passaram rápido, sem novidades no processo, mas na quarta meu pai saiu do hospital. Eu e minha mãe fomos buscar ele alegres, era bom ter um novo alivio depois de tudo. As meninas ligaram pra falar com ele enquanto ainda nem tínhamos deixado o hospital. Ele ficou todo contente com o carinho das netas e ainda mais encantado pela nora, ele amava Natália. Voltamos conversando e rindo, mas ele ainda tinha um pouco de dor, o que era normal. Assim que chegamos, liguei pra enfermeira. Ela afirmou que depois do almoço estava chegando. Minha mãe fez comida e nós três setamos para comer. Acabei falando com meu pai sobre os problemas com os dois processos. Ele me deu bons conselhos, me mandou não recuar. E eu não faria isso mesmo. Ajudei minha mãe com a cozinha e logo depois meu pai mesmo liberou a moça, que tinha acabado. Logo ela bateu na porta e e atendi. Me assustei quando a olhei. Era era realmente muito bonita. 
- Oi, prazer, Tais. - Estendeu a mão sorrindo e eu fiz o mesmo, mas cumprimentei com um beijo. 
- Seja bem vinda Tais.
- Pode me chamar de Tai. - Ela sorriu e jogou os cabelos pro lado.
- Tudo bem. - Sorri. - Venha conhecer meus pais!
Levei ela até eles, que a receberam bem.
-  Eu disse pro Luan que não tinha necessidade disso, estou bem! - Meu pai falou orgulho, sorrindo pra moça.
- Mas precisa de alguns cuidados pai...
Sentamos na sala pra passar algumas coisas. Eu tinha que mostrar a lista de cuidados do médico e ela contou pra nós sobre a faculdade que tinha acabado de concluir. Minha mãe se levantou pra pegar um suco pra ela e eu acompanhei ela, pra beber água. Enquanto pegava meu copo ela me olhou intrigada. 
- O que foi Dona Marizete?
- Natália sabe disso? 
- Da enfermeira? Claro que sim! - Ri. 
- Da moça parecer sair de uma revista de moda, eu quis dizer.
Fiquei serio e suspirei. 
- Eu nem sabia mãe. 
- Foi você que escolheu...
- Mas eu nem vi a foto, vi a experiencia. As coisas que ela podia oferecer. - Me defendi.
- A Natália lá longe, vai ficar um onça quando chegar. Eu se fosse você contava.
- Eu sei, to ligado nisso já. - Passei a mão pelo cabelo. - Vou passar bem longe dela. Como que eu vou contar? Chegar nela e falar: Nossa amor, tem uma mulher linda trabalhando aqui em casa? 
- Melhor do que fingir que nem viu né. - Ela riu. 
- Vou ficar longe mãe, não tem como eu falar isso pra ela, ela vai ficar pensando besteira. 
- Espero, por que sabe que seu passado não te ajuda.
- Eu sei, eu sei... - Disse nervoso e ela saiu. 
- Era só isso que me faltava, vou ficar bem longe desse menina. - Disse pra mim mesmo e depois voltei pra sala e sentei com eles. Ela explicava algumas coisas, dizia que iria fazer uma lista pra mim de todas as coisas que ela iria fazer, tudo bem profissional.
- E suas filhas? - Perguntou com um sorriso pra mim.
- Ah, elas estão viajando com a minha mulher, - Sorri. - Não sei quando voltam, mas acho que você vai conhecer sim as três.
Ela parecia bem profissional, muito simpatia e educadíssima. Minha mãe aproveitou e foi mostrar a casa pra ela, e eu agradeci mentalmente de não ter levado meu pai pra minha casa. Mas eu nem sabia que esse era só o começo de muitos outros problemas na minha vida que já era muito tumultuada pro meu humilde gosto.

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Capítulo 117

Acordei na segunda com meu celular tocando e atendi assustada. 
- Alô? - Falei sonolenta.
- Natália? - Luan perguntou. - Você está bem?
- Estou amor, bom dia. Que horas são? - Ele suspirou aliviado. 
- São 10h00 aqui, acabei de chegar, ai é mais cedo né...
- Sim... Você está bem? - Reconheci na voz dele que não.
- Não... - Ele suspirou. - Eu tentei falar com você ontem. 
- Estava sem bateria, coloquei de madrugada quando levantei pra ir no banheiro e nem esperei ligar. Aconteceu algumas coisa?
- Eu fiquei preocupado. 
- Desculpa neném... - Disse com culpa. - O que houve?
- Nada demais, eu surtei um pouco. Você não atendeu e eu comecei a pensar besteira. Não conseguir dormir ainda, estou tão cansado mentalmente e fisicamente também, meu Deus do céu, que bom que você atendeu.
- Amor, calma... O que foi? Seu pai está bem? Por que está tão nervoso assim? 
- Foi o Rodrigo que me deixou assim, ele apareceu no nada ontem lá no atendimento do camarim, e a gente brigou.
- Luan do céu... - Me sentei na cama. - Você se machucou?
- Não, eu estou bem. Ele não fez nada, o Well não deixou, mas eu fiquei nervoso e acabei surtando. 
- Está tudo bem agora, respira... - Disse com calma. - O que ele queria? 
- Queria me bater, por causa do processo.
- Que processo?
Ele ficou em silencio e escutei ele xingar baixinho. 
- Eu não tinha te falado ainda, estava esperando o momento certo. Droga!
- Ok, então pode falar. - Comecei a ficar nervosa e ele contou rapidamente que tinha aberto um processo contra o Rodrigo.
- Tudo bem, acho que é o certo a fazer. - Disse tentando manter a calma. 
- Mas ele não sossega nunca, vou ter que mandar dar outro susto nele, só pode...
- Susto? - Perguntei sem entender e me veio uma ideia na cabeça. - Luan, não me diz que você mandou bater nele...
- Droga! - Ele xingou. - Eu preciso dormir, estou falando besteira!
- Mas não vai desligar agora mocinho... - Disse seria. 
- Mandei amor, coisa leve... Vai defender?
- Claro que não. Mas você devia ter falado né... - Disse meio brava. 
- Desculpa amor... A gente pode conversar depois?
- Pode, dorme, fica calmo.
- A noite antes de ir pro hospital eu te ligo. 
- Tudo bem. 
Me despedi dele com carinho e desliguei preocupada. Tinha medo de Luan estar mexendo com a pessoa errada, e de longe, não tinha como saber das coisas, e isso me deixava ainda mais preocupada e nervosa. Luan filtraria as coisas que devia contar e isso não me agradava nem um pouco.

