Capítulo 88

- Bruna, olha esse! - Apontei um vestido lindo na vitrine. 

Tinha emagrecido mais depois que ganhei as meninas e estava precisando de algumas roupas. Bruna estava em São Paulo e combinamos de fazer compras. Levei as meninas, empurrava um carrinho e Tathi o outro. Elas estavam comportadas, dormiam. 

Entramos na loja e experimentei o vestido, mas não gostei muito no corpo, então acabei vendo outros e saímos com algumas coisas. Aproveitei e comecei a pensar no presente pra Luan, já que no próximo mês era o dele. A fome bateu e decidimos comer um lanche. Estava morrendo de vontade de comer um Big Mac, mas da ultima vez as meninas tiveram cólica, então tive que trocar ele por um lanche mais natural. Tathi ficou com elas na mesa enquanto fomos pegar nossos lanches, já que Bruna jurava estar de dieta e me acompanhou. Demoramos um pouco pra montar, apesar de não ter fila. Pedi um suco e voltamos pra mesa conversando, já que Bruna jurava que Luan ia aprovar minhas compras. 

- Ele é ciumento demais, não vai gostar. - Ri. 

- Ai credo, isso se chama insegurança! - Ela fez bico.

- Você sabe como é seu irmão, você... - Interrompi minha fala ao me aproximar. 

Congelei quando vi que Rodrigo brincava com Ana Laura, rindo e fazendo graça pra ela. 

- O que foi? - Bruna perguntou, mas nem deu tempo de responder e eu já estava andando até eles. 

Coloquei a bandeja numa mesa próxima e me coloquei no meio dele e do carrinho, o afastando com o susto. 

- Sai daqui agora! 

- Que isso Natália? Eu só estava... 

- Não importa o que você estava fazendo. Fica longe das minhas filhas! 

- O que foi? - Ele segurou meu braço rindo. - A raiva do seu marido passou pra você? 

- Não me toca Rodrigo! Nunca mais chega perto das minhas filhas! - Tentei puxar meu braço, mas ele não soltou. 

Bruna apareceu correndo, trazendo um segurança e ele interferiu. 

- O que está havendo senhora? 

- Esse senhor está me incomodando... - Disse meio assustada. - Ele se aproximou de forma suspeita das minhas filhas e tentou me atacar. - Mostrei os braços avermelhados e ele pegou Rodrigo pelo braço. 

- A senhora quer fazer um BO? Podemos te acompanhar na delegacia. 

Olhei Rodrigo, que me olhava com raiva. Tive medo, eu sempre tinha quando não tinha Luan comigo. 

- Eu só quero que ele fique longe de mim e das minhas filhas. - Respondi.

Eles levarem ele Bruna pegou no meu braço. 

- Você está bem? Natália?

- Calma! - Tathi me ajudou a sentar e elas abriram meu suco. 

- Tathi, as meninas, olha as meninas! - Mandei enquanto bebia o suco. 

Minhas mãos tremiam. 

- Natália, calma! - Bruna acariciava meu cabelo. - Quer que eu ligue pro meu irmão? 

- Não! - Disse. - Luan está fazendo as fotos pra aquele comercial lá Bruna, é importante pra carreira dele. Quando ele ligar a noite eu falo. Quero ir embora. 

- Tudo bem. Olha, ele já foi. Vamos comer e vamos pra casa. 

- Perdi a fome. 

- Tem as meninas, elas precisam que você coma bem e se acalme. Elas dependem da sua alimentação ainda. 

Comecei a comer devagar, tentando me acalmar, enquanto ouvi Bruna mandar Tathi ir comprar seu lanche e puxou as Anas pra mais perto de nós, que estavam brincando com as mãozinhas alheias ao que acontecia ao redor. Bruna comia e me olhou. 

- Quando foi a ultima vez que viu ele? 

- Quando ele foi lá na sua casa. - Disse já mais calma. 

- Depois não viu mais? 

- Não na verdade. 

- E Luan? 

- Não me lembro. 

- Por que ele falou do Luan. 

- Eu não entendi também. 

- Eles já brigaram? 

- Não que eu saiba. Só algumas situações estranhas. Eles se desentendendo. 

- Deve ser isso então. 

- Deve. 

Tathi voltou e eu recomendei que nunca mais deixasse ninguém se aproximar, principalmente aquele homem. Assim que terminamos de comer, voltamos pra casa. Depois que deixei Bruna, fui pra minha casa e dei o peito pras meninas e Tathi me ajudou com o banho, depois, cansadas, voltaram a dormir. Tathi foi descansar e estudar um pouco, já que dispensei ela, dizendo que em quando as meninas dormiam não tinha problema. Estava esperando Luan ligar, mas isso só aconteceu tarde da noite, depois que a Tathi já tinha ido embora de moto taxi. 

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