Capítulo 100

- O que você vai dizer? - Perguntei enquanto estávamos chegando uma festa de aniversário do filho de um cantor amigo do Luan, onde iria estar cheio de fotógrafos e repórteres.

- Não sei. - Ele disse mordendo a boca. 

- Ficou horas no escritório e não decidiu? - Eu perguntei. 

- Não, não decidimos! - Ele me olhou feio e foi seco. - Você tem alguma ideia dona das respostas? 

- Por que está falando assim comigo? 

- Por que você está me cobrando uma resposta como se fosse fácil! - Ele bateu no volante no sinal. 

- Papai, não briga! - Bea reclamou pra ele e deu um tapinha no seu ombro. 

Elas não gostavam de brigas e sempre reclamavam quando pensavam que estávamos brigando.

Nós dois rimos e Luan voltou a dirigir. 

- Papai não está brigando filha, a gente só está conversando. 

Fiz bico pra ele e me olhou de lado e sorriu. 

- Desculpa o papai, mamãe? - Ele perguntou. 

- Desculpo. - Sorri.

- Lauroca minha princesa, está animada igual a Beazinha? - Ele perguntou olhando pelo espelho, Laura quietinha olhando a janela. 

- Estou papai. - Ela sorriu e se aproximou da irmã. 

- E essas coroinhas que sua mãe botou na cabeça de vocês? - Ele riu olhando. 

- É de princesa papai! - Laura riu e botou a mão com delicadeza. 

Elas eram delicadas tanto quanto eu. 

- Elas que pediram! - Me defendi.

- São as princesinhas do papai... 

- E a mamãe? - Bea perguntou seria e eu ri, esperando a resposta. 

- Mamãe é a rainha. - Ele sorriu pra mim e pegou uma das minhas mãos. Levou até a boca e depois soltou, voltando a dirigir com duas mãos. 

Não demorou pra chegarmos no local. Estava lotado já, e entramos. Luan levava Laura pela mão e Bea apontava agitada o salão. Luan pegou na minha outra mão e depois sorriu. 

- Não fala nada tudo bem? 

- Perfeito. 

Um dos repórteres nos parou e Luan brincou com ele, conversou e falou pra meninas cumprimentarem ele. Depois se dirigiu ao Luan e perguntou da declaração do meu ex patrão idiota, eu fingi que não estava no lugar. 

- Não vi isso dai não cara! - Luan respondeu e saiu andando e se despedindo. 

Eu comecei a rir assim que entramos. Meu marido apertou minha mão e riu também. 

- Tudo bem? 

- Tudo senhor "não sei de nada". - Brinquei com ele, que riu. 

Fomos recebido pelo amigo dele e logo nos dirigimos a uma mesa onde estava Dudu e Bel. Cumprimentamos eles e sentamos. As meninas quiseram brincar e Luan liberou, recomendando pra não saírem dali de dentro. 

- Nossa que delicia! - Luan roubou um pratinho com um monte de aperitivos que estava com Dudu. 

- Oh boi! - Dudu reclamou e eu dei um tapa no braço dele. 

- Que coisa feia Luan! - Bel começou a rir. 

- Amor, relaxa, Dudu é meu amigo poxa. 

Fiz cara feia pra ele e comecei uma pequena conversa com Bel. Ela contava que Enzo, menino deles, que tinha a mesma idade da Ana Laura e da Ana Beatriz, estava começando a jogar bola e estava deixando ela louca de preocupação. 

- Mas não tem perigo Bel! 

- Mas mãe é mãe. - Ela riu. - Quando Dudu botou ele na escolinha de futebol eu quase surtei. Eles são muito novinhos. 

Assim que ela terminou de falar Enzo apareceu. Ele era lindo, de cabelinhos igual o do pai e o rosto mais parecido com a mãe. Um menino que era um anjo. Ele estava com Laura e me deu um beijo e um abraço e voltou a brincar depois de falar com Luan. 

Luan deu alguma coisa pra Laura comer e ela seguiu o mesmo caminho. Bel se levantou pra ir ao banheiro e eu fiquei sozinha pro instantes, então comecei a olhar em volta. 

Muitas pessoas me olhavam, riam e cochichavam. Me senti constrangida e aqui foi me incomodando. Elas sabiam, todas elas sabiam das coisas que Rodrigo tinha contado.

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