POV Luan. 

Eu tinha acabado de estragar tudo com a Natália. Falei coisas que não devia e ela ia ficar chateada. Mas meu cansaço não me deixou pensar muito. Assim que soube que elas estavam bem eu consegui dormi e só levantei no meio da tarde, já que graças a Deus não tinha nenhum compromisso. Comi qualquer coisa e resolvi me distrair jogando um pouco de vídeo-game. Fiquei quase uma hora jogando quando liguei pra minha mãe. Ela me disse que meu pai estava bem, que minha irmã tinha ido embora já e que Max pegou um avião pra Londrina, e disse que meu pai achava que não tinha necessidade de ficar com ele de noite, já que ele podia chamar as enfermeiras pra olhar ele se precisasse de algo e já se sentia bem, mas eu afirmei que só deixaria quieto se achasse que ele estava bem mesmo. 
Pedi uma pizza e depois arrumei tudo pra ir pro hospital. Levei no carro uma mochila, e entrei com ela, mas achei mesmo que não tinha necessidade. 
- Pode ir, fico melhor se você estiver dormindo bem...
- Se quiser eu posso ficar pai.
- Não, você vai, está decidido. 
Ele perguntou das meninas e da minha esposa. Conversamos quase duas horas, até acabar o horário de visita e eu resolver levar minha mãe pra minha casa. Ela esquentou uma pizza e depois foi tomar banho  e dormir, dizendo estar cansada. Resolvi omitir dos dois os problemas com Rodrigo. Ninguém além de mim, precisava esquentar a cabeça com isso nesse momento.

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PS: Quero pedir desculpas... Esqueci a fanfic ontem... kkkk Hoje tem bônus no horário de sempre!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Capítulo 116

Estava no camarim, no meio do atendimento, quando eu me distrai entre uma pessoa e outra. Quando vi, a porta de abriu e eu me virei, preparado pra atender uma fã, mas não foi isso que eu encontrei. Rodrigo entrou furioso e partiu pra cima de mim, mas não chegou onde eu estava por que Well segurou ele e todo mundo percebeu que a intensão dele era outra. Foi assim que começou um alvoroço e ele começou a gritar ofensas. 
- Você é louco cara? O que está fazendo aqui? - Ele perguntei pasmo. 
- Você acha que pode tudo só por que é famoso! 
- Do que você está falando seu idiota? Quem acha que pode chegar e fazer o que quer é você! Aqui é meu trabalho... - Rosnei nervoso.
- Acha que pode me processar por falar a verdade? Eu só disse a verdade sobre a sua esposa vadi...
- Cala sua boca! - Grite avançando nele, mas Rober me segurou. - Quem está errado é você! Não importa se é verdade ou mentira, não importa, você não pode sair falando da minha mulher... Existem pessoas no meio, crianças Rodrigo! É uma vida inteira, são vidas de pessoas publicas e... 
- Luan, não grita, tem muitas pessoas lá fora. - Rober avisou.
- Que se dane... - Me virei de volta pra ele. - Você não pode achar que só por que vai ganhar dinheiro pode bagunçar a vida de quem quer que seja, ou então expor alguém que tem uma imagem...
- Eu não estou nem ai pra imagem da trouxa da Natália!
- Então eu não estou nem ai pra você também! Vai ter que aguentar o processo...
Ele começou a protestar, gritar e se revoltar, então pedi pra Well sumir com ele dali. 
Eles mandaram a fila esperar e eu sentei no sofá nervoso. 
- Idiota, esse cara ainda vai se arrepender muito do que está fazendo. - Disse pegando o copo de água que Roberval me trouxe.
- Ele não entende que isso só piora pra ele?
- Mas agora eu faço questão. Deixo elas em Orlando até o fim dessas ferias, mas esse cara vai me pagar... Agora eu vou querer indenização... Vou tirar dele todo o dinheiro que ele ganhou vendendo essas bostas...
- Se acalma, ainda tem gente pra atender. 
- Não tem nem como... - Passei a mão pelo rosto. - Eu odeio ele...
Fiquei alguns minutos tentando voltar ao normal, mas meu maior desejo era ligar e falar com Natália e minhas filhas. Era a unica coisa que eu sabia que daria forças pra subir num palco. Até tentei ligar, mas elas não atenderam e começou a passar mil e uma coisas pela minha cabeça. Tive que me controlar pra voltar a atender e depois entrar no palco, mas tive uma noite horrível, sem conseguir falar com minhas meninas, e voltei pra casa na segunda de manhã sem pregar o olho e extremamente atordoado. 

POV Natália. 

Tivemos um domingo calmo. Saímos logo depois do almoço pra conhecer um enorme jardim que pertencia a 4 famílias e foi doado a prefeitura de Orlando. As meninas queriam ir num parque, mas achei melhor não por ser fim de semana e ser muito lotado. O Leu Gardens era enorme e fizemos um piquenique. As meninas se divertiram muito e eu aproveitei pra brincar com elas. Acabei esquecendo meu celular em casa e nem conseguir falar com Luan. Ele fazia muita falta, mas eu estava começando a entender. Quando saímos era quase noite e acabamos no shopping. Compramos algumas coisas e comemos, depois voltamos pra casa tarde, com as meninas dormindo. Acordei elas, dei banho, e exausta, tomei o meu e deitei sem ao menos lembrar do meu celular. 

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terça-feira, 24 de março de 2015

Capítulo 115

POV Luan. 

