Estressado, resolvi sair com a equipe depois do show. Mas eu não estava com cabeça pra uma balada e acabei bebendo demais. Algumas mulheres deram mole pra mim, e eu retribui. Well deixou, já que achou que eu queria esquecer Natália, mas quando dei por mim, estava canse beijando uma loira, com cara de puta e que não me fazia lembrar em nada minha morena. Não lembrar ela era bom, mas também acabou me lembrando, afinal, tudo se voltava pra ela. Fiquei nervoso e já me descontrolei. A equipe percebeu que tinha bebido demais e me levou de volta pro hotel.
- Eu não acredito que fiz isso. - Chorava.
- Cara, não foi nada demais. Vocês estão separados! - Roberval tentava me consolar me dando água pra melhorar, mas eu chorei mais ainda e falei ainda mais enrolado.
- Mas eu amo ela! Não posso fazer isso... - Chorava igual criança quando deitei no banco, colocando a cabeça no colo do meu amigo.
- Luan, isso é muito gay.
- Gay é ficar sem ela! - Chorava.
- Bêbado é foda!
- Não estou bêbado!
- Imagina se tivesse né! Imagina só o estrago.
Fui o caminho todo chorando, mas Rober contou depois que mal cheguei no quarto e estava desmaiado na cama.
Estava me arrumando pra sair com meus amigos. Não estava nem um pouco afim, mas era despedida de solteiro do meu parceiro e eu não podia deixar de ir. Desde que tinha bebido e ia ficar com uma mulher eu não tinha mais saído e quem queria mais ir naqueles lugares. Eu não conseguia pensar na ideia de Natália vendo aquilo e nem pensar o que ela pensaria quando visse em alguma noticia ou foto. Eu queria acima de tudo me comportar pra ver se ela voltava, mesmo depois de dois meses.
Dali 15 dias era meu aniversario e Bruna continuou organizando a festa que Natália preparava pra mim, só que agora não era mais surpresa e eu nem queria mais. Não seria um dia fácil, e ainda mais tendo que encarar muitas pessoas que me perguntariam dela. Já estava me preparando pra beber pra conseguir suportar, mas meus pais ficaria em cima de mim.
Logo estava pegando dois amigos que iam comigo e fomos pra boate que ia ser. Por ser segunda, está fechada e os amigos fecharam pra gente. Era um lugar pequeno, não sabia como funcionaria e também não queria saber. Nem beber podia por causa que iria dirigir depois. Estava vendo que seria um saco.
Quando chegamos o noivo e o resto dos meus amigos já estavam lá.
- Preparado cara? - Cumprimentei ele rindo.
- Acho que sim! - Ele riu.
- Vai por mim, leva a serio isso. - Sorri pra ele.
Era um dos poucos que sabiam o que eu estava passando e ele concordou com a cabeça. Começaram a beber logo, e um dos meninos disse que estava tomando remédio e que podia dirigir. Dormia em casa e depois levava ele embora. Então acabei bebendo um pouco enquanto a gente conversava e ria. Me distraia, acho que por causa da bebida também, mas nem sabia como, por que não tinha bebido quase nada. Logo as luzes se apagaram e eu observei meio longe do palco os movimentos.
- O que é isso cara? - Perguntei pra outro amigo.
- Mulheres. Achou que íamos vir numa boate pra beber? - Ele riu.
- Ah ta.
A musica mudou pra outra bem dançante e eu observava quieto. Duas mulheres lindas entraram no palco e dançaram sensualmente, mas bem pouco, porque logo abriram a cortina pra outra. Percebi que ela era a atração principal.
Ao observar seu corpo, sorri. Ele era muito parecido com o de Natália. Bem minhonzinha, com uma lingerie vermelha, sendo que a calcinha era minúscula e deixava a bunda toda dela de fora. O sutiã não ficava atras também. Eu podia até jurar que era ela. Ri com meu pensamento. Acha que a comportadinha da Natália ia estar aqui? Além do mais, ela é uma menina, e não uma mulher como essa.
- Estou vendo a Natália em todos os lugares. - Sussurrei.
Os caras ficaram doidos com a mulher. Gritavam, e chamavam ela pra ir mais perto.
Ela era morena, com muitas mechas douradas nas pontos e cabelo ondulado. Muito bonita e eu entendia a empolgação geral. Queria ver seu rosto, mas uma máscara cobria ele. Mas eu nem precisei ver ele. Ela se virou pra rebolar e ergueu os braços. Meus olhos pararam em sua cintura e vi uma tatuagem igual a de Natália. Ou melhor, era a de Natália.
Levantei, mas assustado, dei um passo pra trás e sentei. Ela olhou dentro dos meus olhos e eu não tinha mais duvidas. Fiquei olhando ela fazendo aquilo e meu amigos gritando foi me subindo um negocio. Comecei a tremer e Douglas bateu na minha mão.
- Gostosa demais!
- Cala sua boca! - Reclamei.
- Ué, não é?
Joguei a cabeça no encosto da cadeira e respirei fundo com as mãos nos olhos.
- Isso não está acontecendo comigo. - Sussurrei. - Diz pra mim que não está! - Pedi baixo pra ele.
Me levantei de novo e quando fui me aproximar, Douglas me puxou.
- Olha o tamanho dos seguranças cara! - Ele disse. - Não pode mexer com elas.
- É a Natália.
- Como assim?
- É a Natália. - Sussurrei.
- Meu Deus. - Ele me puxou e sentamos.
- Presta atenção. Com essas meninas não pode mexer.
- É minha mulher.
- Você não pode mexer com elas! Vamos embora! - Ele me puxou. - Outra hora você volta e fala com ela.
- Não, ir embora e deixar esses caras comerem ela? - Me desesperei.
- Luan, não é assim as coisas.
- Eu não saio mais daqui.
- Então fica nessa cadeira.
Senti uma dor no coração e botei a mão em cima.
- Acho que estou tendo um ataque.
- O que?
- Eu vou infartar. - Tinha certeza que estava branco.
Natália não podia estar fazendo isso comigo.
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