Logo pela manhã, depois de tomar café um pouco tarde, já que nossa noite havia sido um pouco agitada no quarto, pegamos o carro e decidimos conhecer a pequena Praia do Americano, um lugar que recebeu esse nome graças aos americanos que a usavam, sendo muito conhecida por ser perfeita para casais, porque ela garante maior privacidade aos seus visitantes por ser praticamente deserta. Quando chegamos, logo entendemos a fama. Com as suas areias claras e fofas e as suas ondas, bem fracas, era ótima para nadar a dois. Um paraíso sem igual. Que eu não havia conhecido em Noronha, justamente por não estar acompanhado. Fascinados, tiramos algumas fotos e aproveitamos muito, já que quase não tivemos companhia o dia todo.
- Imagina isso de noite. - Disse olhando o mar com Natália no meu colo, molhados.
- Não tem graça de noite. Não dá pra ver o mar.
- E também ninguém vem aqui.
- Justamente por isso.
- Justamente por isso. - Ri malicioso e ela entendeu o que eu estava dizendo, mas minha ideia foi recebida com um tapa no braço.
- Tão inocente meu Deus. - Acariciei seu rosto rindo.
- Você com essa sua pouca vergonha que não é da Terra de tão grande. - Ela se levantou limpando a areia da perna linda que tinha.
- Só expressei meus pensamentos.
- Bem poluídos por sinal. - Dizendo isso saiu correndo pro mar.
- Onde você...
- Vem! - Ela sorriu lindamente andando de costas pro mar e me olhando.
Fiz menção de levantar quando Natália me chamou com os dedos, e então eu larguei todas nossas coisas e corri o mais rápido que pude até minha perdição que já entrava no mar.
- A gente precisa se amar aqui. - Disse em seu ouvido enquanto a abraçava pela cintura no meio do mar.
- Mas nunca. - Ela gargalhou.
No começo eu realmente estava brincando, mas agora a ideia não parecia tão brincadeira assim e eu já estava imaginando as cenas na cabeça. Aquele corpo lindo ao qual estava grudado jogada naquela areia branca seria a coisa mais linda do mundo.
Ela se virou pra mim e passou o braço pelo meu pescoço com um sorriso no rosto.
- Podemos fazer isso na pousada, o que acha?
- Acho que já fazemos isso em casa.
- Entendi. Então não quer na pousada? - Ela ergueu a sobrancelha pra mim e eu já comemorei satisfeito.
- Isso mesmo. - Gargalhei. - Que bom que você entendeu.
- Entendi, então, quando chegar em casa semana que vem a gente faz isso.
Fiquei olhando alguns segundos seu rosto serio pra mim até entender o que ela tinha falado.
- Ah, não amor, você ainda não entendeu. Eu disse que já que achamos esse paraíso deserto eu acho que...
- Eu entendi. - Ela riu. - Quem não entendeu foi você meu neném. - Ela me beijou o rosto e se soltou rindo.
- Pow amor, eu achei que...
- Que? - Ela perguntou fazendo a mesma coisa com a sobrancelha.
- Que a pousada está ótima pra mim. - Sorri e segui ela enquanto a abraçava novamente.
- Eu achei que tinha dito que...
- Amor! - Gritei. - Eu esquece o que eu disse neném.
Ela gargalhou e ri a acompanhando. Sua risada contagiava.
Logo depois de almoçar num quiosque na praia ao lado, voltamos pro nosso paraíso andando na costa. Deixamos os pés molharem e Natália se cobria com uma saída de meio transparente, deixando seu corpo a mostra. Não cansava de olhar e ver o quanto a minha esposa era linda. De mãos dadas, ela apostava alguns barcos ou morrinhos que via, assim como passarinhos e siris. Uma menina, completamente. Naquele momento, parei pra ver o quanto cada um de seus movimentos eram perfeitos. Cada sorriso, cada gesto com as mãos, até o movimento dos seus lábios ao falar ou o jeito que olhava o mundo a explorar. Só sai dos devaneios quando ouvi suas palavras.
- Eu não sei se você sabe de uma coisa.
- O que? - Perguntei.
- Meu sonho. - Ela me olhava nos olhos.
- Sonho?
- É. Profissão.
- Qual é?
- Era. Eu sonhava em ser bióloga marinha.
Fui surpreendido com aquilo. Eu realmente não sabia.
- Eu não sabia. - Parei nossa caminhada.
- Não conversamos muito sobre isso. - Me senti mal.
- Eu sinto muito.
- Pelo o que?
- Por não ter realizado.
Ela olhou o mar e deu um sorriso fraco, depois abaixou a cabeça e se sentou perto de onde a maré parava. Me sentei ao seu lado.
- Não foi culpa sua. E isso nem é tão importante mais.
- Sonhos são importantes.
- Meu filho tomou o lugar desse sonho. E ele se desmanchou. Esse sonho um dia existiu, mas não está mais aqui.
- Por isso gosta tanto do mar.
- Eu amo o mar.
Ficamos em silencio por alguns minutos.
- Sabe, se eu não tivesse virado cantor eu seria...
- Biólogo.
- Como você sabe?
- Todos sabem. - Gargalhamos. - Mas você sumiria no mato, com certeza.
- Eu você no mar.
- Sim.
O silencio voltou a reinar e eu fiquei feliz por ter a oportunidade de conhecer um pouco dela. Então, levantei e sugeri que voltassemos a andar, o que logo foi aceito e seguimos nosso caminho até a praia em que jogaria Natália na areia e nos amaríamos até amanhecer, nos meus sonhos, claro.
Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic.
Meu Deus eu fico besta de tão lindos que eles são, fiquei muito feliz pelo luan perceber o quão burro ele era.
ResponderExcluirOs prox cap podem ser assim também, ok? Porque eu não esqueci que os de quinta e sexta não serão tão lindos quanto esses estão sendo. Morrendo de amores pelos dois unidos!
ResponderExcluirGeeent que amor! *-* HAUJHSUAHSU ai você lembra que o que é bom dura pouco :d hsodhsaldhasd
ResponderExcluirEstou in love com o casal!!!
ResponderExcluirSonharei com esse momento MARAVILHOSO desses dois pombinhos apaixonados! Juuuh muié de Deus você vai me infarta desse jeito... Dois caps por dia é muuuuuita tortura D: Que chegue logo amanhã!!!
Primeiro eu queria dizer que estou me achando a maravilhosa por ser a leitora da semana. Desculpa aí kkkk
ResponderExcluirSegundo que estou amando o Luan assim tão fofo MAAAAAAS se tem uma coisa que eu aprendi com a vida é que tudo que é bom acaba..foi meio pessimista esse pensamento e descordo dele na vida real, pelo menoa torço pra nao ser tao verdadeiro assim, mas acredito que nosso casal Lunath vai passar por problemas serios em breve, e meu coraçao ja ta sofrendo por antecipaçao kkkk posta mais amiga, ta perfeitooo!
Nana