Minha viagem já começou bem mal. Deixar meu pai doente me cortava o coração, ainda mais de saber que minha mãe estava preocupada com ele. Mas Max me garantiu que ia ficar com eles por mim. E como se não bastasse tudo isso, a imprensa que entrou antes do show, perguntou sobre Rodrigo e eu tive que responder que não podia falar sobre o assunto por estar correndo em segredo de justiça. Ponto pra eles que agora sabia que eu estava processando o sem vergonha. E pra acabar com tudo, eu ainda tinha o outro problema na justiça com a musica. 
Se um dia, do qual eu não me lembro, tive alguma duvida que amava Natália, essa duvida tinha sumido. Eu me sentia sem forças de saber que elas estavam longe e que quando voltasse pra casa, ela e minhas princesas não estariam lá. O único motivo pra voltar eram meus pais, mas parte de mim , ou talvez eu inteiro quase, não queria ir pra São Paulo, queria ir pra casa em Orlando. Eu sabia que amava Natália com todas as minhas forças e agora entendia, cada vez melhor, o que era ser pai. Minhas filhas era a razão de tudo, e voltar pra casa na segunda sem elas, não teria a minima graça.
No sábado eu acordei com uma surpresa agradável. Rafael me ligou e disse que tinha conseguido a enfermeira da qual eu gostei. Tínhamos ligado pros antigos patrões e ela tinha muitas boas recomendações e além disso o histórico era bom, principalmente no tipo de doença do meu pai. Contratamos ela e ficamos de ligar quando ele saísse do hospital. Eu também não tinha visto a foto dela ainda, mas Rafael dizia o tempo todo o quanto ela era bonita, então gravei uma nota mental de não dizer a Natália que eu tinha escolhido a moça e comecei a rezar já pra evitar problemas que eu não precisava no momento. 
Sabia também que precisava procurar uma nova escola pras meninas, mas iria fazer isso junto com Natália.
Ela me mandava o tempo todo fotos das meninas, e naquele sábado lotou meu WhatsApp de fotos delas com as princesas. Eu sorria vendo o quanto elas estavam felizes e bem longes daquela confusão. Tinha que assumir que a ideia tinha feito bem pra elas, e pra mim e Natália, por que pelo menos assim nossa relação não era desgastada com brigas por causa dos estresse. Eu estava até mais calmo e sabia lidar melhor com a situação se não tinha que pensar em proteger elas daquilo o tempo todo. 

- Mãe, eu juro que estou bem. - Falava com ela antes de entrar no avião e Dona Marizete tentava me fazer confessar que estava estressado. - Estou até mais calmo.
- Com as meninas longe? Duvido! - Ela disse impaciente. - Consigo sentir a tristeza na sua voz.
- Estou triste sim mãe, mas é melhor assim. Elas estão melhor lá e eu consigo acabar logo com tudo isso.
- Se você pensa assim... Mas eu acho melhor a família permanecer unidas nos momentos difíceis. 
- Não quando contam pra duas meninas de cinco anos que a mãe delas dançava numa boate de prostituição. Pelo menos lá elas estão a salvo disso. 
- Tudo bem vai... Olha, Bruna e o marido vem pra casa hoje. Vai ficar até segunda. 
- Melhor mãe, a senhora não dorme sozinha. 
Me senti ainda mais tranquilo de saber que minha irmã estava em casa, e além de Max, que estava cuidando bem deles, ainda teria Bruna e o marido, que era uma boa pessoa, pra ajudar.

O show de sábado foi numa praia, e eu olhava o mar pensando em Natália. Se ela estivesse ali, com certeza não estaria na janela como eu, mas sim explorando as águas igual um peixinho. Mas eu só conseguia pensar em quando teria a minha força de volta comigo. Por isso precisava resolver logo tudo aquilo e principalmente contar a Natália sobre o processo. 
Mas se eu pensava que Rodrigo me deixaria me paz, não tinha tanta razão. Levei um susto dos grandes com ele no domingo. Logo quando estava sem minhas maiores forças comigo, o que me fez querer repensar muita coisa e me deixou sem muita ação.

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Capítulo 114

POV Natália.  

Acordei as meninas cedo pra levar elas no Magic Kingdom pra ver os personagens da Disney. Aquele lugar era enorme e encantador, então tinha que ir cedo pra aproveitar. Os parques ainda estavam tranquilos, mais em poucos dias começariam a lotar absurdos por contas das férias no Brasil e pela maior parte dos turistas preferirem o verão. Ainda era cedo e preferi não acordar Luan, que como tinha trabalhado na noite anterior, devia estar dormindo. Optei por vestir elas com shorts e uma blusa confortável, e a escolha das duas foram blusas da Disney que tínhamos comprado no dia anterior. Me vesti com uma macaquinho confortável e que podia abaixar sem me preocupar e sapatos confortáveis. Lotei minhas princesas de protetor solar e depois de tomar café da manhã, fomos pro parque. 
- Mamãe, eu posso mostrar minha blusa pra Minnie?
- Se a gente encontrar ela pode Lau... - Eu ri. 
Ela estava vestina com um shortinho de bolinhas vermelho e branco e uma blusa vermelha da Minnie, toda linda. E Bea estava com um shorts saia amarelo e uma blusa azul da Branca de neve.
- Eu quero mostrar a minha pra Branca de Neve. 
- Nós vamos procurar elas princesas... - Sorri. 
- Mamãe, você não ligou pro papai! - Lau disse assustada e eu ri.
- Eu sei filha, ele está dormindo ainda, fez show ontem tadinho...
- Ah, então deixa ele dormir mamãe... - Bea falou pegando no meu cabelo atras do meu banco. 
- Fiquem quietinhas ai... - Avisei.
Quando chegamos no parque e estacionei o carro elas já queriam sair correndo de mim, enquanto eu guardava a chave, mas deu um grito e elas voltaram assustada. Abaixei e peguei na mão das duas.
- Aqui tem muita gente, igual nos show do papai, não pode sair de perto de mim, não pode soltar a mão da mamãe, por que se não eu vou ficar louca atras de vocês! - Disse. - Esperem que a gente vai ver tudo que vocês querem, mas não saiam de perto de mim. 
Elas assentiram e eu peguei na mão das duas e entramos. Morria de medo de perder elas ou então elas se machucarem, por que além de me deixar louca, eu sabia que se algo acontecesse com elas, Luan me mataria. 
Elas ficaram loucas, e eu também. Tiramos muitas fotos e elas foram em todos os brinquedos pra idade delas. Só paramos pra comer, num restaurante com o Urso Pooh, que foi a vez minha de ter um pequeno ataque, já que amava ele de paixão. As meninas amaram ainda mais que da primeira vez, mas só se lembraram de Luan e reclamaram que queriam que o pai estivesse ali. 
Como desejado encontraram a Minnie e a Cinderela, e deram seu recado, comigo ajudando com as palavras. A escola delas era bilíngue, e elas já sabiam bastante coisa, mas ainda sim era difícil. Eu estava amando ver elas tão felizes e pela primeira vez achei uma boa ideia separar a família se fosse pra poupar elas daquela confusão. Luan mais uma vez pensou nelas acima de tudo e ali eu vi que ele tinha total razão. Queria ele naquele momento comigo, mas eu sabia que só de ter as meninas felizes e bem, ele estaria também, como eu. 
- Olha lá mamãe... - Bea apontou uma atração do Piratas do Caribe. - Papai ia amar! - Não consegui deixar de sorri. 
- Ele ia filha.
Foi um dia magico, mais um pouco incompleto. 

