segunda-feira, 13 de abril de 2015

Capítulo 145

Acorde cedo com a visão mais linda que podia ter. Natália nua toda enrolada nos lençóis e dormindo angelicalmente. Sorri e fiquei observando por minutos até ela acordar e se esconder com o rosto, timidamente. 
- Vergonha? - Perguntei acariciando seu rosto.
- Acordo com você me olhando assim, tão...
- Apaixonado? - Perguntei.
- Sim. - Ela concordou rindo. 
Depois de um banho mal intencionado em dupla, fomos pro restaurante conversando com meus pais e as meninas pelo telefone. Elas estavam até que felizes, queriam presente que já tínhamos até comprado e também estavam gostando de ficar com os avós, que mimavam elas demais. Ficamos os dois derretidos de saudade delas e passando o café conversando sobre as duas, sobre o quanto estavam gostando da escola e comigo tentando convencer a Natália que era a hora de encomendar meu menino. 
- Por que não espera o tempo de Deus? - Ela riu pra mim.
- Por que eu estou com vontade de ter um bebe poxa! - Fiz bico.
- Deus sabe o momento certo meu amor. Eu não tomo remédios, de uns tempos pra cá esquecemos de usar preservativos. Quando tiver que ser, vai ser. 
Eu sabia que ela tinha razão, e também não estava tão desesperado assim, só sabia que já era hora de começar a conversar sobre isso. Deus sempre preparou muitas surpresas pra gente e eu tinha certeza que essa seria só mais uma delas.
Durante a manhã tivemos a ideia de curtir a praia deserta da frente do nosso quarto. Passamos ali o resto da manhã, com um certo desespero toda vez que minha peixinha se jogava no mar, mais calmo naquele ponto, mas ainda assim desesperador.
- Eu te amo muito sabia? - Ela me olhou do nada e falou.
- Não sabia não, quer falar de novo? - Ri puxando ela pela cintura.
- Falo quantas vezes você quiser! - Ela riu e saiu me beijando todo o rosto até encontrar meus lábios. Pouco antes do meio dia, depois de almoçar, fechamos a estadia e partimos pra nova ilha, a tal da Big Island.
Depois de fazer a entrada no hotel no mesmo estilo da ilha de Oahu, nós alugamos um carro e fomos até um ponto um pouco distante do hotel, quase duas horas, onde encontramos um barco de turismo que nos levaria pro passeio mais exótico até então: ver as lavas do vulcão ativo da ilha.
- Estou ansiosa, deve ser bem legal! - Natália comentou enquanto ajudava ela a subir no barco.
- Diferente de tudo que já vimos. - Ri pra ela e subi também.
O guia nos explicou num espanhol enrolado que o vulcão Kilauea está em erupção desde 1983 e desde então é possível ver as lavas. Nossa viagem foi por água, assim poderia chegar bem perto sem nenhum perigo ou algo do tipo. Tivemos que seguir muitas regras e principalmente se segurar. O barco balançava muito perto do local onde a lava encontrava com o mar. Depois de algum tempo chegamos. De longe já conseguíamos ver a lava e toda a fumaça em volta. A medida que o calor aumentava por causa da aproximação cada vez maior, ela ficava mais brilhante e intensa. Era lindo e emocionante.  Ninguém no barco, que tinha mais alguns turista, falava muita coisa. Nós dois nos seguramos na grade e eu fiquei atras da minha princesa, segurando firme nela, que estava fascinada. Além da Biologia, era apaixonada pela Geografia e por tudo que envolvia a natureza, e aquilo era um grande espetáculo. De certa forma me dava a sensação de que eramos pequenos demais nesse mundo todo.
O passei durou menos de uma hora e voltamos a terra firme um pouco calados por todas as sensações que aquilo tudo causava. Natália foi a viagem de volta mais em silencio, mas assim que chegamos em Kona, lado oposto ao vulcão. Lugar dos grandes animais marinhos e da vida marinha mais diversificada, onde havia muitos mergulhos. pra fazer. Mas escolhemos um em especial: mergulho noturno com jamantas.
Jamantas, mais conhecidas como manta, é uma espécie de peixes cartilaginosos e a maior espécie atual de raias. Atraídas pelas luzes colocadas pelas empresas de mergulho no mar, elas fazem um espetáculo a parte. Podem pesar mais de uma tonelada e ter sete metros de envergadura, nadando bem perto de nós. Quando dei a mão a Natália e subimos de volta pra superfície, ela me abraçou forte e gargalhou.
- Luan, amor, que perfeito!
Mais fascinado por ela do que por qualquer outra coisa ali, acariciei seu rosto e ela passou o braço pelo pescoço. Iniciamos um beijo com calma e amor. Estávamos no nosso ambiente, fazendo uma das coisas que mais gostávamos. Com a melhor companhia do universo, e a unica coisa que me faltava era as minhas meninas comigo.

Comentários identificados impulsionam a fanfic. 

2 comentários:

  1. Quem disse que fanfic não é cultura? Aprendo mais que nas aulas de biologia e geografia hein? Kkkkk Ò, bem que eu falei que ia vim menino pro Luan, prevejo surpresa quando voltarem!! Isa.

    ResponderExcluir
  2. E no capítulo de hoje eu aprendi tudo aquilo que não aprendi na escola aushauha - E esse passeio cheio de tudo e principalmente amor? #choremosdeamor *-* to sentido que esses dias de paz e amor está perto de acabar :( continua amore

    ResponderExcluir