Capítulo 48

Ela também abraçou meu pai e percebi ele sussurrar coisas pra ela. Minha curiosidade quase me pegou, mas eu fiquei no meu canto. Bruna abraçou ela forte disse que tinha saudades. Minha mãe foi logo puxando ela pro sofá e eu sabia que ela viria com muitas perguntas, mas estava pronto pra parar ela. E eu não estava enganado. Enquanto fechava a porta logo ouvi.

- Minha querida, onde você se meteu? Está trabalhando no que? Eu não acredito que sumiu assim, sem ter pra onde ir...

- Mãe, não vamos falar disso né?

- Quero saber onde ela está morando, você não conta!

- Mari, estou dividindo um apartamento com uma amiga. - Ela disse me olhando de lado, como quem pedia ajuda.

- Você tem certeza?

- Tenho sim. 

- É mãe, eu mesmo vi, fui lá, ela está num bom lugar. - Me sentei ao lado de meu pai. - E trabalhando...

- Como babá. - Ela sorriu pra minha mãe.

- Isso, eu mesmo vi as crianças. - Sorri tentando parecer convincente. 

- Oh minha linda, você sabe que não precisava disso. Tem que estudar, o Luan pode ir atras de uma faculdade pra você.

- Mãe, eu já conversei com ela. Ela não quer, e não quer falar disso.

Minha mãe olhou ela que sorriu fraco e lhe abraçou. 

- Tudo bem, vamos esquecer isso. 

- Estamos feliz por estar aqui Natália. - Meu pai sorriu.

- Eu estava morrendo de saudade de vocês. 

- Fiz sua comida preferida!

- E da sua comida também Mari! - Rimos.

- Você faz falta pra assistir filme. Luan não é um irmão legal. - Bruna fez bico e eu me defendi.

- Não gosto desses filminhos melosos seus!

- Não sabe o que é bom. - Ela riu e depois piscou pra mim, e tive um mini ataque do coração de tão lindo e sedutor que aquilo ficou.

Aquela menina devia mudar o nome dela pra perigo. 

Eles ficaram conversando bastante, enquanto eu só observava e ria de algumas coisas. Era nesses momentos que eu sabia que ela era a mulher certa pra mim. Minha cabeça voava longe e eu estava cheios de planos pra quando minha reconquista funcionasse. Meu coração estava em paz de ter ela ali.

Logo minha mãe chamou pra comer e nos reunimos na mesa. Eles estavam num clima bem alegre e descontraído, e eu parecia tão anestesiado que só comi quietinho olhando e rindo. Logo depois ela quis ir embora, mas Bruna insistiu pra que ficasse e fizesse um bolo que ela gostava.

- Vai ficar tarde...

- O Luan te leva depois, vai...

- Isso, eu levo. - Sorri pra elas gostando da ideia.

- Tudo bem Dona Bruna! - Elas riram e ficamos na área da piscina. Elas conversam enquanto eu fiquei olhando e respondendo uma coisa ou outra, como fiz o dia todo. Quando decidimos fazer o bolo era quase 16h00 e eu comemorei, por que isso significava que ela demoraria pra ir embora. Depois que ela fosse só iria atras quando voltasse de viagem, na semana seguinte, e isso já me deixava com saudades. Ajudei elas com o bolo e depois de limpar toda a bagunça logo que ela colocou no forno, parti pra outra parte do meu plano. Eu sabia que, com o coração doce dela, ela iria gostar. 

- Natália... - Chamei enquanto ela abria o forno e Bruna olhava se estava bom.

- Eu queria muito que visse uma coisa.

Ela me olhou surpresa e fechou a porta assim que Bruna reclamou que ainda iria demorar.

- Uma coisa?

- É, eu acho que vai gostar. 

- Mas... - Percebi ela relutar e vi Bruna sair de fininho.

- E é muito importante pra mim.

- Tudo bem. 

Sorri e chamei ela, subindo pro meu quarto. Assim que ela entrou, fechei a porta, peguei meu violão e pedi pra ela se sentar.

- Eu não sei como vai reagir a isso, mas eu espero que bem. Por que eu fiz essa musica com todo o amor e meus sentimentos. Meio que pra botar pra fora o que eu sento. E eu não gravei ainda, por que queria que você visse. Mas eu quero gravar, por que é muito importante pra mim.

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PS: Amanhã e sexta tem capítulo extra as 15h00.