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segunda-feira, 23 de março de 2015

Capítulo 113

No manhã seguinte levantamos tarde. Cansadas da viagem, as meninas dormiram mais que o normal, e eu agradeci, por que estava muito cansada também, já que depois que deitei ainda demorei a conseguir dormir pensando no Luan no Brasil. Eu estava com muito medo dessa distancia entre a gente, e sentia que aquilo não era certo, e que devia estar ao lado dele, já que eu que arrumei grande parte dos seus problemas. 
- Mamãe, onde a gente vai? - Bea perguntou enquanto comia a comida que eu tinha feito.
- Onde querem ir?
- Quero ver Michey mamãe... - Lau começou a falar.
- Amanhã se vocês quiserem, podemos ficar o dia todo lá, acordamos cedo e vamos. 
- E hoje? - Ela perguntou.
- Pensei em ir fazer compras! - Sorri pra elas. - O que acham?
- A gente pode comprar brinquedos?
- Claro, o que vocês quiserem.
- Mas tem que pedir pro papai. - Bea colocou a mão na cabeça.
Luan tinha costumado elas assim: tudo que quisessem de presente, ele tinha que autorizar. Acho que pelo simples fato de se sentir o mandão da historia, já que deixava tudo. Ele dizia que elas mesmo tendo tudo, deviam entender que era por que os adultos autorizavam e não por vontade própria.
- Daqui a pouco ligamos pra ele e vocês perguntam. - Eu ri. 
Elas terminaram de comer e depois arrumei elas pra saírem e deixei brincando no parquinho da casa enquanto tomava um banho e me arrumava também. Orlando estava começando a entrar no verão, mas já estava bem quente. Desci pra sala e sentando no sofá liguei pro Luan, que atendeu com uma voz de sono. 
- "Tá com voz de sono, foi mal se te acordei..." - Cantarolei rindo, e ele fez o mesmo.
- Já estou com saudade. 
- Faz um dia que sai do Brasil menino. - Tirei sarro dele. - Mas eu te entendo, por que estou também. Como está seu pai? E as coisas ai?
- Estou dando um jeito aos poucos. Ele está bem, minha mãe está lá acordei agora, cheguei cedo, comi e dormi. Mas estava na minha hora, vou pro escritório, o Rafael vai me ajudar com a busca pela enfermeira. 
- Isso mesmo, escolhe certinho e liga pras pessoas que ela já trabalhou. 
- Eu sei, vou fazer isso.
- As meninas querem falar com você...
- Ué, em Orlando lembraram de mim? - Ele brincou. 
- Na verdade a gente vai as compras hoje e elas querem saber se podem comprar brinquedos. - Eu ri.
- Eu sabia. - Ele gargalhou. - Meu Deus, mal chegaram e eu já estou falido. 
- Nossa, que drama. - Ri. - Vou pegar leve, prometo.
- Bom mesmo... - Ele riu. - Se não amanha eu estou ai pra pegar o cartão de você!
- Nossa, então acho que vou comprar muita coisa hoje. - Ri.
- Não seria má ideia. 
Conversei um pouco com ele e depois chamei as meninas. Elas falaram no viva voz e Bea que começou a perguntar depois de cumprimentar ele e dizer que estava com saudade.
- Papai, pode comprar brinquedo?
- Pode filha. - Ele riu. - Só não coisas muito desnecessárias, por que existe um limite pra trazer pro Brasil filha. Natália, não esquece, não quero você presa. - Ele riu.
- Relaxa meu amor. - Ri.
- Controla essas duas!
- Pode deixar. 
- E vocês obedeçam a mamãe.
- Claro papai. - Laura falou. 
- Se não, não deixo mais comprar brinquedo. 
Ele conversou com elas e depois nos despedimos. Disse que mandavam mensagem quando chegasse em casa e ele desligou atrasado pra encontrar Rafael no escritório.

POV Luan. 

Assim que desliguei o telefone com as princesas eu sai correndo pro banheiro pra ver se acordava. Sai de casa já com a minha mala, já que iria direto viajar. Tinha me despedido cedo dos meus pais, mas ligaria algumas veze ainda durante o dia. Tinha muita coisa pra fazer, a começar pela enfermeira. Rafael já tinha pré-selecionado algumas e então ligaríamos pras pessoas que elas já prestaram serviços. Passei e comprei comida japonesa no caminho e comi no escritório vendo os dados das selecionadas e discutindo com o Rafael.
- Essa é bonita. - Ele falou mostrando a foto da ficha. 
- Quero uma enfermeira boa, e não bonita.
- Essa é boa. - Ele riu e eu revirei os olhos, caindo na gargalhada.
- Natália me mata cara, para de graça. 
- Vish, perdeu o jeito. E se a mulher for a melhor e for bonita? Vai dispensar só por isso? - Ele riu.
- Não né, mas estou tentando lembrar que a foto dela não importa. - Ri. - Gostei dessa. - Estendi uma ficha pra ele.
Rafael levantou a folha e olhou a foto embaixo.
- Nossa, essa é bonita mesmo. - Eu ri. - Vou ligar..
- E eu vou rezar pra não ter problemas com minha esposa. - Ri e voltei a tenção pra minha comida.
Nesse momento Juliana chegou com a informação que eu mais queria ouvir: o processo de Rodrigo estava aberto.

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Capítulo 112

POV Luan.

