Capítulo 89

- Oi meu amor! - Ele disse tão doce, mas meu coração dava pulos, mesmo assim me derreti. 

- Minha coisa mais linda desse mundo! - Sorri. - Estou sentindo sua falta.

- Eu também, muito. Fui embora ontem e já estou com tantas saudades... E Lauroca e Beazinha? 

- Estão bem amor. 

- Se alimentaram direitinho? 

- Perfeitamente. 

- E você meu anjo? 

- Estou bem. - Suspirei, querendo evitar aquilo, mas eu sabia que não podia. 

- O que é essa vozinha triste? - Abracei o travesseiro dele, com seu cheiro. 

- Como foi seu dia? 

- Não muda de assunto. - Ele foi firme.

- Me responda que depois conversamos. 

- Foi cansativo, estou esgotado. Muitas fotos, videos... Mas valeu a pensa, ficaram incríveis. Agora podemos conversar? 

- Quando volta pra casa? 

- Amanhã começa os shows. Então só domingo. 

- Domingo? 

- De madrugada estou de volta. Vou passar o domingo com vocês, aniversario da minha mãe, esquece? 

- Esqueci. Eu não vejo a hora. Mas, eu preciso te contar uma coisa. 

- Pode falar.

- Hoje fui no shopping com a Bruna e as meninas, fazer compras. 

- E o que tem? 

- Eu me afastei por um momento, fui comprar um lanche natural, as meninas ficaram com a Tathi, e então quando eu voltei, o Rodrigo estava brincando com a Laura.

Ele demorou a reagir. 

- Como? - Falou alterado. 

- É isso... 

- Natália, pelo amor de Deus! - Sua voz era seria. 

- Não foi minha culpa, desculpa. - Ele suspirou.

- Não estou dizendo isso meu amor, só que nós dois sabemos que esse cara nos ameaçou. Sabemos que ele é perigoso. Isso me deixou nervoso, se eu soubesse, eu teria voltado hoje pra casa.

- Eu sei. - Meus olhos se encheram de lagrimas. Estava morrendo de medo de dormir sozinha, de ficar ali e dele voltar em algum momento. 

- E o que você fez? 

- Eu empurrei ele, mandei ele nunca mais se aproximar delas. Então ele se alterou um pouco e Bruna já voltou com um segurança. 

- Ele fez alguma coisa pra você. 

- Ele pegou no meu braço, mas nada demais. 

- E então? 

- Eu disse ao segurança que ele tinha me atacado e se aproximado de forma suspeita das nossas filhas. Ele me perguntou se eu queria fazer um BO, mas fiquei com medo.

- Devia ter ido e mostrado a ele que não tem medo dele. Você acha que eles estava te seguindo? 

- Não! Ele não estava. Apareceu do nada. 

- Você está bem? 

- Um pouco nervosa, com medo. 

- Amanhã dorme na casa dos meus pais. 

- Não posso ficar me escondendo dele pra sempre. 

- Você não vai, está escutando? Eu vou resolver isso. 

- Luan, não faz besteira! 

- Se acalma, eu não vou fazer nada. 

- Promete? 

- Prometo! Agora vai descansar vai. 

- Eu te amo. 

- Eu te amo mais. 

POV Luan.

Assim que desliguei o telefone chamei o Well no WhatsAPP. Ele não demorou a vir até meu quarto, entrou já sabendo que o que eu queria era serio. 

- E aquela cara que deu a prensa no Rodrigo quando ele foi em casa? 

- O dono da boate? 

- Sim. 

- O que tem ele? 

- Preciso dar um susto nele. 

- Susto? 

Contei o que tinha acontecido.

- Manda ele dar uma surra no cara. - Falei. 

- Tem certeza? 

- Uma surra cara, não é pra matar! - Ri. - Só um susto, pelo amor de Deus. 

- Mas fala quem é? 

- É a ideia né! Liga pra ele amanhã e combina o preço. Eu pago, não importa o preço. Só quero ele longe da minha família. 

- Vou fazer isso. 

Ele voltou pro quarto dele e fiquei ali pensando naquilo. Não gostava da ideia, mas eu não podia deixar passar e ele voltar a atormentar Natália. Agora tinha as meninas e elas dependiam de nós. 

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