Capítulo 131

- Você deixou a porta aberta lindinho... - Ela disse se aproximando. 

- Sai daqui Tais! - Falei mais alto tentando me afastar. - Se você não sair eu vou fazer um escândalo nessa casa! - Rosnei.

- Sua mãe ainda não voltou e seu pai está dormindo. Os remédios dele são um pouco fortes. 

- Sai daqui! - Gritei mais alto e peguei em seu braço, já que ela estava quase subindo no meu colo e eu estava sentado com o lençol por cima das minhas pernas. - Eu não te quero, não entende isso? - Disse inconformado. 

- Você só está com medo da mulherzinha descobrir. - Ela deu aquele sorriso que eu odiava! 

- Para de chamar ela assim! - Respondi irritado. - Não é todo mundo que te quer não sabia? - Falei irritado. - Se acha o centro do universo, ultima bolacha do pacote! Não passa de uma mimadinha que deve ter tudo que quer! - Acusei. 

- Não, quero você, e ainda não tenho, ainda! 

- E nem vai ter sua problemática! - Gritei um pouco. - Nem se fosse a ultima mulher da Terra! Peguei ódio de você, quero distancia! Mal deve saber que eu odeio mulher assim como você! - Ri por fim.

- Nossa, tudo isso pra mim sair? Acabou o showzinho? - Ela ergueu aquela sobrancelha e pela primeira vez depois de tudo que aconteceu com a a Natália eu quis bater em uma mulher, mas eu tinha passado muita coisa por isso e eu sabia que nunca mais me livraria dela se fizesse isso.

Além disso, meu caráter apitou. 

- Quer saber, acabou! - Disse serio. - Sai da minha casa se não eu pego essa bosta de celular e ligo pra policia. Você está demitida!

- E vai dizer o que, posso saber? 

- Assedio! Posso até aumentar e dizer que tentou me amarrar e me estuprar... - Disse serio pra ela. - Eu faço um escândalo, e você nunca mais vai conseguir nenhum trabalho... Eu não estou brincando com você!

- E vai dizer o que pra sua família? - Ela ainda debochou. 

- Eu conto a mesma coisa, não tenho nada a perder! - Falei sem paciência. 

- Nossa, e sua mulherzinha?

- Minha esposa vai me abraçar muito e até chorar quando souber que tentou me estuprar. - Quem riu ironicamente dessa vez foi eu. 

- Tudo bem, eu saio. - Ela riu e se afastou levantando da cama. - Mas isso, vem comigo! - Ela riu e me mostrou a minha aliança. 

Levei um susto tão grande que bati a mão no criado mudo onde ela estava e levantei atras dela, sem me importar com nada. Avancei nela, que conseguiu desviar e me olhou sorrindo e colocou minha aliança dentro do sutiã. Olhei inconformado e perdi a paciência.

- Você não fez isso... - Coloquei a mão no rosto negando.

- Se quiser, só pegar. 

Rapidamente empurrei ela de frente pra mim na parede. Fiquei ainda com mais ódio quando ela pareceu não se importar, pelo contrario, adorou me ver prensando ela ali. 

- Tais, não é brincadeira isso. Me devolve e sai da minha casa! 

- Só pegar lindinho. - Ela gargalhou.

Minha raiva me fazia prensar ela cada vez mais e comecei a não perceber o que estava fazendo. 

- Não brinca comigo! - Ameacei. 

- Quer apertar mais? - Ela riu. - Pode apertar, eu deixo...

Olhei dentro dos seus olhos com muita raiva, louco pra pegar logo minha aliança e arrastar ela pelos cabelos pra fora. Sem pensar muito ergui minha mão pra pegar logo e acabar com isso. Natália não podia ligar pra isso né?! Mas quando eu aproximei minha mão do seio dela levei um susto gigantesco com a porta se abrindo e pulei pra trás sem nem relar nela. Natália foi fechando o sorriso que tinha no rosto até ele desaparecer completamente enquanto me olhava com os olhos arregalados. 

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