Foi difícil deixa elas irem embora. Eu sabia que com meu pai doente, precisava do apoia de Natália e do carinho das minhas filhas. Fiquei olhando o avião decolar com lagrimas nos olhos. Só queria que o pesadelo acabasse logo e poder ir com elas viajar de ferias. Voltei pra casa pra dormir um pouco, meio cabisbaixo. Iria resolver algumas coisas no trabalho pela tarde e a noite ia pro hospital novamente. 
Quando cheguei no escritório no meio da tarde, respondi algumas perguntas sobre meu pai. Ele era muito querido e todos estavam preocupados. Graças a Deus ele estava bem agora, mas precisaria de muitos cuidados. Me reuni com a assessoria e depois de pensar muito, chegamos a conclusão que não tinha muito como dobrar aquilo tudo. Eu decidi processar ele por difamação e injuria. O escritório ficou de ligar pro nosso advogado e eu voltei pra casa pra comer alguma coisa e depois descansar pra noite. Acabei dormindo de novo e só acordei era umas 20h00 com a ligação da Natália. Ela dizia estar cansada da viagem, mas bem. Já tinha alugado o carro e estava em casa com as meninas.
- Aqui é enorme! - Ela riu. - Amor, a casa é gigante!
- Eu sei. - Eu ri. - Mas é linda né?
- Sim, é linda mesmo! Eu adorei... - Falou docemente.
- Ficou feliz... E as meninas?
- Elas estão encantadas! Acho que vou tomar um banho e sair pra fazer uma compra pra casa. As meninas estão com fome. 
- Tudo bem, vai lá e depois descansa. E qualquer problema com a casa você me avisa, por favor. Já olhei tudo, é perfeita. 
- Estava com medo, por não ter visto ela e nem nada. 
- Pode ficar sossegado. E seu pai?
- Falei com Bruna antes de vir pra casa dormir. Ele está bem. Mais disposto até. Amanhã vou atras de uma enfermeira, antes de ir viajar. Falei com o Max também, ele vai dormir com meu pai no fim de semana, mas acho que até quarta-feira que vem eme vai pra casa.
- Vai levar ele pra casa né?
- Acho que não, teria sentido se você estivesse aqui né... Mas acho que ele vai ficar mais a vontade na casa dele, e minha mãe não vai estar sozinha também. Bruna vai voltar pro Rio amanhã de manhã, precisa gravar algumas coisas. 
Não contei pra ela sobe Rodrigo, deixaria pro próximo dia. Ela estava cansada e eu não queria levar problemas, já que foi exatamente por isso que elas foram pra longe. Me arrumei rápido e sai, passando pra pegar algo pra comer no meio do caminho. Quando cheguei, já encontrei meu pai pronto pra dormir. Me despedi de Bruna e tranquilizei ela, falando que as coisas ficariam bem ali. Elas foram embora e eu fiquei conversando com meu pai um tempo. Contei sobre a viagem e sobre as meninas estarem felizes demais. 
- Já estou com saudades. - Ele riu.
- Eu já estava antes delas saírem. - Ri junto. 
Contei pra ele vagamente sobre Rodrigo, e com suas palavras sempre cautelosas, ele tentou me tranquilizar e me dar força. Mas logo ele dormiu e eu voltei a ficar sozinho, andando pelo quarto até me dar sono e conseguir enfim dormir.

POV Natália.

As meninas estavam encantadas com a casa. O quarto delas era todo rosa, e parecia ser feito para princesas. Era lindo ver elas tão alegres. Depois que conversei com o Luan me bateu um desespero de estar ali sozinha com as meninas, mas eu sabia que precisava ajudar ele, da forma que podia e que ele achasse mais eficiente. 
Fomos até o mercado, com elas olhando pelas janelas achando tudo novidade. Compramos coisas pra comer por alguns dias e depois voltamos pra casa. Anas queriam ir no parque no dia seguinte, mas eu achei melhor que fizéssemos algo mais tranquilo pra começar. Garanti que teria tempo suficiente pra conhecer toda Orlando, então botei elas na cama e fui pro meu quarto dormir, pensando no Luan sozinho no Brasil.

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sexta-feira, 20 de março de 2015

Capítulo 111

Assim que fui acompanhar Luan no hospital, levamos as meninas junto. Luan desceu primeiro e conversou na portaria e sei lá como elas puderam entrar. Fomos até o quarto onde estavam Bruna e Mari e fomos recebidos com muito alegria pelo Amarildo, que beijou as meninas com um sorriso no rosto se mostrou feliz por eu estar ali também. Luan explicou resumidamente que faríamos uma viagem. 
- Mas agora? - Mari perguntou.
- As coisas com o Rodrigo apertaram e eu acho que é melhor deixar a poeira abaixar um pouco.  
- O que aconteceu? - Amarildo perguntou enquanto eu somente olhava tudo atenta. 
- Você não tem que se preocupar com isso pai, eu dou conta. Elas vão ficar um tempo fora e está decidido. 
- Vovô, vai ser legal e depois a gente volta pra cuidar de você. - Lau disse sentada na cama e passando a mão pelo rosto dele. - Todos rimos e ela ficou envergonhada. 
Não pude ficar muito por causa das meninas e por que já era tarde. Nós despedimos junto com Mari e Bruna e depois falei com Luan. Ele sairia de manha pra levar a gente no aeroporto e depois descansar, Bruna ficaria com o pai, acompanhada da mãe. Não demorou pra chegar em casa e as duas jantaram, já que já tinha feito isso com Luan e as Anas. 
Tive um longa noite, cansativa. Não gostei de dorir sozinha e tive muitos pesadelos. Mas descansei o suficiente. Nos despedimos de Bruna e Mari logo cedo e elas foram ao hospital, então verifiquei as malas enquanto esperava o Luan.
- Amor, cheguei. - Ele disse entrando no closet. - Tudo pronto?
- Tudo. - Fechei a mala. - Como foi sua noite?
- Dolorida. - Ele se espreguiçou. - Noites em hospital é sempre ruim.
- Vai tomar um banho e depois tem café da manhã pronto.
- Cadê as meninas? - Me deu um selinho.
- Na cama. - Fiz careta. - Não deixei mais dormirem, pra dormirem no avião, mas não levantaram. 
Ele riu e saiu pra dar um beijo nelas, depois voltou indo tomar um banho. Fiquei na mesa enquanto ele tomava café e depois fiquei sentada em seu colo no sofá, sofrendo antecipadamente a dor da despedida. 
- Parece até que não vai me ver nunca mais. - Ele riu me apertando. - Só um tempo.
- Mas eu nem se quanto vai ser esse tempo. 
- Logo vocês voltam amor. 
- Vou sentir sua falta. - Disse lhe dando um beijo. 
- Eu vou sentir mais. 
Ele apertou minha cintura e me juntou ainda mais perto dele, iniciando um beijo quente e intenso. 
- Se comporta. - Ele disse no meio de um abraço. 
- Pode deixar chefe. - Ele riu. - A senhora também, não quero saber de gracinha com os gringos dos olhos azuis.
Virei os olhos e ele riu. 
- Como se eu tivesse olhos pra outro alguém. 
- Assim mesmo que eu gosto! - Ele riu e me apertou. 
escutamos as meninas discutindo e fomos ajudar elas a se trocarem, depois do banho. Logo depois de tudo pronto, fomos pro aeroporto. Antes de embarcar, me fez mi recomendações e eu só queria ficar com ele. Chorou ao se despedir das meninas, o que já me deu a certeza que o tempo que ele dizia não seria tão curto assim. Mas era pro bem delas, e nosso: tentei botar isso na cabeça. Na minha vez eu não disse muita coisa, somente abracei forte ele, pra ele ter certeza que eu sempre estaria com ela. Chorei também, não era fácil ir sem meu alicerce. Nada seria igual sem ele, e eu tinha somente essa certeza quando entrei no avião com as minhas meninas.

