quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Capítulo 37

"Seu Amarildo, eu sei que o senhor fez tudo por mim desde que cheguei na sua vida e da sua família. Agradeço muito por terem me acolhido e por terem me recebido tão bem. Agradeço por me procurar o dia que sumi também, e por se preocupar comigo e por ter me ajudado na noite em que perdi meu bebê. Você sempre olhou por mim, assim como Bruna e Marizete. Agradeço por terem sido meus pais e minha irmã todo esses anos, e por terem sido a minha família. Essa carta serve pra elas também. Mas eu preciso seguir minha vida e como sei que ele virá atras de mim, tem que ser dessa forma. Eu amo vocês, amo o filho de vocês, mas hoje estou indo embora novamente, e não quero que me procure. Me perdoe por tudo, mas eu vou ficar bem. Já sei pra onde vou e vou conseguir me virar. Cuide do Luan pra mim, por que por mais que eu não consigo perdoa-lo, eu o amo. Me desculpe novamente."

Limpei as lágrimas e respirei fundo. Sorri ao ver como ela era doce, ainda com raiva de mim. E apesar dela mandar não procurar, eu faria isso, até encontrar. Eu não sabia por onde começar, mas eu iria. 

Sai assim que almocei e comecei a procurar ela. Andava nas ruas próximas, e no centro. Passei perto do banco, nos pontos turísticos, na frente de locais que ela gostava e por mais onde podia imaginar que ela estava. Mas São Paulo era enorme e eu não sabia nem como fazer isso direito, ainda mais quando ela tinha dito que tinha pra onde ir. Devia estar dentro de um lugar, e eu não acharia. Quando era quase de madrugada me deu fome e parei no McDonalds pra comer alguma coisa e tentar respirar um pouco. Já estava estressado e muito bravo. Acho que se achasse Natália, eu ia matar ela primeiro, depois pensava que tinha a encontrado. 
Terminei meu lanche fiquei pensando enquanto mexia minha coca o quanto era idiota ficar procurando quem não queria ser achado. Eu sabia que ela estava dentro da razão dela, mas estava fazendo papel de trouxa e mesmo se achasse ela, ela não voltaria e ainda ia ficar ainda pior por ver tão na cara que ela tinha ido embora. Sai de lá quase chutando tudo que via pela frente. Estava com raiva dela e ainda mais de mim. Sabia que o efeito do meu calmante tinha passado, mas nem tinha eles ali e se tivesse jogaria pela janela, por que odiava estar dependente daquilo a mais de uma semana e odiava aquele remédio, e odiava mais ainda ficar calmo demais quando tomava ele por que parecia até que nada estava acontecendo comigo! Odiava até a minha casa e não quis entrar, então dirigi até a casa dos meus pais. Eu odiava tudo desde que ela tinha ido embora. Odiava exatamente tudo!

Entrei na casa dos meus pais chorando e eles me olharam assustados da sala. Bruna não estava em casa e isso era bom, por que ela perguntava muito também.
- Luan, o que foi? - Minha mãe me interrompeu antes de subir as escadas. - Achou ela filho? 
- Não, eu não achei ela! E não quero mais achar também! - Gritei e passei a mão pelos cabelos. - Se ela quer brincar de esconde esconde vai brincar sozinha! Eu não vou mais procurar. Ela não quer vir aqui e me escutar, que suma também! - Chorava mais a cada grito e meus pais estavam assustados. - Cansei de correr atras dela! Eu sei que errei, mas eu queria pedir desculpas e ela me faz ficar rodando essa cidade toda atras dela! Quero que ela vá de ferrar, isso que eu quero! Não mexo mais um dedo atras dela!
- Ela não quer ser achada filho... - Minha mãe acariciou meu rosto.
- Ela não tem que querer! - Sussurrei abismado. 
- Dá um tempo pra ela filho, ela vai voltar! - Meu pai disse me olhando com dó.
- Eu não aguento mais e faz só uma semana pai! Vou esperar quanto? Um ano? - Estava desesperado. 
- Não sei, mas não fala coisa que vai se arrepender. Não diga besteiras. Não adianta xingar ela e ficar gritando. 
- Eu sei. - Respirei mais calmo. 
- Não adianta mais chorar, você tem que esperar agora. Alguém vai ver ela, ela vai aparecer logo. 
- Eu realmente espero que sim, por que eu não quero ficar aqui o resto da minha vida preocupado se ela está bem!
Minha mãe me deu colo e eu me acalmei um pouco. Mas logo subi pro quarto e pensei que ia ficar a noite toda pra dormir, mas isso não aconteceu. 
Depois de ficar o dia todo na rua estava cansado e dormi logo. 

Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic. 

9 comentários:

  1. Aii q dó do Luan... Curiosa pra saber onde a Natália esta

    ResponderExcluir
  2. Aii q dó do Luan... Curiosa pra saber onde a Natália esta

    ResponderExcluir
  3. Que dó do Luan, mas ele fez por merecer. Quero saber por onde anda "nossa" personagem. Quero saber como ela irá encarar tudo isso e qual o pensamento dela enquanto passam-se os dias.

    Beijos, Geovanna Soraya

    ResponderExcluir
  4. Começei a ler hoje sua fic, e bem esses 37 Capitulos foram de tirar o folego,viu? Nossinhora nunca li uma fanfic tão intensa e quase real como essa, tu ta de parabéns viu? Continua assim e ó quero mais hahahah

    ResponderExcluir
  5. O luan ta sofrendo as consequências mais naquela época ele não am amava a nat como ama agora. E acho que ela deve está na casa dos seus pais.

    ResponderExcluir
  6. Que peninha do Lu gente, tomara que eles se acertem logo, eles estão sofrendo muito ..Curiosa pra saber onde a Natália está, continuaaa!!

    ResponderExcluir
  7. Luan tá colhendo que todo sofrimento que ele mesmo plantou! Não vou dizer que estou feliz em vê-lo sofrer... Mas ainda acho pouco, só a Nati sabe a dor que ela sentiu durante esses anos de ausência e de total descaso dele! Espero que ele fique nessa sofrencia por mais algumas semanas ... hahahaha

    ResponderExcluir
  8. Que dó do Luan :'( ,ele esta sofrendo mesmo sem ela viiu ,quero ver a Nath ,como ela esta depois de tudo isso ,A fic esta maravilhosa e continuua me surpreendendo , quando eu leio cada novo capitulo ..
    continuua Juu

    @Jamile_LuanS

    ResponderExcluir
  9. Mulher de seus... comecei a ler ontem de madrugada e não consigui mais parar!! Nunca li uma história assim, e tô amando!!! 😍😍😍 . Continua juuu, pliiiis

    ResponderExcluir