- Preciso falar com você. - Fechou a porta do quarto.
Respirei fundo, sabia que agora ele viria com suas desculpas. Olhei em seus olhos enquanto ele se aproximava.
- Estou ouvindo.
- Eu... - Ele pegou em meus braços e quando fiz menção de puxar, ele soltou e passou a mão pelos cabelos. - Me desculpa.
Olhei pra ele por alguns segundos e depois desviei o olhar.
- Está tudo bem.
- Não, não está. - Ele pegou me rosto e virou pra ele. - Independente de qualquer coisa, eu não podia ter feito isso.
- Que bom que está ciente.
- Eu prometi pros meus pais, e pra mim mesmo que nunca levantaria a mão pra uma mulher. Independente do motivo.
- Mas já fez, não tem como voltar a trás.
- Por isso estou te pedindo desculpas.
- Está desculpado.
- Eu não sei o que deu em mim. Eu... - Ele olhou pros lados e depois pra mim. - Eu te amo.
Me puxou pra uma braço, mas eu não respondi sua fala. Melhor que ninguém sabia que era tudo da boca pra fora. Apenas senti seu abraço e me deixei levar pelos seus carinhos. Luan me guiou pra cama e me deitou com delicadeza. Senti suas mãos percorrem meu corpo e seus beijos em meu pescoço. Eu não fazia ideia do que aquilo significava pra ele, mas eu sabia, acima de tudo que não era amor. Já tinha deixado de acreditar em seus sentimentos a algum tempo.
Na manhã seguinte acordei com uma movimentação maior fora do quarto. Olhei o quarto. Ainda estava escuro e Luan dormia ao meu lado, coberto somente por um lençol. Fiquei olhando pra ele por alguns segundos, e desejando que todas as noite fossem como a anterior. Mas o dia seria logo e decidi levantar e tomar um banho. Já podia escutar o barulho das crianças na piscina e botei um biquíni com uma saída de banho de crochê por cima. Ela era bem fechada, com leves transparência e o mais importante, de mangas cumpridas o suficiente pra tapar os hematomas que havia ficado no meu braço. No rosto, a marca dos seus dedos era quase imperceptível, e não me preocupei com elas.Deixei Luan dormindo e desci. Cumprimentei todos os que já estavam ali, mas ainda havia muita gente pra chegar. A familia do Luan me adorava, e isso era bom. Se ele mesmo não gostava muito, seria horrível que seus parentes também não gostassem. Conversei com as mulheres enquanto ajudavamos no acompanhamento do churrasco e demos boas risadas. Luan desceu logo, já de roupa de banho e me deu um selinho quando me encontrou na cozinha. Era dele me tratar melhor quando estávamos com sua familia.
- Bom dia. - Sorriu.
- Bom dia. - Sorri de volta.
- Vou pra piscina.
- Passou protetor peixinho? - Ri e passei a mão no rosto dele sentindo.
- Claro que sim. - Revirou os olhos saindo de fininho.
- Claro que não. - Puxei ele de volta. - Sobe e pega na bolsa que você achou a roupa de banho.
Ele deu meu volta e fez o que mandei. Sua mãe brincava que ele era uma criança ainda e eu me aproveitei um pouco do seu carinho enquanto passava nas suas costas e no resto do corpo. Depois virei ele e passei no seu rosto vendo suas caretas. Eram bons esses momentos, por que com a familia dele, podia ser a esposa que queria pra ele. E ele com toda certeza era o marido que eu queria.
- Acho lindo o seu cuidado com ele. - Disse a tia quando ele saiu e enquanto ouvimos ele pular na piscina sobe os gritos das crianças.
- Eu o amo. - Disse sincera e dei um sorriso meio triste esperando que ela não percebesse.
- Mesmo tão novinha, aceitou bem tudo que aconteceu na sua vida Natália. - Ela continuou.
- Sem duvidas. É uma boa esposa. - Mari comentou enquanto cortava o tomate.
- Eu tinha que encarar não é? - Brinquei descontraindo o ambiente.
Ele sem duvidas ainda era, mesmo marmanjo, o príncipe da familia.
Mas as coisas não seguiriam tão bem assim por muito tempo.
Estava comendo quando Bruna começou a agitar pra mim entrar na piscina. Luan estava no lago com os homens e eu comecei a tentar dobrar ela. Dei desculpa que não estava nos meus melhores dias, mas ela sabia que era mentira, já que tinha o mesmo ciclo que eu. Segurei ela por quase uma hora, mas quando Luan voltou percebeu e me incentivou a entrar. Percebi que ele queria que eu fizesse uma social e diante daquilo me vi obrigada a entrar. Ele sentou no meu lugar e ficou de olho, enquanto tirei a minha saída e pulei com Bruna. Fiquei um tempo ali com ela e resolvi relaxar. Logo estava a vontade e nos divertimos um pouco antes de sair pra comer. Mas quando entrei com ela na cozinha, me assustei com sua pergunta.
- Natália... - Ela me olhou assustada.
- O que?
- O que é isso no seu braço? - Ela apontou pro hematoma e eu continuei a pegar um copo e uma bebida fingindo que não havia escutado, mas estava gelada.
Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic.
Se fosse ela contaria que foi ele! Luan foi muito puto! -.-
ResponderExcluirai que raiva do luan bater na natalia eu se fosse tinha largado ele na hora, tenho certeza que el vai falar que caiu em algum lugar continua
ResponderExcluircátia
Aii orando pra chegar as 21:00 logoo continuaaaa!!!
ResponderExcluir