Capítulo 60

Na quinta feira eu voltei a boate. Tinha contratado Natália mais uma vez. Me tranquei no escritório com meu pai antes de sair, pra falar algumas coisa pra ele. Quebrar o silencio e já preparar, já que todos teriam uma surpresa em breve, inclusive Natália. Ele ficou feliz pelo rumo que minha vida estava tomando e falou que assim que voltasse com uma resposta positiva, me ajudaria no que precisasse. Tive que responder algumas perguntas da minha mãe, mas quando disse que não ia voltar por que passaria a noite com Natália, ela quase me expulsou de casa. Quando cheguei pra ver minha menina, escutei na recepção que Rodrigo estava viajando, então entendi o por que de terem liberado Natália aquela noite. Me levaram até o quarto e fui recebido com um sorriso gigante. Ela me puxou pra dentro e depois de um abraço, ganhei um beijo de tirar o folego.

- Nossa, que recepção! - Sorri olhando malicioso. 

- Hoje quem vai fazer uma surpresa sou eu!

- Aé? 

- Sim! - Ela me empurrou em direção a cama e eu me assustei. 

- Hey... - Sorri. - Que isso?

- Deita ai! - Ela me olhou provocante e se virou em direção ao notebook. 

Meu coração foi na boca quando percebi que ela estava se preparando pra dançar. Me ajeitei meio nervoso e assustado.

- O que você vai fazer linda? 

- Dançar... - Ele me olhou por cima dos olhos.

- Natália... - Ia falar pra ela que não era isso que eu queria. 

- Cala a boca vai, você fala demais! - Ela não me deixou terminar e eu respirei fundo.

Minha morte estava decretada. 

Uma musica agitada com uma batida sensual começou a tocar e ela se aproximou do meio do quarto, parando bem na minha frente e tirou o roupão, jogando pra mim. Ele tinha seu cheiro, que não pude deixar de levar ao rosto pra sentir. Era viciante. Revelou uma lingerie azul escura, que deixava quase todo seu corpo a mostra, valorizando cada uma de suas vantagens. Ela estava uma perdição daquela forma. Primeiro começou a remexer os quadris no ritmo da musica e então rebolou olhando nos meus olhos. Me chamou pra mais perto e quando cheguei na beirada da cama ela se afastou um pouco e virou de costas. Tive uma visão perfeita, ou achei que tinha, até ela começar a rebolar enquanto me olhava por cima do ombro com um sorriso tão inocente que eu não sabia como era era capaz de ser tantas coisas ao mesmo tempo. O meu fim foi quando suas pernas dobraram e ela desceu até o chão, ainda rebolando e em seguida subiu novamente. Ela era um perigo.

Então, numa surpresa, ela se aproximou e sentando no meu colo ela passou as mãos pelo meu pescoço e levou o lábio até ele.

- Não faz isso Natália... - Ri.

- Você não cala a boca mesmo né. - Ela riu e então colou nossos lábios.

Nos beijamos com desejo e intensidade. Eu sabia pra onde aquilo ia levar, e Natália também não me parecia preocupada. Mas não estávamos em qualquer lugar e pensei que Rodrigo não era alguém pra se confiar.

- Esse quarto... - Soltei nossas bocas e puxei Natália pra bem perto de mim pela cintura, colando o corpo dela ao meu.

- O que tem? - Ela me olhou doce.

- É confiável?

- Você quer dizer, câmeras essas coisas?

- Sim...

- Eu conhece cada canto desse lugar e conheço cada palmo da sala do Rodrigo, não tem nada nos quarto, é super confiável, relaxa!

- Não podemos vacilar com ele...

- Eu sei, eu sei... Mas eu já vi tudo isso amor! - Ela me derreteu me chamando daquela forma e voltou os beijos pro meu pescoço. - Não quebra o clima vai.

Ri e então relaxei. Minha menina nos meus braços era tudo que eu queria. Levantei com ela no colo, que levou um susto, depois joguei na cama de novo, ficando por cima.

- Então vai ter quer ser do meu jeito... - Ri malicioso e quem atacou seu pescoço enquanto ela tirava minha blusa foi eu.

A nossa noite foi um misto de desejo intenso e explosão de saudade. Cada movimento era como se tivesse tirando tudo de ruim que cada um de nós guardavamos dentro dos nossos corações. A cada beijo, cada toque eu tinha mais certeza que a amava e que era amado também. E ela mal podia esperar o que eu estava aprontando pra ela quando amanhecesse, e nem eu podia imaginar o que o destino estava preparando pra nós.

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PS: Errei tudo aqui, desculpa o atraso!