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PS: Desculpa meninas, não deu o bônus hoje...

Capítulo 110

Ele me olhou assustado e confuso. 
- Claro que não né Natália! - Soltei seu braço e respirei fundo. - Acha mesmo que ia me separar por isso? 
- Claro que não, é que o jeito que você falou... 
- Eu comprei uma casa em outro lugar tem duas semana, pensando no caso de tudo apertar aqui. Estou com a chave já, e é pra lá que vocês vão. 
- E a escola? - Comecei ficar nervosa com a situação de sair dali com as meninas. - Estou com medo. 
- Eu sei.... - Ele me abraçou forte e me deu um beijo na testa. - Mas é pro bem de vocês agora. 
- E o colégio? 
- Vamos tirar elas de lá. A gente não podia estar passando por isso, não tem nem cabimento...
- Eu sei. - Respirei fundo. 
- Eu pego um atestado pra elas. Falta um mês pra acabar as aulas, ela só brincam lá mesmo. Dai depois a gente vê outro lugar pra elas. - Ele disse pegando o notebook e sentando na cama. 
Fiquei próxima tentando entender os planos dele. 
- E onde é essa casa? 
- Em Orlando. - Me assustei. 
- Luan, nem pensar! 
- Vai adiantar mudar aqui pro lado? Tem que ser Natália. 
- Eu não vou sozinha com elas pra outro lugar... Outro pais Luan! Elas não falam tão bem inglês... 
- Natália, amor, presta atenção... - Ele me olhou serio ainda mexendo no notebook. - Você não vai se mudar amor! É só um tempo. E eu não estou mandando vocês pra qualquer lugar não, é um lugar bom, onde vocês vão ficar bem e não vai ter ninguém pra falar nada pra elas ou te olhar estranho. 
- Eu não quero ir sem você. 
- Amor... - Eles suspirou e veio até o de eu estava. - Eu não posso ir. Tenho muitos shows agora no meio do ano. E tenho meu pai aqui. Sem contar o lance do Rodrigo. Vocês vão, até a poeira abaixar. Depois eu vou, arrumo uma semana e vocês vão me mostrar tudo lá! - Ele sorriu acariciando meu rosto. - Eu vou ficar e dar um jeito na nossa vida. Quando vocês voltarem vai estar tudo certo. 
- Eu estou com medo, e se eu não der conta?
- Vai dar. - Ele me deu um selinho. - E outra coisa, vai ser bom pra nós dois esse tempo. 
- Você quer um tempo?
- Não, não é isso. Mas a gente anda brigando muito. Eu estou estressado, e a primeira pessoa que leva é você. Ficar aqui agora, vai acabar desgastando nossa relação, e eu não quero isso. E é só por isso que vocês vão. Vai ficar tudo bem. 
- Promete? 
- Prometo! - Ele sorriu e me abraçou forte. - E é uma casa linda, vocês vão amar! 
- Nossa, as meninas vão pirar! - Ri. 
- Elas nem gostam de lá... - Luan ironizou. - Quando a gente foi ano passado, eu prometi que ia levar sempre. - Luan sorriu. - Então me mostraram a casa, e eu resolvi comprar. Depois que a gente acertar nossa vida, vou tirar as ferias do ano que vem no meio do ano, e todos os meios do ano, e nas ferias delas a gente pode passar lá. E vocês podem ir quando quiserem! Só não conta isso pra elas, sobre as ferias... - Ele disse meio triste. - Eu tenho que ver ainda. 
- Amor, elas te amam. Você não precisa tirar ferias pra isso. - Sorri. 
- Eu sei, mas eu quero. - Ela sorriu. - Mas não é só elas que é pra gostar. Quero que você goste de ficar lá também! - Ele passou o dedo pelo meu nariz. 
- Difícil, longe de você. - Sorri fraco. - Ainda mais com você aqui resolvendo tudo. 
- Eu podia até prometer ir lá no meio da semana, mas não vale a pena. Vou chegar lá, ficar algumas horas e voltar. Mas eu te amo, e logo eu trago vocês de volta. Não vou aguentar de saudade! - Ele sorriu pra mim. - E outra, lá tem lugares incríveis pra mexer com animais! Você vai amar...
- Eu sei. - Sorri contra a mão dele. - Quando a gente vai? 
- No primeiro vôo que eu conseguir. 
Ele voltou pro computador e disse: Amanhã cedo, pode ser? 
- Posso me despedir do seu pai? 
- A hora que você for me levar lá, as meninas podem entrar também eu acho.
- Isso, melhor. 
- Comprei. - Ele disse pegando o celular acho que pagando os boletos. 
- Mamãe, está bom essa roupa? - Laura apareceu se mostrando e nós rimos.
- Está ótima! - Luan falou e ela sentou no meu colo.
- Filha, o que acha da gente passar uns dias na Disney?
- Eu quero, quando? - Ela deu um pulo correndo pelo quarto. 
- Amanhã. 
Então saiu correndo gritando a irmã contando a novidade e nós dois rimos.
- Vai ser uma longa viagem! - Suspirei com um sorriso no rosto. 
- Estou começando a ficar com dó de você! - Ele disse me chamando pra sentar no colo dele e rindo. 
Me aconcheguei em seus braços e ali fiquei por minutos a fio. 

