Capítulo 132

- Natália! - Disse me aproximando com as olhos implorando ajuda. 

- Eu não acredito nisso... - Ela disse baixo e eu consegui ouvir o riso baixo de Tais.

- Não, não tem nada disso. Essa mulher é louca! Essa mulher é louca! - Repeti sem parar e do nada Tais saiu das minhas costas fingindo um choro. A principio eu não entendi, mas logo caiu a minha ficha.

- Que bom que a senhora chegou, eu nem sei o que teria acontecido comigo! - Ela abraçou Natália e eu comecei a rir desesperado e puxei ela de perto da minha mulher.

- O que você está fazendo sua falsa? - Gritei.

- Por favor, não rela em mim! - Ela começou a gritar e eu soltei ela sobre o olhar confuso de Natália. - Eu vou embora, não aguento mais isso! - Ela voltou a abraçar Natália que não estava entendendo mais nada e me olhava muito feio.

- O que está acontecendo? - Natália afastou ela e apertou seu braço.

- Ele está me assediando, faz tempo! Eu não aguento mais... Eu já disse que não quero, que eu respeito a senhora, mas ele me atacou, tentando me beijar, passar as mãos nos meus seios... Eu estou com muito medo, não posso mais continuar aqui... Isso é assedio! 

Natália olhava pra ela com os olhos arregalados e eu comecei a chorar desesperado pensando no motivo de não ter contado ainda a ela o que estava acontecendo. Balancei a cabeça em negação e peguei no braço dela puxando ela de perto de Natália e virei seu corpo pra mim.

- Você está louca? - Gritei cada vez mais. - Como que você inventa isso? Você acaba com a minha vida! Meu pai tem problema de coração sua vadia! - Comecei a chacoalhar ela desesperado e Natália entrou no meio e me empurrou pra trás, provavelmente vendo que eu ia bater nela. - É mentira Natália! Ela é louca! Ela pegou minha aliança e colocou no decote dela ai oh! - Apontei. 

- Ele que colocou Dona Natália... 

- Mentira! Eu estava dormindo sua falsa! - Voltei a gritar. - Ela apareceu aqui do nada, me acordou, mandei ela sair e essa idiota pegou minha aliança e colocou no sutiã! Você vai acreditar nela? - Expliquei inconformado.

- Cala a boca Luan! - Natália gritou ainda separando nós dois. - Devolve a aliança! - Ordenou a Tais que fez o que ela pediu rapidamente, ainda se fingindo de vitima. 

Natália estendeu pra mim e eu recusei. 

- Eu só vou colocar depois que você lavar, não quero pegar vermes dessa... - Natália me interrompeu gritando e me mandou calar a boca, então peguei minha aliança e guardei no bolso e abaixei a cabeça. 

Eu só conseguia pensar no quanto estava ferrado e odiar a Tais. Comecei a pedir a Deus pra me ajudar, Natália tinha que acreditar em mim e essa louca não podia nem brincando me denunciar. Minha mãe apareceu assustada e arregalou os olhos pra gente.

- O que está acontecendo aqui? Ouvi os gritos e...

- Leva essa maluca daqui se não eu vou bater nela! - Falei nervoso. 

- Não vai bater em ninguém! - Natália brigou comigo e depois pediu pra minha mãe pra levar ela pra sala e esperar ela lá que ela já descia. 

Comecei a protestar reclamando e ela me mandou calar a boca novamente. Minha mãe saiu com ela e Natália me olhou muito feio fechando a porta. 

- É muito bom que você me convença a não descer e ficar do lado dessa menina Luan Rafael! - Ela falou furiosa pra mim. - Assedio, é isso mesmo que eu ouvi? 

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