Luan me ligou era quase amanhecendo. Amarildo tinha saído da sala cirúrgica e estava bem.
- O medico disse que foi um sucesso, mas ele vai precisar de cuidados agora.
- Trazer ele pra cá quando sair do hospital. Pelo menos fica aqui comigo e com as meninas. Mari vem também.
- Eu pensei nisso também, mas tinha que falar com você.
- Não tem que falar comigo amor, é isso que tem que fazer e pronto. Como eu ia falar não? - Falei abismada.
- Eu sei né, mas tem que conversar amor. Eu contrato uma enfermeira, pra não dar trabalho pra ninguém. Nem pra minha mãe.
- Isso, não vai dar trabalho. Conversamos com o medico hoje e a gente já vai atras disso. E sua mãe?
- Está nervosa. Mas a Bruna vai levar ela pra casa agora. Meu pai só pode receber visitas mais tarde.
- Vou preparar um café da manhã então.
- Por favor.
- E você?
- Eu vou também. A gente dorme a manhã e depois vem pra cá.
- Está mais calmo?
- Estou, estou sim. Desculpa se falei muita coisa de madrugada, eu estava nervoso e só quero seu bem.
- Eu sei, relaxa.
- Se te conheço não dormiu também.
- Não mesmo. - Fiz careta. - Chochilei um pouco, depois acordava... Que noite horrível!
- Nem me fale. Vou esperar só o medico e vou pra casa.
- Vou ver algo pra gente comer aqui.
Me despedi logo que o medico chegou e sai pra cozinha. Coloquei frutas, iogurte e liguei pedindo pra Luan comprar pão. Quando eles chegaram, Mari me abraçou, com uma carinha toda assustada. Luan me deu um beijo e depois chamei eles pra comer. Enquanto eles me contavam da cirurgia, escutamos as meninas chamarem. Elas desceram e comeram com nós, deixando Luan todo bobo com as demonstrações de saudade e preocupação com a saúde do avô. Conversei com elas, pedi pra ficarem assistindo TV e me chamarem qualquer coisa. Fui pro quarto onde estava Luan e ele estava saindo do banho. Deitou na cama me abraçando com uma carinha de cansado.
- Como você está?
- Bem até. - Ele suspirou. - Cansado, mas estou mais calma.
- Não pode dicar nervoso igual essa noite.
- Queria que eu ficasse calmo como?
- Não sei, mas tem que dar um jeito. Descansa vai, que mais tarde tem mais. Vou com você.
- Falei com a Bruna, ela vai levar as meninas no colégio, pra não ter que ter contato com nada do Rodrigo agora. - Ele suspirou. - Acho até que você podia ficar em casa.
- Nada disso, vou no hospital. Eu quero ir.
- Tudo bem! - Ele respirou fundo. - Você vai comigo então.
- Vai dar tudo certo! Você precisa se acalmar. Pensei em te dar um calmante e...
- Nada disso, eu não vou ficar dormindo o dia todo Natália. Meu pai está no hospital.
- Não vai dormir, só vai te ajudar a se acalmar. Eu corto no meio.
- Tem certeza que não vai me derrubar isso ai? - Ele me perguntou olhando serio, eu sabia que ele estava precisando.
- Tenho. Eu tomava quando dicava nervosa na boate.
- Meio Natália! - Ele avisou quando me levantei e peguei no painel da TV um copo e o comprimido.
- Já deixei preparado. - Sorri pra ele, que tomou o remédio.
Ele desabafou mais algum tempo, mas foi parando de falar e quando vi estava dormindo feito pedra. Me acomodei ao seu lado e enfim dormi bem de verdade.
Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic.
Aos poucos tudo se ajeita . ���� *LaisAraujo
ResponderExcluirAgora tudo vai da certo \o/ continuava #toatrasadamaistolendo
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