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quinta-feira, 19 de março de 2015

Capítulo 109

Quando acordei já era mais de 13h00. Tinha tido um pesadelo e ainda estava assustada. Sonhei com Luan nervoso demais e passando mal, assim como ele tinha ameaçado no telefone de madrugada. Assim que olhei o relógio levantei correndo e desci. 
- Meu Deus, eu dormi demais. As meninas estão atrasadas! - Mari estava na cozinha e eu comecei a gritar as meninas. 
- Hey, calma! - Ela estendeu a mão pra mim. 
- Tenho que levar elas pra poder ir no hospital com o Luan, ele está muito nervoso e eu estou preocupada... 
- Natália, calma... Elas já foram. - Mari riu. - Eu acordei antes da hora e fiz o almoço, espero que não se importe. 
- Não, claro que não. - Respirei mais aliviada e sentei, tentando me acalmar. - Obrigado Mari.
- Não consegui dormir querida, não foi nada. Bruna também levantou, almoçou e saiu faz pouquinho com elas, preferi deixar vocês dormirem. 
- Luan está nervoso, eu dei um remédio pra ele. Acho que ainda vai dormir um pouco. - Fiz uma careta. - Espero que não muito, por que se não ele vai me matar.
- Come e tenta desacelerar um pouco. - Ela falou rindo pra mim e eu comi conversando com minha sogra. 
Ela dizia estar preocupada ainda, mas mais calma, por que sabia que Amarildo ia tirar de letra. 
- Ele é forte. 
- É sim, vai dar tudo certo, a senhora vai ver. 
Assim que terminei de comer escutei passos do Luan na escada e ele apareceu com os cabelos bagunçados. Me deu um selinho e um outro na mãe, depois se sentou enquanto eu coloquei comida pra ele. 
- Está melhor? - Perguntei vendo ele quieto. 
- Estou, tranquilo. 
Ele comeu quietinho e depois fomos nos arrumar. Tomei banho e quando sai encontrei ele deitado na cama, esperando, ainda de bermuda. 
- Amor, vamos, sua mãe quer ir logo. 
Ele levantou com a maior calma do mundo e foi pro banheiro. Comecei a desconfiar que o remédio foi mais forte pra ele do que era pra mim. Ele estava calmo demais, até sossegado. Tive que apressar ele algumas vezes até Bruna voltar e conseguirmos sair de casa. Ela me olhou estranho quando percebeu o estado do irmão, que bati as mãos no volante no ritmo da musica e parecia estar em outro mundo. Fiz gesto que falava com ela depois e ri. Tadinho do meu bebê. Quando chegamos, ficamos a tarde toda lá. Ele já estava no quarto e recebeu algumas visitas do escritório. Conversava baixinho e reclamava de um pouco de dor. A tarde passou nesse ritmo, mas quando as meninas saíram da escola, eu fui com Luan, que nesse ponto já tinha voltado ao normal, pegar elas. Ele ia descansar um pouco e depois voltava pra dormir no hospital. Fomos conversando, ele estava estressado novamente por conta do Rodrigo dessa vez. Convenci a tomar um remédio e ele aceitou, dizendo que estava se sentindo bem na hora que acordou. Mas assim que as meninas chegaram no carro tudo mudou. Enquanto Luan dirigia de volta elas começaram uma conversa estranha. 
- Mamãe, por que está todo mundo falando que você dança? - Bea perguntou e Luan brecou o carro, me assustando mais ainda. 
- O que você disse? - Ele perguntou e eu mal podia me mexer. Tinham falado pra ela. 
- A mãe da Julinha disse que viu que você dançava. 
- E o que mais ela disse? 
- Disse que tinha foto de você pelada na internet, mamãe! - Lau entrou na frente abismada. 
- É mentira filha! - Eu disse. 
- É, é mentira! - Luan falou me olhando e depois se virou pra janela. 
Preferi não falar nada, se não ele ia explodir ali mesmo. Mas ele não disse mais uma palavra e voltou a dirigir. As meninas começaram a conversar, mas foi a única coisa que se ouviu no carro. Assim que pisamos em casa mandei elas tomarem banho e seguir pro quarto atras do meu marido. Quando entrei ele estava sentado na cama, com as mãos na cabeça. 
- Já chega Natália! 
- Eu não tenho culpa! - Choraminguei. 
- Já chega, cansei. Sobra tudo pra mim resolver. Agora as meninas entram nessa história. Pra mim deu. 
- O que você vai fazer? - Disse vendo ele se levantar. 
- O que eu já devia ter feito a muito tempo. Arruma as malas suas e das meninas. 
- Por que? Está me mandando embora? - Comecei a chorar e puxei o braço dele.

