quarta-feira, 18 de março de 2015

Capítulo 104

Assim que pisei em casa peguei o telefone. Eu não estava brava por que ele tinha saído, estava irritada pela situação e também por não ficar sabendo dessa festa nem por uma mensagem. Ia jogar verde e esperava que ele me contasse. 
- Bom dia! - Disse fingindo alegria assim que ele atendeu com voz de sono. 
- Bom dia amor. 
- Acordando agora? Nossa! - Fui irônica. 
- Eu estava cansado. - Disse com a voz mais acordada. 
- Hum, show foi cansativo ontem? 
- Sim, mas também... Er... - Ele começou a gaguejar e eu ri sem soltar o som. 
- O que foi? 
- Eu estava empolgada ainda, e acabei indo pra uma baladinha. Algum problema pra você?
- Não, nenhum. Só podia ter avisado né? 
- Eu estava cheio de coisa na cabeça, tantos problemas... Precisava me distrair, beber um pouco. Me desculpa. 
- Tudo bem, eu disse que não me importo. Mas não quero saber pelos outros. 
- Você já sabia então... - Ouvi ele dar um riso. 
- Já. - Ri.
- Qual o problema? 
- A mãe da Julinha, amiga das meninas. 
- A louca? 
- Sim, ela veio me perguntar como eu estava com você saindo de casa. 
- Como assim? - Luan riu inconformado.
- Sei lá o que essas pessoas tem na cabeça sobre casamento. Acho que ela acha que você sair é motivo pra divorcio. 
- Uma mulher com uma filha dessa idade não devia ter uma cabeça assim. - Ele falou, dessa vez serio. 
Muitos dizem que filho não segurava um casamento, mas eu sabia que com Luan era diferente. As vezes tinha até medo dele estar comigo pelas meninas, de tanto que ele levava a serio ter uma família dentro de casa pros filhos. Isso era bom e eu agradecia por ele considerar aquilo tão importante. Só tinha que vigiar minha insegurança. 
- Pra esse povo se separar é assim, estão nem ai pra nada neguinho. - Brinquei com ele. 
- Olha, quero divorcio por que o Rodrigo foi fala por ai de você viu? - Ele brincou e nós rimos. 
Ouvi o telefone da casa tocar e corri atender ainda no celular com Luan. Era minha sogra, então atendi na hora, pedindo pra Luan esperar. 
- Oi Mari. 
- Natália, ja deixou as meninas?!
- Já sim, por que? 
- Amarildo está passando mal, estou tão nervosa! - Ela começou a chorar e eu me assustei com a noticia. 
- Estou indo pra ai. Onde vocês estão? 
- No hospital querida... Aquele que as meninas nasceram!
- Estou a caminho, se acalma! 
Me despedi e desliguei, ainda atordoada. 
- Amor, amor? - Luan me chamava. 
- Oi, desculpa, estava falando com a sua mãe. 
- Está tudo bem? - Ele perguntou preocupado. - Estou indo gravar um programa, ok? 
- Está tudo bem, ela só me chamou pra tomar café. Vou lá com ela. Fica tranquilo. 
- Tudo bem, se cuida. 
- Se cuida você. 
Desliguei o telefone sem deixar ele terminar de falar e corri pra cima. Coloquei uma roupa melhor, peguei minhas coisas e sai correndo de casa pro hospital. Não podia ser nada serio, não naquele momento. Luan já estava lotado de problemas, e além de não ter mais espaço pra nenhum, meu sogro já não era tão novo, não tinha mais a saúde 100%. 
Entrei no hospital rezando, nervosa. Dei o nome dele na entrada e então me indicaram um corredor e no final dele eu encontrei Mari chorando sentada no que seria uma sala de espera.


Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic. 

3 comentários:

  1. Dona Juliana não me mate com esse fim. Por favor!

    Tô até apreensiva!
    Beijão, até já.

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  2. Você quer matar as leitoras e o Luan né? Você não tem coração Ju? Malvada :( kkkkk Isa

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  3. O que foi isso? Ah meu pai #continuaaa #toatrasadamaistolendo Livia ddc um pra mim :)

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