Capítulo 127

Ficamos pro resto da tarde todos juntos enquanto eu me comunicava com o advogado. A Tais estava no conto dela e eu agradeci mentalmente. As meninas estavam se sentindo em casa e todos estavam felizes conversando na sala quando o celular tocou. Me soltei dos braços de Natália, com quem estava abraçado e me afastei pra atender. 

- Luan, boas noticias! - Ele disse empolgado.

- Estou louco por elas! - Sorri já comemorando.

- Ganhamos! 

- Que maravilhoso! - Ri alto. - Bom trabalho cara... 

- E tem mais, ele vai ter que te indenizar, não sei quanto ganhou, mas é um dinheiro grande cara. 

- Por mim tanto faz, só não quero que esse idiota fique com um dinheiro sujo conseguido as minhas custas.

- Ele nunca mais vai mexer com você. 

Conversei alguns detalhes com ele e depois desliguei, voltando animado pra sala. 

- Rodrigo perdeu! - Ri contando pra todo mundo. Natália levantou me abraçando forte. - Ele nunca mais vai mexer com a gente. 

- Obrigado meu amor! - Ela sorriu me apertando num abraço muito forte. 

Meus pais comemoraram junto com nós e eu sentei contando detalhes pra eles enquanto as meninas estavam distraídas. Tais chegou na sala com a bolsa, pronta pra ir embora e eu comemorei internamente, até ouvir minha mãe dizer. 

- Filho, Tais veio pedir pra mim chamar um táxi, o carro dela está na oficina. Eu disse que você levava ela. 

Fiquei em silencio sem acreditar naquilo e ela me olhou com um sorriso enorme no rosto. 

- Levo. - Disse de má vontade. 

Ela saiu se despedindo de todo mundo e eu fui buscar minha chave. Natália foi atras de mim, beber água. 

- Vem comigo? - Pedi dando um selinho nela. 

- Amor, vou ajudar sua mãe a fazer a comida... - Ela fez bico e pegou no meu rosto. - Por que não quer ir com ela? 

- Achei que tinha dito que estava de olho em mim. - Reclamei. - Só acho que ela podia pegar um taxi.

- Estou. Mas eu confio em você, vai lá e volta logo pra gente jantar e ir pra casa. Colocamos as meninas na cama e aproveitamos um pouco. - Ela me abraçou e me deu um beijo no pescoço, me lembrando do quanto estava com saudades dela. 

- Eu vou. - Peguei o rosto dela e iniciei um beijo calmo. - Te amo. 

Eu voltei pra sala de mãos dadas com ela e Tais já me esperava. Entrei no carro e ela fez o mesmo. Iniciei o trajeto em silencio, mas logo brequei quando senti ela colocar a mão sobre minha coxa direita. 

- O que está fazendo Tais? - Disse retirando a mão e olhando feio pra ela.

- Você sabe! - Ela me olhou com um sorriso malicioso e erguer as sobrancelhas. 

- Eu vou te demitir, ouviu? - Ameacei. 

- Seu pai me adora, sua mãe também. Até suas filhas... Ah, sua mulher também! 

Ela tinha uma forma tão cínica de falar que eu tinha vontade de pegar elas pelos cabelos. 

- Que bom que você sabe que eu tenho uma família! 

- Mas eu gosto de homens casados. 

- Mas eu não gosto de gente oferecida, e sou fiel. 

- Conta outra vai Luan! - Ela riu. 

- Desculpa, um dia não tive caráter, como você, mas hoje eu tenho. E se você relar em mim eu te demito agora mesmo, você nem precisa voltar pra casa amanhã. 

Ela ficou quieta e me guiou até a casa dela, não muito longe. Assim que chegamos, agradeceu emburrada e desceu. Era só o que me faltava ainda, estar emburrada! 

Mas ela não ia estragar minha felicidade dessa vez. Estava bem e alegre demais pra me irritar com aquela vadiazinha. Rodrigo não era mais um problema, meu pai se recuperando vem e a musica liberada. Agora tudo que eu queria era matar a saudade da minha princesa pela noite e estar rodeado da minha família. Tais nenhuma eu deixaria mexer com isso.

Comentários identificados impulsionam a fanfic.