terça-feira, 24 de março de 2015

Capítulo 115

POV Luan. 

Minha viagem já começou bem mal. Deixar meu pai doente me cortava o coração, ainda mais de saber que minha mãe estava preocupada com ele. Mas Max me garantiu que ia ficar com eles por mim. E como se não bastasse tudo isso, a imprensa que entrou antes do show, perguntou sobre Rodrigo e eu tive que responder que não podia falar sobre o assunto por estar correndo em segredo de justiça. Ponto pra eles que agora sabia que eu estava processando o sem vergonha. E pra acabar com tudo, eu ainda tinha o outro problema na justiça com a musica. 
Se um dia, do qual eu não me lembro, tive alguma duvida que amava Natália, essa duvida tinha sumido. Eu me sentia sem forças de saber que elas estavam longe e que quando voltasse pra casa, ela e minhas princesas não estariam lá. O único motivo pra voltar eram meus pais, mas parte de mim , ou talvez eu inteiro quase, não queria ir pra São Paulo, queria ir pra casa em Orlando. Eu sabia que amava Natália com todas as minhas forças e agora entendia, cada vez melhor, o que era ser pai. Minhas filhas era a razão de tudo, e voltar pra casa na segunda sem elas, não teria a minima graça.
No sábado eu acordei com uma surpresa agradável. Rafael me ligou e disse que tinha conseguido a enfermeira da qual eu gostei. Tínhamos ligado pros antigos patrões e ela tinha muitas boas recomendações e além disso o histórico era bom, principalmente no tipo de doença do meu pai. Contratamos ela e ficamos de ligar quando ele saísse do hospital. Eu também não tinha visto a foto dela ainda, mas Rafael dizia o tempo todo o quanto ela era bonita, então gravei uma nota mental de não dizer a Natália que eu tinha escolhido a moça e comecei a rezar já pra evitar problemas que eu não precisava no momento. 
Sabia também que precisava procurar uma nova escola pras meninas, mas iria fazer isso junto com Natália.
Ela me mandava o tempo todo fotos das meninas, e naquele sábado lotou meu WhatsApp de fotos delas com as princesas. Eu sorria vendo o quanto elas estavam felizes e bem longes daquela confusão. Tinha que assumir que a ideia tinha feito bem pra elas, e pra mim e Natália, por que pelo menos assim nossa relação não era desgastada com brigas por causa dos estresse. Eu estava até mais calmo e sabia lidar melhor com a situação se não tinha que pensar em proteger elas daquilo o tempo todo. 

- Mãe, eu juro que estou bem. - Falava com ela antes de entrar no avião e Dona Marizete tentava me fazer confessar que estava estressado. - Estou até mais calmo.
- Com as meninas longe? Duvido! - Ela disse impaciente. - Consigo sentir a tristeza na sua voz.
- Estou triste sim mãe, mas é melhor assim. Elas estão melhor lá e eu consigo acabar logo com tudo isso.
- Se você pensa assim... Mas eu acho melhor a família permanecer unidas nos momentos difíceis. 
- Não quando contam pra duas meninas de cinco anos que a mãe delas dançava numa boate de prostituição. Pelo menos lá elas estão a salvo disso. 
- Tudo bem vai... Olha, Bruna e o marido vem pra casa hoje. Vai ficar até segunda. 
- Melhor mãe, a senhora não dorme sozinha. 
Me senti ainda mais tranquilo de saber que minha irmã estava em casa, e além de Max, que estava cuidando bem deles, ainda teria Bruna e o marido, que era uma boa pessoa, pra ajudar.

O show de sábado foi numa praia, e eu olhava o mar pensando em Natália. Se ela estivesse ali, com certeza não estaria na janela como eu, mas sim explorando as águas igual um peixinho. Mas eu só conseguia pensar em quando teria a minha força de volta comigo. Por isso precisava resolver logo tudo aquilo e principalmente contar a Natália sobre o processo. 
Mas se eu pensava que Rodrigo me deixaria me paz, não tinha tanta razão. Levei um susto dos grandes com ele no domingo. Logo quando estava sem minhas maiores forças comigo, o que me fez querer repensar muita coisa e me deixou sem muita ação.

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