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Capítulo 108

Luan me ligou era quase amanhecendo. Amarildo tinha saído da sala cirúrgica e estava bem.
- O medico disse que foi um sucesso, mas ele vai precisar de cuidados agora. 
- Trazer ele pra cá quando sair do hospital. Pelo menos fica aqui comigo e com as meninas. Mari vem também. 
- Eu pensei nisso também, mas tinha que falar com você. 
- Não tem que falar comigo amor, é isso que tem que fazer e pronto. Como eu ia falar não? - Falei abismada. 
- Eu sei né, mas tem que conversar amor. Eu contrato uma enfermeira, pra não dar trabalho pra ninguém. Nem pra minha mãe.
- Isso, não vai dar trabalho. Conversamos com o medico hoje e a gente já vai atras disso. E sua mãe?
- Está nervosa. Mas a Bruna vai levar ela pra casa agora. Meu pai só pode receber visitas mais tarde.
- Vou preparar um café da manhã então. 
- Por favor. 
- E você? 
- Eu vou também. A gente dorme a manhã e depois vem pra cá. 
- Está mais calmo?
- Estou, estou sim. Desculpa se falei muita coisa de madrugada, eu estava nervoso e só quero seu bem. 
- Eu sei, relaxa. 
- Se te conheço não dormiu também. 
- Não mesmo. - Fiz careta. - Chochilei um pouco, depois acordava... Que noite horrível! 
- Nem me fale. Vou esperar só o medico e vou pra casa.
- Vou ver algo pra gente comer aqui. 
Me despedi logo que o medico chegou e sai pra cozinha. Coloquei frutas, iogurte e liguei pedindo pra Luan comprar pão. Quando eles chegaram, Mari me abraçou, com uma carinha toda assustada. Luan me deu um beijo e depois chamei eles pra comer. Enquanto eles me contavam da cirurgia, escutamos as meninas chamarem. Elas desceram e comeram com nós, deixando Luan todo bobo com as demonstrações de saudade e preocupação com a saúde do avô. Conversei com elas, pedi pra ficarem assistindo TV e me chamarem qualquer coisa. Fui pro quarto onde estava Luan e ele estava saindo do banho. Deitou na cama me abraçando com uma carinha de cansado. 
- Como você está? 
- Bem até. - Ele suspirou. - Cansado, mas estou mais calma. 
- Não pode dicar nervoso igual essa noite. 
- Queria que eu ficasse calmo como? 
- Não sei, mas tem que dar um jeito. Descansa vai, que mais tarde tem mais. Vou com você. 
- Falei com a Bruna, ela vai levar as meninas no colégio, pra não ter que ter contato com nada do Rodrigo agora. - Ele suspirou. - Acho até que você podia ficar em casa. 
- Nada disso, vou no hospital. Eu quero ir. 
- Tudo bem! - Ele respirou fundo. - Você vai comigo então. 
- Vai dar tudo certo! Você precisa se acalmar. Pensei em te dar um calmante e... 
- Nada disso, eu não vou ficar dormindo o dia todo Natália. Meu pai está no hospital.
- Não vai dormir, só vai te ajudar a se acalmar. Eu corto no meio. 
- Tem certeza que não vai me derrubar isso ai? - Ele me perguntou olhando serio, eu sabia que ele estava precisando.
- Tenho. Eu tomava quando dicava nervosa na boate. 
- Meio Natália! - Ele avisou quando me levantei e peguei no painel da TV um copo e o comprimido. 
- Já deixei preparado. - Sorri pra ele, que tomou o remédio. 
Ele desabafou mais algum tempo, mas foi parando de falar e quando vi estava dormindo feito pedra. Me acomodei ao seu lado e enfim dormi bem de verdade. 

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Capítulo 107

POV Luan.

Eu estava a ponto de eu ter um infarto. Quando cheguei no hospital descobri que o caso era mais serio que a gente pensava e meu pai precisava fazer uma cirurgia pra fazer uma Ponte Safena. Ele tinha o melhor plano de saúde e estava no melhor hospital. Nem conversei com Bruna e minha mãe direito, só olhei elas e afirmei que ele ia fazer a cirurgia. Estava nervoso, preocupada e tudo mais, e antes de tudo, já estava uma pilha de nervosos.
Tive a certeza que o céu caia sobre minha cabeça quando eu recebi uma nova ligação do Rober. Atendi achando que ele queria saber do meu pai, mas na verdade ele também estava nervoso e parecia querer dizer algo e não saber como. 
- Cara, não me enrola vai... Fala logo! Mais problemas? Não é possível! - Ri realmente acreditando.
- Na verdade sim. - Ele falou serio e me assustou.
- Eu estava brincando. 
- Mas eu não estou Luan. 
- Diga logo! - Fiquei nervoso. 
- Rodrigo vendeu uma foto agora. 
- Foto? - Falei alto demais. - Como assim? - Abaixei o tom. 
- Da Natália dançando. Muito comprometedor Luan. 
- Eu vou me matar cara! - Disse respirando fundo e sentando no sofá. - É como se ela tivesse posado nua! 
- Luan, sem ciúmes. O problema é que se alguém não acreditada, não tem mais como negar. 
- Eu desisto dessa vida. 
Desliguei logo e sentei desanimado. Eu tinha somente uma saída, e não queria ter que apelar pra aquilo. 
- Se outra coisa acontecer, é isso que eu vou fazer! - Disse pra mim mesmo. 
O medico veio falar as ultimas coisas e então deu inicio a cirurgia. Estava adiando falar com Natália, mas agora não tinha mais jeito. Precisava ligar, e foi isso que eu fiz. 

POV Natália. 

- Oi amor... 
- Natália... 
- Oi. 
- Meu pai vai fazer uma cirurgia agora! 
- Agora? - Me assustei. - Quer que eu vá pra ai? 
- Não, tem as meninas. Fica em casa, não sai pra nada. Aconteceu mais uma coisa também. 
- O que foi? 
- Rodrigo soltou uma foto sua. Já era. Nossa vida vai virar um inferno agora. - Ele tinha a voz cansada e decepcionada. 
- Luan, não é hora pra pensar no Rodrigo agora, amanhã a gente resolve isso. Tem seu pai e... 
- Realmente não é hora pra pensar em Rodrigo né... E se você estivesse me escutado, a gente não precisava passar por isso. Ainda mais agora! 
Eu sabia que ele estava nervoso e ia acabar me falando coisas que não queria. 
- Desculpa. - Não soube o que falar. 
- Só acho que não tinha por que tudo isso estar acontecendo! 
- Você vai mesmo brigar comigo agora? - Perguntei assustada. 
- Não estou brigando, estou sendo sincero. Está tudo desabando sobre mim e não tinha por que estar tendo que lidar com o Rodrigo agora! 
- Mas quando você casou comigo sabia bem disso Luan... Pensa no seu pai, esquece esse idiota. 
- Não tem como Natália, ele está no meio de tudo! - Eu sabia que ele estava lidando com muita coisa e estava estressado. 
- Seu pai Luan, foca! 
- Estou tentando porra! Eu vou explodir e você ou vai ficar viúva ou me operar... Estou avisando!
- O que posso fazer além de rezar? - Perguntei seria. 
- Nada. - Ele disse mais baixo. - Estou nervoso, muito nervoso. 
- Eu sei, eu sei. Vai dar tudo certo, se acalma. 
- Eu te amo... 
- Eu te amo mais. 
Fiquei mais um tempo tentando acalma ele, mas não tinha forma. Eu sabia que ele sempre queria manter o controle de tudo, e tudo tinha fugido das mãos dele. A única coisa que podia fazer quando desliguei o telefone era rezar, e foi isso que fiz, a noite toda quase, esperando uma noticia. 
Mal sabia eu que nem tudo já tinha acontecido. Teria mais problemas e sem contar uma surpresa muito grande no dia seguinte, dessa vez por conta do meu marido. 

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