POV Natália.
Me surpreendeu Luan aparecer ali depois de tanto tempo. Ele me pegou desprevenida, mas eu sabia que o tempo foi bom pros meus sentimentos e sabia que podia encarar ele agora. Eu via no olhar dele o quando media as palavras enquanto conversava comigo.
Eu tinha perdoado ele. Mas não por ele, por mim. Estava me fazendo mal seguir com o rancor e a magoa. Com o tempo, comecei a me colocar no seu lugar, e acima de tudo sabia que o preço por tudo que fez comigo já estava sendo pago por ele, através da sua consciência, e do seu sofrimento. A dor dele já tinha sido feita, e se eu sofria como sofria, sem saber de nada que ele sabia, imagina pra alguém que sabe que podia ter evitado o pior acontecimento de sua vida e não evitou.
Quando voltei ao meu quarto tratei de arrumar uma roupa e já deixar separado. Eu quase nunca saia da boate e me animei em saber que visitaria os pais dele. Estava feliz, sentia muitas saudades de quem já foi muito bom pra mim, sem me esquecer de Bruna, que sempre fez de tudo pra ser próxima de mim e me fazer ficar a vontade num ambiente tão diferente do que estava acostumada.
Pela hora que fui dormir, tratei de colocar um despertador pra poder levantar na hora certa.
POV Luan.
Estava muito aliviado por ela ainda dançar somente na boate. Realmente tinha medo dela virar escrava do cara e sabia que esse mundo em que ela se meteu é perigoso demais. Mas também estava bem aflito com tudo.
Sabia que ela tinha deixado muita coisa pra trás, e tinha medo de que eu estivesse entre essas coisas. Não era essa minha intensão com o tempo, mas minha mente me dizia a todo momento que se ela me amava de verdade, não tinha me esquecido, como não esqueci ela.
O fato dela estar diferente também mexia muito comigo. Tinha medo de não me adaptar ao furacão Natália, mas em partes era só insegurança se alguém que não conhecia o novo eu de quem amava. Além do mais, ela sempre foi tão minha que não conseguia imaginar uma Natália que não se rendesse a mim, mas tinha total consciência do quanto isso era errado e sabia que o amor não devia ser por ela ser submissa, mas por ser ela. Eu sabia que a amava mesma ela não vivendo aos meus pés, mas o medo ainda era grande e eu precisava viver aquilo pra tirar ele de mim.
Era como se voltasse a estaca zero e tivesse que conquistar uma garota nos tempos de colégio e estava inseguro por que não fazia ideia se conseguiria e, caso conseguisse, se iria dar certo. Mas eu precisava tentar.
- Você só está perdido no meio das mudanças Luan! - Disse pra mim mesmo enquanto me olhava no espelho, me arrumando pro almoço. - Mas eu vou me achar, e vai ser com ela.
Meus pais estavam eufóricos e Bruna deixou pra ir pra casa do noivo só de noite pra poder ver Natália.
- Quando você viu ela? - Minha mãe perguntava impaciente enquanto todos esperávamos na sala.
- Ontem, fui ver ela.
- Vocês conversam? - Meu pai perguntou.
- Não, mas eu sei onde ela está morando e fazia um ano que não via ela, resolvi ir lá.
- E ela não te matou? - Bruna riu.
- Não! - Olhei feio pra ela. - Ela disse que me perdoou já. A gente conversou bem, e acho que vai ser bom deixar tudo pra trás.
- Você vão voltar?! - Bruna bateu palmas toda feliz.
- Não é bem assim Bruna, vamos se acalma! - Meu pai riu.
- Eu pretendo. Eu amo ela, vocês sabem.
- Mas... - Meu pai ia falar mais eu interrompi.
- Mas eu sei que não vai ser nada fácil e que vou ter muito trabalho. E vamos com muita calma por que eu quero fazer tudo direitinho dessa vez. Mas só de ouvir que ela me perdoava, eu estou bem demais.
- É assim que se fala filho. - Meu pai me olhou orgulhoso.
Eu sabia que ele estava feliz, apesar de tentar mostrar bem claramente que não achava que eu devia procurar ela. Eu entendi ele, mesmo meu pai, nunca passou a mão na minha cabeça e não era agora que tudo estava se resolvendo que ele ia fingir que nada aconteceu. E eu jurava pra mim que teria as mesmas atitudes com um filho se necessário.
O interfone tocou e eu sai correndo pra liberar a entrada dela. Estava 5 minutos atrasada e aquilo parecia uma eternidade. Fiquei esperando na porta enquanto Bruna me zoava por estar tão nervoso. Quando a campainha tocou e esperei um pouco pra atender pra ela não saber que eu estava ali atras e abri sorrindo.
- Bom dia! - Ela sorriu.
- Bom dia, seja bem vinda! Você está linda assim, sem aquelas roupas. - Sussurrei e abri a porta pra ela, mas não me aproximei.
Tudo que eu mais queria era lhe dar um beijo no rosto, mas eu tinha medo dela se afastar. Eu tinha que ir com calma.
- Minha filha! - Minha mãe logo apareceu e abraçou ela forte e depois elas começaram a chorar enquanto minha mãe passava a mão no seu rosto. - Fiquei tão preocupada menina!
- Me desculpa Mari. - Ela limpou as lagrimas e sorriu. - Estou muito feliz de ver a senhora!
- Acha que só por que ficou longe tem que chamar de senhora? - Todo mundo riu e eu olhava aquela cena todo feliz.
Meu coração parecia explodir de felicidade.
Comentários identificados podem te dar uma homenagem também e impulsionam a fanfic.
Meu deus, cheguei a me emocionar !
ResponderExcluirPerfeição define a Fanfic, Ju.
Beijos, Geovanna Soraya
omg se possível estou mais nervosa que o luan !! cont amore
ResponderExcluirBruna Martins
Ju meu amor, sou leitora nova aqui já faz um tempinho que estou acompanhando sua fic e pra falar de coração sua fanfic estar perfeita! Fico te admirando por escrever tão bem assim, por colocar um tom realístico em uma história da imaginacão enfim .
ResponderExcluirContinua hahaha !
Letícia Rodrigues��