Meu coração parou de bater quando olhei ele deitado naquela maca. Com as duas pernas imobilizadas, ele parecia dormir num sono profundo. Me aproximei com os olhos marejados e toquei de leve seu braço, desviando dos inúmeros arranhões, e depois olhei seu rosto angelical com um corte no canto da testa. Observei as mãos enfaixadas, com certeza muito machucadas por conta do capotamento, onde ele deve ter usado elas pra se defender de qualquer impacto.
Ao passar a mão pelo seu cabelo sedoso eu tremi ao encontrar mitos galos, com certeza os causadores do traumatismo. Com medo de que meu toque pudesse machuca-lo, eu voltei minha mão pro seu rosto e fiquei acariciando suas bochechas.
- Oh meu herói... - Disse com um meio sorriso. - Você vai ficar bem e vamos fazer uma viagem incrível com nossos tesouros pra você descansar... - Sequei algumas lágrimas e beijei seu rosto - Eu te amo tanto, que nem cabe em mim, e você precisa ficar bom, porque eu não sei o que seria da minha vida sem você.
Fiquei olhando pro nada algum tempo. Toda a tensão acumulada me fazia ter vontade de fechar os olhos e dizer tudo que estava se passando como um caminhão dentro de mim desde que recebi a ligação da Juliana.
- Se você não tivesse aparecido na minha vida, se eu não tivesse engravidado, hoje eu com toda certeza estaria em Florianópolis, casada com outro alguém, biólogo marinha, visitando meus pais aos domingos, enfim.. vivendo uma vida, que não seria minha. Eu não sei se poderia ser feliz dessa forma, mas sei que eu não ia querer ser feliz dessa forma. Mas, talvez, eu iria te conhecer de outra forma. Você chegaria na cidade pra fazer um mergulho e eu seria a instrutora - Ri. - Me apaixonaria e fugiria com você, largando o marido que nem gostava. Afinal, nossa vida tinha que ser essa loucura, porque se não, não teria graça no fim. - Respirei fundo. - Se não fosse você ter voltado, insistido e mudado por nós dois, eu ainda estaria naquela boate, com certeza fazendo muito mais do que apenas dançar. E com certeza isso nunca foi o que eu sonhei pra mim.
Fiquei alguns minutos acariciando seu rosto, olhando pra ele com um sorriso grande e os olhos ainda marejados.
- Eu te amo tanto, que nem cabe em mim. - Repeti a frase mais sincera que já disse na vida.
E então fui surpreendida com um toque calmo nas costas. Me assustei e virei encontrando o Rober, era um grande amigo do Luan e me entendia.
- Ele vai sair dessa.
- Eu sei que vai. - Sorri - Luan nunca faria isso comigo! - Ri, fazendo uma meia piada.
- Ele te ama muito, Natália - Ele disse sério.
- E eu amo ele, Rober. Luan é a minha vida toda! Eu nunca tive uma vida sem ele desde que ele cruzou meu caminho.
- E nem vai precisar ter. - Ele sorriu pra mim.
Fiquei a tarde toda no hospital, mas não podia dormir lá e decidi ir pra casa. Assim que cruzei a porta da casa da minha sogra com ela, com meu bebê que teve alta, Amarildo e Bruna - que tinha chegado com o marido e filho naquela tarde - encontrei minhas meninas. Elas correram na minha direção. Recebi abraços fortes e Rique também foi muito mimado pelas duas, mas elas não pararam de pedir pelo pai.
- Ele vai ficar bem meus amores. - Sorri abraçando elas. - A gente só tem que rezar pro nosso anjinho da guarda e pra Deus, tudo bem?
- E dai o papai volta? - Rique perguntou no meu colo.
- Daí papai volta! - Sorri. - E a gente vai ser uma família incrível, sempre junta.
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Nossa que agonia, ele tem que sair dessa logo, da um aperto ler e imaginar a situaçao dele. Quero mais amiga kkkk
ResponderExcluirSabe ne? Nana kkkkk
ResponderExcluirEsse sofrimento todo tá me agoniando demais mulher! Mas muito mesmo! Você não tem noção de como!
ResponderExcluirLuan tem que sair dessa logo e que seja sem sequelas, serei eternamente agradecida!
Continua, Ju?
Beijão!
Que o Luan saia logo dessa - continua Ju e acabe com nossa agonia
ResponderExcluireu acho que ele vai perder a memoria tomara que eu esteja errada kkk cont
ResponderExcluircátia