Quando chegamos na casa dos meus pais, minha mãe estava me esperando sentada na sala. Ela correu ao meu encontro.
- Acharam ela?
- Não. - Abracei ela.
- Ela vai ficar bem, daqui a pouco o carro está parando ai.
- Ela não saiu com o carro e ela não vai voltar mãe. - Sentei no sofá e eles fizeram o mesmo.
- O que aconteceu meu filho? Vocês pareciam tão felizes na viagem, eu até achei que teríamos um netinho! - Ela acariciou meu rosto e secou minhas lagrimas.
- Esquece esse neto seu mãe, ela nunca vai voltar e eu não vou ter filho com mais ninguém! - Já respondi bravo.
- Tudo bem, se acalma! E explica.
- Vamos Luan, explica isso!
- É muito complicado... - Disse com medo.
- Você tem a madrugada toda pra explicar.
- Até o Natal eu não amava a Natália. Eu nem se quer gostava dela... - Olhei eles que ficaram surpresos. - Eu casei por que ela apareceu grávida, era tão nova e eu sabia que agora dependia de mim!
- Luan, eu te falei tanto na época...
- Eu sei pai! Mas eu precisava ficar bem com a minha consciência e por isso casei... Mas ela me amava incondicionalmente.
- Está na cara dela isso meu filho. - Minha mãe acariciou meu rosto.
- Desde então eu mal ficava em casa. Quando estava viajando então, era o paraiso. - Chorava. - Eu podia fazer o que quisesse e podia trair ela sossegado. - Eles arregalaram os olhos.
- Por Deus Luan! - Minha mãe me repreendeu, mas agora eu queria falar, desabafar.
- Eu traia mesmo, e muito. Cheguei a comprar um apartamento aqui em São Paulo, pra poder ficar sossegado com as mulheres também. E mesmo em casa eu saia e passava a noite fora, no apartamento.
- Luan, isso é muito serio! - Meu pai estava de cara feia pra mim.
- Era no apartamento que eu estava quando ela perdeu o bebê. Eu ouvi ela ligar, ouvi vocês ligarem, mas estava ocupado e só me preocupei quando vi que tinha muitas ligações. Quando o pai disse que se ele tivesse sido socorrido ia ficar tudo bem, eu fiquei muito mal. - Chorei mais ainda. - Eu nunca me perdoei.
- E ela descobriu? - Meu pai perguntou.
- Não, não foi bem isso... Eu fazia ela fingir que está tudo bem, que era o marido perfeito, e ela fazia, por amor. Mas depois que ela perdeu o bebê, eu piorei muito. Chegamos a brigar uma noite antes do Natal do ano passado e eu machuquei ela, mas ela escondeu de vocês e mentiu pra Bruna que viu.
- Eu vou te matar Luan. - Meu pai já não me olhava.
- Mas eu me apaixonei. Logo depois do Natal. Eu me encantei por ela mãe. - Olhei pra ela suplicando.
- Eu acredito! - Tentava me acalmar.
- Eu me transformei. Ela me desculpou, e estava tudo bem. Eu mimava ela, e realmente estava tudo bem na viagem. Estávamos apaixonados. Prometi até um bebê pra ela. - Sorri. - Mas, mesmo morrendo de medo dela descobrir eu escondi tudo isso e me torturei esse mês todo.
- Mas ela descobriu. - Meu pai me olhou profundo.
- Mas quando ela soube de tudo. Das traições e principalmente do bebê, ela não conseguiu me desculpar. Ela foi embora, e não vai mais voltar. Ela me disse que não quer mais me ver e não quer nada que é meu.
Minha mãe me deu colo, mas não ficou do meu lado. E era só isso que eu merecia.
- Ela tem razão de ir embora.
- Ela não tem ninguém, estou preocupado!
- Mas agora a gente não pode fazer nada! - Meu pai disse. - Ela vai aparecer, ela vai vir pra casa.
- Ela não vai voltar.
- Pra sua casa não, mas ela não tem pra onde ir, não terminou os estudos, não fez faculdade, não conhece ninguém! Ela pegou dinheiro? - Neguei. - Ela não tem nada Luan, não tem onde ficar. Ela vai vir pra cá e a gente vai resolver isso.
- Ou ela fica aqui, ou seu pai vai atras de um hotel, uma casa, até o apartamento que você tem.
- Não mãe, lá não! Vamos botar aquilo a venda, não quero passar nem perto e também não quero ela lá! - Disse nervoso.
- Tudo bem filho, a gente vê um lugar pra ela, seu pai convence ela. Não vamos deixar ela na rua.
- E se ela não vir?
- Ela tem que vir Luan! Ela não saiu com nada, nem documento pelo que você contou. Ela não tem pra onde ir.
- Estou com medo.
- Devia ter ficado com medo antes. Foi covarde demais o que você fez Luan!
- Eu sei pai, me arrependo tanto!
- Não adianta mais... Se arrepender não vai mudar nada! A gente tem que esperar ela voltar agora.
- E rezar, pra não acontecer nada com ela. - Minha mãe falou. - Ela é tão delicada, frágil. Bonita também. Essas horas sozinha!
- Mãe! - Comecei a chorar.
- Não adianta ficar chorando Luan! - Meu pai gritou bravo. - Para de chorar por que esta me irritando já... Fez um monte de merda e agora fica chorando! E outra, reza! Mais reza muito pra essa menina não sumir, por que a policia vai cair matando em cima de você!
Eles foram deitar logo e eu acabei dormindo também. Estava nervoso, mas cansado. Tive uma péssima noite, e sonhei com ela o tempo todo, sem saber onde estava ou se estava bem.
Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic.
PS: Capitulo bônus hoje as 15h00.
PS: Capitulo bônus hoje as 15h00.
Ansiosamente esperando o próximo! Tomara que ela apareça logo...
ResponderExcluirOs paiis dele não gostaram nada nada da atitude do filhoo ,mais é como seu Amarildo disse ,nao adianta ficar chorando arrependidoo ,a merda ja fooi feita , agora é esperar pra ver se a Nat aparece . Eu acho que ela deveria terminar os estudos e fazer a falcudade dela .
ResponderExcluirContinuua Juu ,beijos
@Jamile_LuanS
Eita que seu Amarildo não ta muito feliz com essa história, mais eu tô preocupada com a nat.
ResponderExcluirContinua
Beijos
Não aguento com o Luan desse jeito sem or. Bem feito, mas ela também podia pelo menos ficar por perto e ser amiga, sla. Continua Ju ���� Isabelly @wiseluan
ResponderExcluirVocê avisa em algum lugar quando posto? Grupo, Twitter, sei la
ResponderExcluirLeitora nova,
ResponderExcluirnem tanto, mas resolvi comentar so agora, por preguiça hahahaha
meu Deus, você escreve muito bem, o enredo da história é muito bom, É diferente, faz a gente querer mais e mais e aguardar ansiosamente pelo próximo capítulo.
Já é uma das minhas fanfics preferidas *-*
Ps: adoro ver os personagens sofrerem, principalmente o Luan, sou má UHSAUSHAUSHA
Não aconteceu nada com a nat, né? Aí socorro!
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